Em um debate realizado na USP, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO (Partido da Causa Operária), participa de uma discussão sobre eleições e drogas, em especial, o tema polêmico sobre à maconha.
O companheiro inicia colocando a posição do PCO sobre o tema:
“O PCO há muito tempo, não é de hoje, defende a legalização em geral das drogas e não apenas da maconha, esse posicionalmente ele existe não porque o PCO favoreça o uso de drogas, mas de um modo geral, a filosofia do partido não é favorável ao uso de drogas, isso se dá por motivos políticos bastante importantes, o primeiro deles é a defesa em geral da população, do povo e da classe trabalhadora de um modo abrangente” – Rui Pimenta, também coloca em cheque que é um problema individual, o estado não deve se meter no que cada um faz ou deixa de fazer, expande a discussão, relacionando o problema da droga com à repressão: “Não é o estado que tem que determinar o que cada um deve fazer ou deve pensar, atinge também os direitos da cidadania, no que já foi dito aqui, porque frequentemente o problema das drogas está relacionado aos problemas religiosos, principalmente nas religiões que não são católicas ou evangélicas. Além disso, o problema da droga coloca em questão a repressão, é uma forma de controle social, todas as medidas que o estado toma no sentido de proibir determinada coisas, constitui uma arma nas mãos do estado para que o estado obtenha o controle sobre à população, à droga tem sido um dos principais pretextos para repressão policial, uma parcela significativa da população carcerária brasileira e mundial está relacionada as atividades ilegais envolvendo a proibição da droga”
O líder trotskista também alerta sobre como à campanha direitista contra às drogas é utilizada pelo imperialismo no âmbito internacional: “As intervenções dos países imperialista em vários países atrasados se deu sob o pretexto da droga, por isso nós somos levados à política de descriminalizar este ‘crime artificial’”.
Sobre as eleições, Rui faz um comentário sobre o caráter antidemocrático da sociedade em que vivemos: “É um sistema profundamente antidemocrático, que consiste em apresentar um conjunto de partidos que procura representar os interesses econômicos dos capitalistas, excluindo todos os outros tipos de opinião, posicionamentos políticos, não só dos partidos e também outros movimentos sociais”.