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Mário Frias

Um traste que deveria lavar a boca antes de falar no PCO

O garoto “Malhação” sai da personagem e mostra a face reacionária e censuradora que representa os bolsonaristas

Em junho de 2020, os artistas foram amaldiçoados com a nomeação de Mário Frias para Secretário Especial da Cultura. Frias assumiu o lugar antes ocupado por Regina Duarte, uma louca que também atuou contra a Cultura durante sua gestão. Tratava-se da continuação de um projeto de enquadramento, censura e conservadorismo da expressão artístico-cultural no Brasil, que começou com a extinção do Ministério da Cultura pelo Governo Temer.

Com um currículo sofrível, pontuado por atuações em novelas como malhação na Rede Globo, apresentações de programas de rodeio e de competições entre escolas e algumas atuações em novelas da TV Record, Frias assumiu a Secretaria de Cultura com discurso moralizador e promessas de mais investimentos no setor. Na moralização, atacou o setor com ajustes na Lei Rouanet como a redução do valor de captação pelos artista e impedimento de uma empresa financiar um projeto do mesmo proponente por mais de dois anos. Isto minou eventos como shows e filmes, além de prejudicar o avanço das grandes produções no setor e em projetos de fomento à diversidade cultural que constrói e representa o nosso país.

Mas a “moralização” do então secretário especial de cultura do governo Bolsonaro desaparecia quando o assunto eram projetos com os amigos. Um exemplo é a viagem de cinco dias que fez com o assessor para Nova York, em dezembro, o mês mais festivo da cidade, que custou quase R$ 82 mil reais aos cofres públicos. O objetivo da viagem foi discutir um projeto audiovisual com um lutador de Jiu-Jitsu, o bolsonarista Renzo Gracie.  Mesmo com cinco dias para discutir o tal projeto, não se teve notícias sobre seu andamento.  O fato é que a tal “moralização” estava direcionada para artistas que não pactuavam com as ideias conservadoras e reacionárias do governo Bolsonaro.

Outra falácia proferida por Mário Frias era ideia do “homem comum” como destinatário da política cultural. Frias, seguidor da ideologia de Olavo de Carvalho e admirador de Bolsonaro, empregava a proposta de uma cultura que excluíssem especialistas das decisões, com a proposta de voltá-la para os mais simples, os mais humildes, como os adeptos do bolsonarismo queriam parecer. Ora! Mário Frias ao ser eleito deputado pelo PL declarou um patrimônio material de mais de R$ 1 milhão de reais. E hoje, como deputado, ganha um salário de mais de R$ 41 mil reais. Ele vive uma vida humilde? Em que ele se assemelha ao homem comum, trabalhador brasileiro? Em nada! Era só mais um recurso falacioso de um bolsonarista que teve os holofotes da gestão pública sobre ele pela primeira vez.

E sobre os investimentos prometidos para a cultura, como tudo no governo Bolsonaro, aconteceu o contrário. Em 2022, Bolsonaro destinou um orçamento de R$ 1,67 bilhão para a cultura. Um orçamento infinitamente menor do que o destinado pelo golpista Michael Temer em 2018, a quem Bolsonaro diz odiar e combater.  Mário Frias foi portador dessa outra falácia, comandando uma pasta com recursos reduzidos para mais da metade e fazendo a população acreditar que a cultura estava melhorando. O leitor se lembra de algum projeto de abrangência nacional da secretaria Especial de Cultura? Não existiu porque a única pauta era perseguir artistas ditos de esquerda e financiar iniciativas inexpressivas de amigos com assuntos desinteressantes. A única tentativa conhecida foi um projeto enviado ao Congresso por Mário Frias que se chamava ‘Casinha games’, chefiado pelo PM André Porciuncula, que propunha mais de R$ 4 milhões a serem captados para iniciativas audiovisuais de jovens.  Só que o projeto não trazia detalhes que pudessem esclarecer o objetivo e sua operacionalização. E, ainda, foi cogitada forte ligação com um dos filhos de Jair Bolsonaro, Renan Bolsonaro, como incentivador da proposta.

Mário Frias é um representante clássico do governo falacioso e incompetente de Jair Bolsonaro. Na pasta da cultura, nada fez em prol do país, centrando-se em guerra ideológica e na ideia de “simplificar” a cultura a partir de orientações conservadoras e religiosas. É este tipo de pessoa que hoje brada contra o PCO, pedindo a prisão do companheiro João Pimenta pelo simples fato do seu apoio aberto à Palestina. A crítica à censura proferida pelos bolsonaristas é outra falácia. São tão reacionários quanto a direita que dizem odiar.

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