Neste final de semana passado, dias 14 e 15 de outubro, aconteceu a II Conferência Nacional do Partido da Causa Operária (CNSPCO). Além do debate sobre o cenário político nacional e internacional, e todos os encaminhamentos para recomposição do movimento sindical de forma independente e classista, um ponto que chamo atenção foi a dedicação do evento aos companheiros de luta da Palestina.
Uma chama que não se apaga, mas alastra
O que os sindicalistas revolucionários da II CNSPCO, demonstraram que a mesma chama de luta contra o imperialismo, que inflamou o Afeganistão, o Dombas e mais recentemente a Palestina, mesmo com toda opressão, continua acesa e inflamar os trabalhadores ao redor do mundo.
Nesta últimas semana vimos inúmeros protesto pelo mundo contra as agressões israelenses, em defesa da Palestina. Essa tendencia de resistência ao imperialismo é ainda superior entre os povos árabes, que guardam raízes culturais bastante estreitas entre se, estes estão a ponto de ebulição.
Umas das principais preocupações do imperialismo nesse momento é que essa revolta armada se alastre no Oriente Médio. Declaração do próprio Biden e outros altos postos do governo, deixaram claro esse receio.
Para amenizar essa crise, o governo Biden anunciou nesse final de semana o repasse de mais de 2 bilhões de dólares em armas para a Ucrânia e Israel. Até o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jack Sullivan, em entrevista ao programa “Face the Nation”, do canal CBS, transpareceu que o repasse se trata de um paliativo, colocando a escalada muito provável do conflito.
Duro golpe no imperialismo
A resistência de armas em punho dos palestinos, organizada pelo Hamas, contra os ataques de Israel, são por se só um fato histórico. Talvez o fato mais importante do século XXI, e impuseram uma pesada derrota política a Israel e ao imperialismo.
Mesmo sendo pouco provável uma vitória militar do Hamas nesse momento, com dois portas aviões no Mar Mediterrâneo apoiando Israel. O Hamas já ocasionou o maior número de baixas no exército israelense, havendo incursão por terra o custo será altíssimo.
A ação do Hamas foi revolucionaria, sua evolução militar deste grupo de guerrilha nas últimas décadas é surpreendente. A ação dos movimentos anti-imperialistas demonstra a evolução da situação política com tendências revolucionarias.
Exemplo para a classe trabalhadora
O Hamas e demais grupos combatentes, que pegaram em aramas contra a opressão do imperialismo, mais próximos dos Iluministas que qualquer liberal atual, são um exemplo para a humanidade. Conscientes ou não, estão lutando com toda sua força para libertação da opressão do homem pelo homem.
Esse é o caminho que queremos seguir, que esta sendo traçado no movimento sindical brasileiro pela Corrente Sindical Causa Operária (CSNCO). Não foi à toa quem esse foi um dos temas principais da conferência. Foi nesse sentido que a II CNSPCO caminha, uma luta classista, independente da burguesia, do imperialismo.