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Santos

Tudo é machismo? PSTU se joga de cabeça no feminismo identitário

PSTU vê machismo em crítica de Santos a arbitragem

Setores da esquerda pequeno burguesa caíram de cabeça da política reacionária e contrarrevolucionária, financiada pelo imperialismo, do identitarismo e, agora, contam com o apoio de mais um setor dessa esquerda, que tem como característica a política centrista: o PSTU.

O PSTU, como sabemos bem, adotou a mesma política de seguidismo ao imperialismo no golpe de 2016, através da farsa do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, com a palavra de ordem “Fora Todos”, isso sem falar de outras questões como a campanha contra o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro; de Daniel Ortega, na Nicarágua e, mais recentemente a favor do imperialismo norte-americano no caso da guerra na Ucrânia.

O mais recente devaneio dos morenistas identitários, foi a matéria publicada no seu sítio cujo o título é: “Futebol: Atitude do Santos perante a arbitragem é expressão do machismo naturalizado na sociedade” cujo autor, João Pedro Andreassy Castro, torcedor do Corinthians e militante da Juventude Rebeldia e do PSTU, faz uma crítica, à direção do Santos Futebol Clube, quando emitiram uma nota à Federação Paulista de Futebol solicitando a mudança do árbitro (antes que sejamos taxados de machistas, árbitra), Andres Rueda, para o jogo entre Santos e Corinthians do dia 26 de fevereiro.

A nota do Santos, para as pessoas normais, não evidência em nada uma posição supostamente machista, apenas demonstra a preocupação em relação à arbitragem escolhida, não por ser uma mulher, e sim pelo histórico de erros de outros jogos do Santos feita pela juíza. Procedimento esse normal para o questionamento de arbitragem para qualquer gênero. Na própria nota, a direção do Santos tem a preocupação em preservar a própria árbitra, não questionando a qualidade técnica da profissional, mas, para os religiosos identitários, trata-se de achar pelo em ovo, no sentido de justificar essa política reacionária, ou seja, todo mundo é machista e se é mulher não pode ser criticada.

Abaixo reproduzimos, na íntegra, a nota do Santos:

O Santos Futebol Clube vem a público demonstrar a sua preocupação com a escolha da árbitra Edina Alves Batista para o clássico com o Corinthians no domingo (26), na Vila Belmiro. Desde a divulgação da escala de arbitragem para este importante jogo, o Clube se empenhou em esclarecer sobre essa escolha, em conversas diretas entre os presidentes Andres Rueda e Reinaldo Carneiro Bastos, também entre o coordenador de esportes Falcão e o vice da FPF, Mauro Silva.

Também houve tentativas, sem resposta, de contato com a comissão de arbitragem da entidade, no sentido de demonstrar o contexto atual, depois de erros capitais, reconhecidos pela Federação, em duas partidas, ano passado, diante do São Paulo, e esse ano, na Vila Belmiro, com o Água Santa, que geraram uma grande insatisfação.

Nosso objetivo é também preservar a própria árbitra. Não estamos questionando, em momento algum, a qualidade técnica ou mesmo a seriedade da profissional, mas demonstramos preocupação de um novo fato em partida decisiva no Campeonato Paulista, mais do que isso, um clássico com um tradicional rival, que sempre deixa os ânimos acirrados.

Como não houve a mudança da escala, cabe ao Santos externar essa insatisfação, sabendo que o quadro de arbitragem da FPF dispõe de profissionais gabaritados para suprir essa alteração. Resta ao Clube a expectativa que dessa vez, a condução do jogo não tenha interferência que prejudique o resultado final.

Andres Rueda
Presidente do Santos FC

O PSTU considera que, só porque o Santos emitiu uma nota questionando erros da árbitra contra o clube (é claro que esquemas de compra de juízes existem, isso vale tanto para homens quanto para mulheres), significa que o Santos é machista, porque, oras, é óbvio que se você critica uma mulher é porque ela é mulher, e não porque ela é uma juíza, sujeita às mazelas futebolísticas, ou porque ela deva ser criticada pelo que fez. Logo, foi um ataque machista do Santos!

PSTU não consegue sustentar essa política e não tem argumentos, é isso e apenas isso: ela é mulher e por isso foi criticada.

Segundo o PSTU, O que sustentaria essa afirmação é que o Santos teria um histórico de compactuar com o machismo, pois quis contratar o Robinho mesmo após ele ter sido acusado (acusado, como bem diz o PSTU) de estupro. Só que o PSTU cai novamente na demagogia identitária, pois um direito democrático básico a nível judicial é que todo mundo é inocente até que se prove o contrário e Robinho, naquela época, não havia sido condenado nem nada e, mesmo assim, todo o processo foi feito na Itália e não no Brasil, onde ele teria de ser recomeçado. Portanto era de todo direito do Santos contratá-lo e do Robinho exercer sua profissão, mas isso não ocorreu justamente por pressão dos patrocinadores, ou seja, dos capitalistas (e o PSTU mesmo relata isso) – assim, os capitalistas estariam do lado certo, o PSTU estava do lado deles, contra os direitos democráticos.

O PSTU definitivamente adotou o identitarismo como ideologia, abandonando qualquer resquício de marxismo e mesmo de defesa dos direitos democráticos.

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