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Izadora Dias

Izadora Dias é militante do Partido da Causa Operária em São Paulo, coordenadora do coletivo João Cândido e integrante da secretaria de organização do PCO. É militante anti-imperialista e anti-identitária. É estudante da USP e, além de colunista do Diário Causa Operária, participa do programa matinal da Causa Operária TV, o Reunião de Pauta, às sextas-feiras.

Coluna

Um ano de “Cadáver Esquisito”, o Clube de Leitura do CCBP

Nome em homenagem aos surrealistas, o Clube tem o objetivo de incentivar a leitura das grandes obras da literatura mundial

“Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso, sem dúvida, é o livro. Os demais são extensões de seu corpo. O microscópio, o telescópio, são extensões de sua vista; o telefone é extensão da voz; depois temos o arado e a espada, extensões de seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.”
Jorge Luis Borges

O Clube de Leitura do CCBP é uma iniciativa promovida pelo Grupo por uma Arte Revolucionária e Independente (GARI), que se reúne mensalmente para explorar e debater coletivamente as páginas dos livros. O objetivo principal do clube vai além de estimular a leitura; o objetivo é proporcionar conhecimento e fomentar discussões profundas sobre obras cuidadosamente escritas por grandes mestres da literatura mundial.

Em homenagem ao movimento surrealista, o clube de leitura do Centro Cultural Benjamin Peret (CCBP) adota o nome oficial de “Cadáver Esquisito”. Este nome, emprestado do francês cadavre exquis, é uma reverência a um jogo surrealista que buscava, em uma mesma frase, a combinação de palavras inusitadas, seguindo a estrutura frásica: artigo, substantivo, adjetivo e verbo. Uma peculiaridade desse método é a colaboração entre vários autores, cada um intervindo conforme sua vontade, mas ocultando suas palavras dobrando o papel, criando uma obra coletiva inusitada. Essa escolha adiciona um toque de excentricidade ao nosso querido clube e uma reverência à genialidade dos surrealistas.
O título “O cadáver esquisito beberá o vinho novo” provém do primeiro desses cadáveres esquisitos conhecidos.

Ao completar seu primeiro neste mês, o clube tem motivos para celebrar. Durante este período, concluímos a leitura dos seguintes livros:

“O Véu Pintado”
Uma obra de W. Somerset Maugham que explora a vida de um casal britânico na China durante os anos 1920. O romance aborda principalmente a questão da mulher no casamento.

“A Lição do Mestre”
Uma novela de Henry James que examina o conflito entre aspirações artísticas e responsabilidades pessoais. A trama gira em torno de um jovem escritor e seu relacionamento com um mentor mais experiente, assim como a relação com uma mulher em comum.

“O Livro do Xadrez”
Nesta obra de Stefan Zweig, o autor denuncia as atrocidades do nazismo ao entrelaçar um jogo de xadrez em uma viagem de navio e o período em uma prisão solitária.

“O Senhor das Moscas” de William Golding
Um clássico da literatura que narra a história de um grupo de crianças que ficam presas em uma ilha deserta. O livro aborda temas sobre a natureza humana e como as relações sociais se desenvolvem diante da necessidade de sobrevivência.

“O Sol Também se Levanta”
Ambientado na Paris pós-Primeira Guerra Mundial, O Sol Também se Levanta, de Ernest Hemingway explora a vida de expatriados americanos. A obra reflete a Geração Perdida e aborda questões existenciais e de identidade.

“Ficções”
Ficções é uma coletânea de contos e ensaios de Jorge Luis Borges. Suas histórias fantásticas exploram conceitos complexos, como labirintos, espelhos e realidades alternativas e cria histórias super interessantes.

“A Morte de Ivan Ilitch”
Este é um conto de Tolstói que examina a vida e a morte de Ivan Ilitch Golovin, um juiz russo. O livro trata das reflexões existenciais de Ivan sobre sua própria vida enquanto enfrenta uma doença terminal.

“O Feijão e o Sonho”
Orígenes Lessa aborda a relação entre as necessidades materiais e imateriais dos seres humanos, a comida, a arte, o trabalho que dá lucro e o trabalho artístico dos homens que ultrapassam o seu tempo e se tornam inesquecíveis.

“A Chave do Tamanho”
Este livro infantil de Monteiro Lobato faz parte da série “O Sítio do Picapau Amarelo”. A história envolve os personagens Narizinho e Visconde de Sabugosa na busca por solucionar os conflitos entre os homens que resultam em guerras. Apesar de ser um livro infantil, a cultura e a excelente escrita de Monteiro deram fruto a uma grande discussão.

“Eugénie Grandet”,  de  Honoré de Balzac:
Um romance que explora a ganância, a avareza e os complexos relacionamentos familiares. A história concentra-se na vida de Eugénie Grandet e sua relação com a riqueza da família e as relações mesquinhas entre os seres humanos na busca por dinheiro e status.

Atualmente, estamos realizando a leitura conjunta do livro O Nome da Rosa de Umberto Eco. E para encerrar o ano com chave de ouro, a discussão do conto “Ninguém morre jamais”, de Ernest Hemingway está agendada para o dia 21 de dezembro.

Para proporcionar a mesma experiência em outras cidades do País, em breve, o Clube expandirá suas fronteiras e será realizado com os leitores no Rio de Janeiro. Se você deseja fazer parte desse círculo literário, obtenha mais informações e participe do Clube de Leitura do CCBP entrando em contato pelo número 11952088335.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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