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Tensão e violência

Tensão política nas eleições presidenciais no Equador e Guatemala

Equador e Guatemala estão passando por eleições marcadas por violência e tentativas de fraudes

Os equatorianos começam a votar neste domingo, a partir das 7h, para eleger o novo presidente do país, em um clima de ansiedade devido ao alto grau de violência. O país está vivendo apenas o primeiro turno, e o indicativo é que essa violência continue até o final do pleito.

13,4 milhões de equatorianos estão aptos a participar das eleições extraordinárias para escolher o substituto do presidente Guillermo Lasso, que convocou eleições antecipadas para interromper um processo de impeachment contra ele.

Os equatorianos elegerão 137 membros da Assembleia Nacional (Congresso unicameral) e definirão dois plebiscitos ambientais sobre a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, localizado no leste do país, e a extração de minas na região de Chocó Andino.

A votação ocorre em meio ao estado de emergência decretado pelo Governo após o assassinato, em 9 de agosto, do candidato presidencial Fernando Villavicencio. O estado de emergência foi decretado pelo governo para lidar com a violência e mobilizou cerca de 100 mil policiais e militares nas ruas e seções eleitorais.

Apesar do destacamento militar, nas últimas horas registraram-se acontecimentos violentos que põem em causa a tranquilidade do processo eleitoral no Equador. A violência e a insegurança no Equador deixaram um recorde de 26 homicídios por 100.000 habitantes em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Após o assassinato de Fernando Villavicencio em 9 de agosto, morto a tiros em Quito, os demais candidatos focaram suas campanhas no combate ao crime e ao crime organizado, principal preocupação dos cidadãos.

Os eleitores terão que escolher entre oito candidatos que aspiram à presidência do Equador, entre os quais Luisa González, do movimento Revolução Cidadã; o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, da aliança Actuemos; Jan Topic, da coalizão Por um País Sem Medo; Daniel Noboa, da Ação Democrática Nacional.

Também aspiram à presidência, sem chance de vitória, Yaku Pérez, da aliança Claro que se puede; Xavier Hervas, do movimento Renovação Total (RETO); o jornalista Christian Zurita, que substituiu o assassinado Fernando Villavicencio; e Bolívar Armijos, do grupo Amigo.

A sondagem oficial Cedatos indica que a candidata presidencial Luisa Gonzales, do partido Revolução Cidadã, do ex-presidente Rafael Correa, lidera com 24% das intenções de voto. Villavicencio era o segundo colocado, com 12,5% até seu assassinato. Agora, Christian Zurita substitui Villavicencio.

Em terceiro lugar está o também direitista Jan Topic, da Aliança por um País Sem Medo, com 12,2%, que, segundo as pesquisas de julho, ficou em último lugar, após a morte de Villavicencio avançar significativamente. Segue a pesquisa de intenção de votos:

  1. Luisa González – Movimiento Revolución Ciudadana – 24%
  2. Fernando Villavicencio – Movimiento Concertación – 12.5%
  3. Jan Topic – Por un país sin miedo – 12.2%
  4. Yaku Pérez – Somos agua – 8.1%
  5. Otto Sonnenholzner – Avanza – 5.1%

Durante as votações, um clima de grande tensão, o candidato da burguesia se vestiu com colete à prova de balas e capacete para ir votar. Muitos eleitores, conforme podemos monitorar pelos grupos de Telegram, estão sendo assassinados. A esta altura, nesta edição não é possível sequer fazer um balanço do número de mortos durante o pleito.

Além da violência, as eleições também estão sendo marcadas pelo uso de urnas eletrônicas no exterior, porém, conforme era de se esperar, sem nenhuma confiança. Denúncias circulam nas redes sociais de que os cidadãos equatorianos, residentes no exterior, estão impossibilitados de votar em meio eletrônico.

Em Madrid, Espanha, vários eleitores relatam erros no software disponibilizado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não permite o acesso ao voto telemático. Na Itália, foi relatado que era impossível acessar o sistema de votação telemática em Gênova e Milão. (Confirmado.net)

Conturbado Segundo Turno na Guatemala

De acordo com a Telesur, o atual processo eleitoral da Guatemala foi prejudicado pelas manobras da Procuradoria-Geral da República para tentar cancelar o Movimento Semente. Bernardo Arévalo, do partido ambientalista Movimento Semente, que chegou a ser cassado semanas atrás, aparece com mais de 60% das intenções de voto, segundo as pesquisas.

O resultado do primeiro turno, realizado em 25 de junho, produziu um cenário levemente diferente. Pela primeira vez setores de “centro-esquerda” governarão. São duas candidaturas de “centro-esquerda”, semelhantes ao modelo chileno de Gabriel Boric, e se qualificaram para a disputa decisiva deste domingo.

A vencedora do primeiro turno foi Sandra Torres, do partido Unidade Nacional pela Esperança (UNE), considerado como um setor mais tradicional da centro-esquerda social-democrata da Guatemala. Ela obteve 21,1% de votos naquela jornada.

Em segundo lugar ficou Bernardo Arévalo, do Movimento Semente, de discurso mais ligado ao desenvolvimento sustentável e ao ambientalismo, que ficou com 15,5%.

Cerca de 9,4 milhões de pessoas estão habilitadas a partir das 07h00 locais, quando os 3.500 centros de votação instalados em todo o país centro-americano abriram.

Conforme acordado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o dia eleitoral será estendido até as 18h (horário local), quando começa o fechamento dos centros de votação. As primeiras contagens oficiais serão conhecidas cerca de três horas após o fim da votação (não dando tempo para um balanço das eleições até o fechamento desta edição).

O atual processo eleitoral tem sido o mais polêmico na Guatemala desde a implantação da democracia em 1986 e foi marcado pelas manobras do Ministério Público para tentar cancelar o Movimento Semente e impedir a participação de Bernardo Arévalo.

Ex-primeira-dama do país e candidata à presidência pela Unidade Nacional da Esperança (UNE), Sandra Torres obteve quase 900 mil votos. Por sua vez, o candidato Bernardo Arévalo concordou com o segundo turno ao ficar em segundo lugar, com mais de 600 mil votos, apesar de as pesquisas o colocarem em oitavo lugar. Apesar da diferença de votos no primeiro turno, as últimas pesquisas davam 50% das intenções de voto para Arévalo e 32% para Torres.

O avanço do candidato do Movimento Semente fez com que o Ministério Público iniciasse uma série de ações de mandados de prisão e tentativas de cancelamento do partido por um suposto caso de anomalias no processo de registro do movimento político em 2018. O vencedor deste segundo turno das eleições assumirá a Presidência da Guatemala de 2024 a 2028 e substituirá Alejandro Giammattei.

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