Kalidou Koulibaly, zagueiro senegalês de 32 anos que defendia o Chelsea, assinou o contrato com o clube árabe Al Hilal, que foi muito comentado após derrotar o Flamengo no começo dos desmandos do técnico português Vitor Pereira. No entanto, diferente do que faz outros jogadores, Koulibaly foi honesto: “Vou para a Arábia por dinheiro”.
Além de alegar questões religiosas, já que é muçulmano e sua passagem nos últimos anos havia sido pelo Chelsea (Inglaterra), Napoli (Itália) e outros clubes europeus, o zagueiro disse que não pode negar; o motivo principal é, sim, financeiro. No caso do camisa 3 da seleção de Senegal, entretanto, aparenta haver motivos válidos, já que com o dinheiro recebido ele pretende garantir uma vida digna à sua família, investir nas atividades do seu projeto “Capitaine du Coeur”, em seu país, e concluir a construção de uma clínica na cidade de seus pais, além de incentivar mais jovens com o esporte e afins.
O que é notório deste caso, no entanto, é como Koulibaly para a imprensa foi apenas por dinheiro, tendo questões inclusive como sua cultura e religião, enquanto a abordagem com o Cristiano Ronaldo foi totalmente diferente. A imprensa sempre tentou mostrá-lo como o melhor jogador do mundo, inclusive agora, em que indiscutivelmente já se encontra ultrapassado. A sua ida para o Oriente Médio evidencia que o jogador não só não está no seu auge, como procurou uma liga menos competitiva, mas de grande retorno financeiro. Contudo, os meios de imprensa burgueses não cessam de encontrar justificativas nobres para a decisão do português.
Segundo os “especialistas”, “analistas” e diversos outros “istas”, sempre entre aspas, Cristiano Ronaldo, deixado no banco na última Copa para Portugal ter a chance de ganhar jogos, foi jogar no Oriente Médio porque o nível do futebol dos árabes está melhorando e eles querem desenvolver o seu esporte. Como já é de costume do imperialismo: uma falácia. Se o objetivo de Cristiano Ronaldo não for apenas financeiro, é para poder jogar sem competitividade, de forma que não escancare a fraude que é dentro dos campos.