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The Economist dá o tom

The Economist: de onde vem a campanha contra uma moeda comum

A revista porta-voz do imperialismo desenha qual a política para o próximo período: não permitir qualquer unificação dos países atrasados. Caso contrário "pagarão" caro

Na última quinta-feira (26), a revista The Economist, porta-voz do imperialismo Europeu, publicou uma matéria, onde expõe abertamente uma campanha do imperialismo contra uma moeda única, discutida no encontro entre Lula e o Presidente da Argentina Alberto Fernández. O artigo é uma carta aberta contra a possibilidade de uma moeda única na América Latina, dando orientações de que qualquer possibilidade deste tipo será abertamente combatida pelo imperialismo.

O artigo já abre atacando a Argentina e acusando-a de um possível calote que nem mesmo aconteceu. Supõe também que a maior economia da América Latina, o Brasil, poderia ser levada para uma das suas piores crises sem nenhuma prova concreta e uma acusação completamente especulativa. O texto continua, fazendo um ataque que a união precisaria de um Banco Central único, com taxas similares, visto que a Argentina atualmente possui uma taxa de 75% contra 13,75% do Brasil. Porém o texto é completamente vago, pois cita um economista Canadense, Robert Mundell, que defende a suposta ideia que para países possuírem uma moeda em comum deveriam possuir semelhanças econômicas. Também faz uma acusação sem sentido, quando coloca: “seus ciclos de negócios estão totalmente fora de sincronia, já que suas principais exportações – commodities agrícolas e industriais, respectivamente – são afetadas por diferentes movimentos globais”. A ideia por si só é absurda, visto que se os países procuram alguma unificação, é exatamente por “movimentos contrários” e não por similaridades.     

O artigo continua atacando a moeda única, colocando que na Europa isto foi possível devido a fácil locomoção entre os países, coisa que não ocorreria na América do Sul. Ataca de uma forma vazia a Argentina, pois, segundo o texto, poderia ocorrer a migração de mão de obra para o Brasil, o que faria que os Argentinos “continuariam” gastando de uma forma “irresponsável” o dinheiro público. Ou seja, sem nenhuma prova concreta, o The Economist acusa a Argentina, que está uma crise enorme por conta dos próprios vampiros capitalistas, de gastar o dinheiro sem responsabilidade.

E como fechamento da peça, o jornal fala que caso a Argentina prossiga com a ideia de uma outra moeda, o Fundo Monetário Internacional (FMI), teria menos disposição para discutir a dívida Argentina que hoje está em torno de 72 bilhões de dólares. Uma chantagem digna de picaretas capitalistas, visto que o povo argentino está morrendo de fome enquanto algumas dúzia vive desta própria miséria. Ainda faz uma chantagem para Lula: caso prossiga, Lula teria que ignorar o Banco Central independente, coisa que os capitalistas não cogitam e travam uma briga já no primeiro mês do governo.

O artigo da The Economist deixa claro que o imperialismo usará todas as suas armas para pressionar qualquer mínimo movimento independente dos povos latinos americanos. Sem moeda, sem trabalho e entregando riquezas para os imperialistas. A crise do capitalismo é enorme, e iniciaremos uma nova frente de luta, que de fato só os trabalhadores poderão tomar frente, pois caso contrário, estaremos diante da maior crise mundial dos próximos tempos.

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