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Entrevista

Ualid Rabah: presença de Israel na ONU é ilegal

Brasil deveria romper relações diplomáticas imediatamente, diz dirigente da Fepal

O coordenador da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, afirmou, em entrevista exclusiva ao Diário Causa Operária (DCO), que Israel está ilegalmente na ONU. Esse é um dos motivos para o Brasil romper relações com o Estado que promove o genocídio da população palestina, afirmou.

Nesse sentido, ele apontou também que a balança comercial do Brasil com Israel é deficitária em mais de 1 bilhão de dólares. “O que compramos de Israel é; arapongagem, armamento, munição e sistemas que são testados sobre o povo palestino e depois vendidos para o mundo. Isso nós podemos comprar, como todo respeito ao nosso povo irmão paraguaio, no Paraguai”. Portanto, o Brasil não perde nada em romper relações econômicas com o Estado sionista.

Rabah ainda alegou motivos políticos, comparando Israel com o regime de apartheid da África do Sul, que segregava os negros do país. “O crime de apartheid é um crime contra toda a humanidade”, afirmou, citando a Convenção do Apartheid, aprovada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 1973.

A admissão de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU) é o único caso “da história da ONU de admissão de Estado-membro sob cláusulas condicionantes”, apontou Rabah. A Resolução 273 da Assembleia Geral das Nações Unidas foi adotada em 11 de maio de 1949, durante a segunda parte da terceira sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, para admitir o Estado de Israel como membro das Nações Unidas.

Sua admissão, todavia, estava condicionada às seguintes cláusulas: a adoção da resolução que reconhece o genocídio, da Carta das Nações Unidas e da resolução que reconhece limpeza étnica e o retorno dos refugiados; a resolução 181 da partilha, ou seja, restaurar a Palestina pelo menos para 42,9% de seu território; e a 194, que é a do retorno, ou seja, a restauração demográfica da Palestina história. Todas essas condições aceitas por Israel.

“Israel não acatou [essas condições] até hoje. Portanto, Israel está ilegalmente na ONU”, afirmou Rabah.

Nas próximas edições, publicaremos a entrevista completa com Ualid Rabah. Fique ligado em nossa imprensa para mais informações

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