O ministro do trabalho de Lula, Luiz Marinho, em consonância com o discurso do presidente, afirmou que o vale tudo das empresas de aplicativo no que diz respeito ao tratamento com os seus empregados está com os dias contados.
“ (…) Veja aquele jovem que participou do BBB (Big Brother Brasil) e quase morreu num acidente de Uber. Aquilo é resultado de trabalho escravo. O motorista devia estar trabalhando 16 horas por dia. Dormiu no volante. Isso é trabalho escravo para mim.” Disse o ministro em entrevista ao Estadão.
Como já anteriormente sinalizado pelo presidente Lula, as mudanças que o governo do PT pretende fazer na legislação trabalhista intervieram em primeiro lugar nas condições de trabalho dos trabalhadores de aplicativo.
“Nós vamos instituir um processo de negociação. Em primeiro lugar, chamando as empresas. Dona Uber, venha cá. Dona iFood, senta aqui. Não dá para ter uma jornada extenuante igual vocês estão exigindo. O cidadão trabalha 16 horas por dia para levar o leite para casa. É exploração. Vamos estabelecer padrão de remuneração, de proteção social. Um trabalhador de aplicativos, um caminhoneiro, um mototaxista, motoboy não tem nenhuma segurança. É preciso que seja regulamentado. É preciso que as empresas tenham a consciência de que a sociedade quer que chegue o lanchinho em casa, pizza; tem de remunerar bem esse trabalhador.”
É uma providência mais do que necessária, garantir os direitos da CLT a esses trabalhadores que sem dúvida são uma das categorias de trabalhadores mais exploradas. Porém não basta parar por aí.
É preciso revogar a reforma trabalhista aprovada no governo golpista de Michel Temer e garantir de volta a todos os trabalhadores os direitos que lhes foram roubados com o golpe de 2016.