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Análise

Veja como foi a Análise Política da Semana deste sábado

Acompanhe os principais temas da análise

A Análise Política da Semana é um programa que ocorre todos os sábados, às 13h, na Causa Operária TV, no qual o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, faz sua análise semanal do que está acontecendo na política nacional e internacional.

Balanço do 1° de maio

O principal assunto dessa análise foi a manifestação do 1° de maio, ocorrida na última segunda-feira. Rui Pimenta explicou sua importância e começou caracterizando o movimento:

“Não é uma rotina, uma comemoração sem significado. O movimento sindical está numa situação de refluxo há muito tempo, e isso faz com que não deem ao ato a devida importância.”, iniciou Rui em sua análise.

“O ato de primeiro de maio é a principal data politica do movimento operário mundial. Sempre foi assim e, embora as atividades em torno do primeiro de maio tenham sido degradadas pela burocracia sindical e pela esquerda, a data continua tendo seu valor. No caso da esquerda, que está enfrentando uma situação crítica no Brasil, o primeiro de maio deveria ter uma função politica fundamental. Seria um momento de que as organizações politicas deveriam trazer os trabalhadores para discutir os grandes problemas nacionais. […] No caso do governo Lula, seria um momento para mostrar o apoio da população ao governo para a burguesia.”, continuou Rui.

A mobilização foi feita em comum acordo com as centrais sindicais, organizações fantasmagóricas, que não tem nenhum tipo de base entre os trabalhadores. A CUT, em vez de assumir a manifestação, decidiu repartir com esses setores que nunca mobilizaram ninguém para nada.

Outro problema também foi o local. Os organizadores insistiram em fazer no vale do Anhangabaú, que foi privatizado por Doria, e não na Av. Paulista, um local tradicional. É algo contraditório com o programa da CUT e da esquerda em geral alugar um local que foi privatizado.

“Ao invés de fazer um ato público, na prática, fizeram um ato privado, cercaram todo o local, fizeram um muro para impedir o pessoal de entrar, revistaram as pessoas. Já não era mais um ato público. Isso espanta todo mundo, desanima as pessoas de participarem do ato, dificulta a participação. Estabeleceram regras absurdas. Não podíamos entrar com mastro, com instrumentos, com garrafa com água — dentro do local ainda distribuíram água quente.”

Apesar disso, era tudo uma farsa. Uma equipe do Diário Causa Operária entrou no ato sem ser revistado nem nada. Toda essa parafernália não serviu para nada. A bateria Zumbi dos Palmares foi transportada por cima da cerca e ninguém impediu isso. Isso só serve para desestimular a população a participar. Dentro do Vale, para piorar a situação, havia uma segunda cerca dentro do ato, para onde as pessoas precisavam ser convidadas se quisessem entrar. O público foi tratado como lixo.

“Quando você vê um ato público como esse, você entende porque ninguém é mobilizado. O ato foi um fracasso primoroso. Com muita generosidade, podemos dizer que o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas. Colocaram um show de música depois, mas a maioria das pessoas foi embora e os músicos ficaram tocando sozinhos”, afirmou Rui Pimenta.

Ameaças de prisão a Bolsonaro

Outro assunto abordado foi as tentativas de prender Bolsonaro que estão ocorrendo nas últimas semanas, com a esquerda super animada com o fato.

“Não se trata de um projeto judicial comum. Mais uma vez estamos vendo no Brasil a justiça sendo utilizada como resolução de problema político.”, afirmou Rui ao iniciar o assunto.

Mas Bolsonaro não cometeu crime? Poderiam perguntar os esquerdistas. Pode muito bem ter cometido, mas essas não é a questão, e sim a utilização da justiça como arma política. A grande pergunta é: vai funcionar? Porque uma proposta politica, uma manobra ou tática, precisa ser julgada apenas e tão somente do ponto de vista da eficiência.

“Com relação à perseguição do Bolsonaro nós temos que dizer o seguinte: não vai dar certo. Não vai funcionar. As pessoas que estão perseguindo o Bolsonaro são impopulares. Todo mundo que já passou por um tribunal detesta juiz, detesta promotor e até o advogado. O sistema judicial é uma abominação.”, continuou Rui. “Caso o Lula fosse o acusado, todo mundo ia aceitar isso? Claro que não. Temos o caso das joias, outro caso nebuloso. A direita já acusou o Lula e a Dilma de terem se apropriado de propriedade do Estado. Não deu certo, porque todo mundo sabe que isso é uma picaretagem, um golpe judicial”, encerrou o presidente do PCO em sua fala. 

PL das Fake News

“Esse PL das Fake News é uma coisa impopular. É popular se você ler a Folha de S. Paulo, o Estadão, se você assiste à Rede Globo. Mas, fora desse pessoal, ninguém quer saber de censura. O pessoal pensa que o povo brasileiro é feito de pessoas idiotizadas e estúpidas. Não é fato. O País está polarizado, há uma politização muito grande e, portanto, essas questões envolvem toda a população. A internet envolve muita gente. O grande ministro do governo do PT, Flávio Dino, tomou o negócio para si, começou a fazer propaganda do PL e foi pro congresso nacional e o projeto não conseguiu apoio e teve que ser retirado”, iniciou Rui em sua fala sobre o assunto.

Para que fazer propaganda de um negócio negativo desse sem que você tenha a garantia de que a coisa vai ser aprovada?”, colocou Rui. “O Lula, como não nasceu ontem, falou que não se mete nessa questão, deixou para o congresso. Ele não é tão tonto quanto o Dino.”

As grandes empresas de comunicação são realmente uma monstruosidade. Elas podem censurar com seus critérios subjetivos, estão completamente fora da lei. Mas o PL das Fake News está dirigida a aumentar esse nível de arbitrariedade. Eles querem responsabilizar a plataforma pelo dito lá dentro. Se eles são responsáveis, eles têm que tomar cuidado para não serem processados, então eles vão ser obrigados a censurar muito arbitrariamente.

Diversos outros assuntos foram abordados na análise, inclusive na sessão de perguntas. Ficou interessado? Assista mais no link a seguir:

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