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Socializar o trabalho de casa!

Trabalho doméstico não deve ser igualado, deve ser extinto

A solução para a escravização da mulher não é a domesticação dos homens, mas a socialização dos trabalhos domésticos

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022 do IBGE, na modalidade “Outras Formas de Trabalho”, apresentou na sua análise de dados que as mulheres passam em média 21,3 horas da semana trabalhando em afazeres domésticos. A pesquisa foi realizada entre a população acima de 14 anos e, no geral, estima-se que nessa faixa etária pelo menos 148 milhões de pessoas realizem algum tipo de trabalho doméstico.

A análise da pesquisa divulgada busca mostra que, em relação com o tempo gasto pelos homens nos afazeres domésticos, as mulheres trabalham muito mais. Os homens gastam no trabalho doméstico uma média de 11,7 horas por semana, ou seja, cerca de 9,6 horas a menos do que as mulheres. Esse resultado não surpreende, é um fato bastante conhecido de todos que o encargo doméstico é uma tarefa ainda hoje atribuída socialmente às mulheres, que acabam por ser verdadeiramente escravas por esse tipo de trabalho.

A eliminação do trabalho doméstico é a principal barreira a ser superada para a emancipação, não apenas das mulheres que são escravizadas por ele, que são a esmagadora maioria, mas para a emancipação de todas as mulheres. O fato de que o conjunto da população feminina seja submetida a passar boa parte da vida presa a tarefas embrutecedoras, como os afazeres doméstico, faz com que na sociedade, como já estabelecido em última instância, os homens sejam socialmente privilegiados em relação às mulheres.

Entretanto, o problema da libertação dos afazeres domésticos não será resolvido por meio de uma pregação moral de que os homens devem abrir mão do seu privilégio e descer um degrau abaixo na sua liberdade, e também passarem a se submeter ao trabalho doméstico. Isso simplesmente não vai acontecer.

Porém, é isso que supostos especialistas, que analisam os dados divulgados pelo IBGE, vêm colocando como sendo a grande solução para o trabalho doméstico. É o que destaca, por exemplo, a professora da Fundação Getúlio Vargas, Lorena Hakak, ao afirma que “(..) há uma mudança em curso da norma social que considera a responsabilidade maior da mulher nas tarefas domésticas e de cuidado, mas que o ritmo ainda é lento..”. De forma individual, cada um tentar “remendar” uma solução para o seu problema é uma coisa, mas socialmente o problema doméstico não será resolvido com a “domesticação masculina”.

Para colocar fim a esse problema, seria necessário realizar as mudanças que fizeram os revolucionários russos de 1917, a socialização do trabalho doméstico. É preciso que o trabalho doméstico deixe de ser um fardo individual e passe a ser um trabalho coletivo da sociedade. Para libertar a mulher do trabalho doméstico é preciso exigir dos poderes públicos a criação de lavanderias e restaurantes populares, creches e escolas em tempo integral de qualidade, além de investimentos pesados em tecnologia que possa substituir a força física no trabalho doméstico.

A mulher é ainda hoje uma escrava doméstica não por culpa dos homens, mas por culpa do capitalismo que ao invés de investir na libertação do ser humano, visto que já existem condições tecnológicas o suficiente para se fazer isso, prefere investir na escravização da esmagadora maioria da população para garantir lucros insanos para o bolso de meia dúzia de parasitas decrépitos.

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