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Clube satélite

Torcida antifascista do Botafogo protesta contra SAF

Torcida botafoguense denuncia o uso do clube alvinegro pelo dono, John Textor, como satélite para o francês Olympique Lyonnais

A torcida Botafogo Antifascista denunciou, em suas redes sociais, a utilização do Botafogo como clube satélite para o francês Olympique Lyonnais, conhecido popularmente como Lyon. O Botafogo foi comprado pelo norte-americano John Textor, dono da Eagle Football Holdings, no início de 2022. O clube social Botafogo de Futebol e Regatas vendeu 90% dos ativos do futebol para o empresário, que já era sócio majoritário do RWD Molenbeek, da Bélgica, e minoritário do Crystal Palace, da Inglaterra.

Em janeiro deste ano, Textor se tornou sócio majoritário do Lyon. Algumas semanas depois do anúncio, o jogador Jeffinho, do Botafogo, foi vendido para o clube francês. O atacante foi vendido por €10 milhões (R$ 55,2 milhões), com possibilidade de mais €2,5 milhões (R$ 13,8 milhões) em bônus no caso de metas individuais cumpridas. No entanto, mesmo sendo a maior venda da história do Botafogo, o caso mostra a farsa da SAF.

Primeiro, Jeffinho era um dos melhores (senão o melhor) do elenco botafoguense. Jovem, veloz e driblador, carrega a marca do futebol-arte nacional, mesmo tendo alguns aspectos a melhorar. Segundo, a venda foi realizada sem o aval do treinador do Botafogo, Luis Castro, que contava com o ponta-direita para o planejamento feito para 2023. Terceiro, o objetivo, no futebol, não deveria ser o lucro imediato, mas a conquista de títulos pelos clubes.

A situação do futebol mundial faz com que os times brasileiros, pela crise monetária, a crise financeira dos clubes nacionais e leis antiprotecionistas no Brasil, seja o maior celeiro de craques para os times imperialistas europeus. Com mais de 1800 jogadores no exterior, o Brasil é o país que mais exporta jogadores, enquanto as competições nacionais ficam prejudicadas. Nos últimos anos, por exemplo, a maioria dos jogadores da Seleção Brasileira — os melhores jogadores do mundo — joga fora do país, algo totalmente incomum antes da década de 1980.

No entanto, espera-se que, com dinheiro, a situação dos clubes nacionais melhore e eles consigam segurar seus bons jogadores em território nacional. A compra do futebol do Botafogo por um bilionário norte-americano, por exemplo, deveria gerar esta expectativa. Mas isso é falso. Textor tem muito mais interesse em lucrar no futebol europeu — em euros — do que tornar o elenco botafoguense em um dos melhores do mundo. A SAF, cada vez mais frequente nos clubes brasileiros, na verdade, é apenas mais uma ferramenta para manter a submissão do futebol nacional em relação aos monopólios capitalistas. No caso do Botafogo, integrante de uma rede multi-clubes, serve para colocar o time em uma situação secundária em relação ao Lyon, servindo de celeiro para os futuros craques do futebol europeu — que, em sua maioria, são brasileiros.

Confira na íntegra a nota do Botafogo Antifascista

YANKEE, GO HOME!

Após a instituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo e a venda de 90% de suas ações a um bilionário ianque, já era mais do que evidente que o clube se tornaria um modelo de negócios que busca somente proporcionar retorno financeiro ao acionista majoritário. Entretanto, as últimas negociações envolvendo atletas do elenco de futebol profissional do Glorioso revelam que o cenário é pior do que se imaginava.

Além de um mero empreendimento para satisfazer os anseios de busca incessante por lucro e acumulação de capital do empresário, o Botafogo tornou-se satélite na hierarquia do grupo Eagle Football Holdings que engloba outros clubes sob controle do bilionário ianque John Textor. A condição de clube-satélite, à qual o Botafogo foi submetido, ficou escancarada após a publicação de uma nota pelo Alvinegro no último sábado (28/01) por ocasião do anúncio da transferência de Jeffinho, jogador que despontara como o maior destaque do time comandado por Luís Castro, para o Lyon da França, que também pertence ao grupo controlado por Textor.

Tal nota faz questão a todo momento de ressaltar que o Botafogo converteu-se em uma espécie de incubadora de atletas cuja atividade comercial não passa de um trampolim para jogadores formados pelo clube. E aqui sequer entramos no mérito das cifras envolvidas na transação, afinal, jamais iremos naturalizar um quadro onde quem quer que seja retire os grandes destaques do Glorioso para sanar sua ganância pelo lucro desenfreado. Lembrando ainda que não há nada que impeça que essa prática torne-se recorrente. Há momentos em que o óbvio precisa ser dito: não torcemos por um banco, nem por uma financeira!

No caso de Jeffinho, em uma atitude de total descaso e desrespeito com a torcida botafoguense, o patrimônio do clube foi lesado por meio de uma venda relâmpago, poucos meses após a estreia do atleta com a camisa alvinegra, e sem que ele antes gerasse qualquer retorno ao clube em termos de conquistas. Quem ama de verdade o Botafogo e deseja títulos para o clube é a sua apaixonada torcida e, não, um bilionário ianque megalômano, fanfarrão, reacionário que acha que pode tratar uma das instituições de maior tradição no futebol mundial como se fosse seu brinquedo.

Seguimos acreditando que a solução para o Botafogo é a democratização do clube para que os rumos do Glorioso sejam ditados por quem de fato o ama de verdade: a sua apaixonada torcida. E sempre rechaçaremos a ideia de que os rumos da razão do nosso existir seja ditado apenas e simplesmente por um bilionário ianque.

Coletivo Botafogo Antifascista

Amando o Botafogo

Combatendo os fascistas e os ianques

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