Recentemente, o sítio Ynet, que compõe a imprensa sionista israelense, revelou uma situação alarmante de crise no seio das próprias Forças de Defesa de “Israel” (FDI): deserções estão ocorrendo por parte das tropas que estão ocupando a Faixa de Gaza.
Elas se iniciaram com a recusa de dois oficiais encarregados de um batalhão (o comandante e seu vice) em entrarem em novas batalhas contra a resistência palestina, que trava uma feroz e eficiente guerra de guerrilhas, promovendo inúmeras baixas nas fileiras dos invasores sionistas.
A eficiência da resistência já foi tamanha, que forçou o “todo poderoso” exército israelense aceitar uma trégua temporária com o Hamas, no último dia 24, sendo obrigado a entregar prisioneiros palestinos que estavam nas masmorras de “Israel” há anos. Uma verdadeira vitória para os palestinos e sua luta pela libertação nacional.
Segundo apurado pelo jornal militar Yedioth Ahronoth, os oficiais que se recusaram a entrar em novas batalhas em protesto, com a justificativa de que o comando da companhia das FDI, ao qual o batalhão fazia parte, falhou “em fornecer cobertura durante uma incursão, resultando em uma emboscada fatal”.
Diante disto, os oficiais foram expulsos pelo comando, na tentativa de conter a desobediência. Contudo, isto acabou por gerar o efeito contrário, pois após a expulsão, metade dos soldados da companhia não voltaram à unidade, conforme noticiado por Yoav Zeitoun, correspondente para assuntos militares do jornal Yedioth Ahronoth.
Assim como os oficiais, os soldados também afirmaram que “não receberam apoio de fogo ao enfrentar dezenas de combatentes, levando à sua retirada”, segundo reportagem do Al Mayadeen, jornal da esquerda libanesa.
Em razão do ocorrido, que foi reconhecida pelas FDI, “soldados de outras unidades estão a ser destacados para colmatar a lacuna na empresa onde ocorreu o incidente”, demonstrando a situação de crise em que já começa a se gestar no seio do exército israelense, em razão do enfrentamento contra a resistência palestina o qual, até o presente momento, não alcançou objetivos militares significativos, sofrendo, pelo contrário, pesadas baixas, conforme já exposto por este Diário, no dia que antecede ao início da trégua.
Números comprovam situação crítica de Israel: “perdemos o Norte”
Para piorar a situação, o relatório feito pelas forças israelenses a respeito do motim no batalhão ainda reconheceu que houve falhas na invasão terrestre de Gaza realizada pela brigada, pois as tropas entraram “em uma área com armadilhas e vários combatentes dispararam implacavelmente projéteis de RPG contra nós com intensidade incessante”.
Assim, se no começo Netanyahu e o ministro da defesa de “Israel”, Yoav Gallant, vociferavam que iria destruir Gaza e varrer o Hamas do mapa, tratando os palestinos como animais, agora suas tropas já começam a recuar do enfrentamento aos os militantes da resistência, sejam os do Hamas, sejam os das demais organizações, ante a tenacidade e convicção dos guerrilheiros palestinos que lutam contra o opressor sionista, e, é claro, sua preparação e eficiência militar.