Em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSONU), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os riscos de um conflito global estão aumentando. O diplomata elencou uma série de situações nas quais o imperialismo desrespeitou pactos e acordos firmados com Moscou, deixando claro que os países imperialistas caminharam na direção do conflito na medida em que impulsionaram a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste europeu.
Interessante notar que o ministro deixou claro que a Rússia não abandona a possibilidade de negociações com a Ucrânia. Para Lavrov, se os Estados Unidos quisessem, poderiam ordenar a Kiev que cancelasse o decreto que proíbe as negociações com Moscou. “Falando em negociações — não as estamos abandonando, mesmo agora, o presidente Putin falou sobre isso muitas vezes, inclusive recentemente”, enfatizou.
Além disso, o chanceler russo disse que o abastecimento de armas à Ucrânia por parte dos países imperialistas não é o único fato responsável pela escalada rumo a um conflito global:
“O problema relacionado com os regimes de sanções também requer atenção […]. O Conselho de Segurança […] aprova sanções contra um país específico, e depois os Estados Unidos e os seus aliados impõem restrições unilaterais ‘adicionais’ contra o mesmo Estado […]. O mais recente exemplo flagrante desta abordagem é a decisão tomada por Berlim, Paris e Londres, através da sua legislação nacional, de ‘estender’ as restrições ao Irã que expiram em outubro, as quais estão sujeitas a rescisão legal de acordo com a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU”, disse.