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Do petróleo à ONU

Temos uma imprensa serviçal e vende-pátria

O Globo comemora entrega do petróleo nacional e Folha de S.Paulo diz que Brasil não merece vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas

O jornal O Globo, que sempre fez uma ferrenha campanha para que a Petrobrás fosse privatizada (conforme vídeo abaixo), publicou um editorial na segunda-feira (20) comemorando a quebra do monopólio da companhia na exploração de petróleo, pois isso beneficiou as empresas privadas.
Essas empresas são apelidadas de “junior oils”, pois surgiram apenas a partir de 2015, quando o avanço da direita golpista contra o governo Dilma Rousseff levou a grandes ataques contra a Petrobrás, como o plano de “desinvestimento” da companhia, sucateando e enfraquecendo-a para abrir o mercado de exploração de petróleo aos abutres privados.
A publicação da Família Marinho, que enriqueceu e se tornou uma das mais ricas do Brasil durante a ditadura militar e através de uma verdadeira concentração monopolística da comunicação, tece elogios aos “feitos” produtivos das “junior oils”.
“Nada disso aconteceria se não tivesse sido quebrado o monopólio estatal do petróleo. O estudo desse caso de sucesso deveria inspirar o governo a estimular a concorrência na economia brasileira”, concluiu o editorial.
A questão é que esse “exemplo de sucesso” ocorreu não por causa do estímulo da concorrência, mas devido a uma prática criminosa tradicional dos próprios monopólios: a quebra de seu concorrente (neste caso, uma empresa estatal nacional). A Petrobrás foi ultrapassada de forma artificial devido ao golpe de 2016, com políticos como José Serra (PSDB) trabalhando dentro do aparato estatal para promover medidas institucionais que favoreciam as companhias petrolíferas estrangeiras em detrimento da Petrobrás.
Portanto, o que as “junior oils” (termo em inglês que indica, assim, a procedência dessas empresas abutres) alcançaram poderia perfeitamente ter sido alcançado (e potencializado) pela manutenção do monopólio da Petrobrás sobre a exploração do petróleo, havendo investimentos do governo na companhia nacional. Contudo, por ser uma verdadeira assessoria de imprensa da Casa Branca, o jornal O Globo aplaude a rapinagem sobre o nosso petróleo e pressiona o governo a convidar as aves de rapina a atacarem os outros setores da economia que ainda não foram totalmente privatizados.
Para demonstrar como a imprensa burguesa é, de fato, um cartel (apesar de defender a “livre concorrência”…) contra os interesses nacionais, a Folha de S.Paulo publicou no mesmo dia uma coluna de Hélio Schwartsman em que o autor resume de forma assustadoramente nítida a opinião dos donos dos jornalões sobre o Brasil: nosso País nada merece, a não ser o eterno status de nação submissa.
“Sou contra um assento permanente para o Brasil” no Conselho de Segurança da ONU, escreve o colunista. Um dos motivos, conforme o articulista, seria que isso “nos forçaria a tomar partido numa série de encrencas internacionais, o que quase certamente faria com que nos indispuséssemos com algumas nações” (leia-se: com os EUA).
Segundo Schwartsman, um dos principais colunistas da Folha, que acaba refletindo a opinião do próprio jornal, o Brasil deve se limitar a ser uma república das bananas. Ao contrário dos EUA, porque, “um sistema de governança global sem os EUA, a maior superpotência do planeta, não vale um dólar furado, enquanto a presença do Brasil é, no máximo, um opcional”.
Maior capachismo diante do imperialismo seria difícil de pensar. E essa é exatamente a opinião de Washington. O governo Biden, assim como qualquer governo norte-americano, é contrário à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Veem o Brasil como um país de quinta categoria, igual a Schwartsman.
A imprensa brasileira é um reflexo da nossa burguesia, que demonstrou seu entreguismo ao implementar o golpe de 2016 e a destruição da indústria nacional. Atua contra os interesses do povo brasileiro e dos povos oprimidos do mundo todo, que veem o Brasil como um exemplo a ser seguido.

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