Nesta segunda-feira (30) o governador de São Paulo Tarcisio de Freitas (Republicanos), reafirmando sua obediência cega à política imperialista do neoliberalismo, deixa claro que pretende seguir o modelo de privatização da Sabesp (Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), bem como a Eletrobras, que vai se realizar com a redução de participação nas ações da empresa.
Sugere Tarcísio que o dinheiro captado pelo negócio seria usado para investimento no próprio setor de saneamento. Porém, como já se sabe, estes recursos acabam indo para a mão dos bancos com suas cobranças de dívidas mirabolantes aos governos brasileiros e sua burguesia obediente às determinações da burguesia financeira norte-americana nos governos dos políticos controlados por ela, como é o caso de Tarcísio.
Seria mais lucrativo e seguro para a população manter sob seu domínio através do controle da empresa pelo Estado de São Paulo. A venda de uma empresa à iniciativa privada deixa o serviço dessa empresa refém do setor empresarial ao qual a empresa vai passar a pertencer, e já é sabido e anunciado por este Diário, em várias matérias, o que acontece com uma empresa nas mãos da iniciativa privada, que só tem como objetivo o lucro, ficando o desenvolvimento que a empresa proporcionaria às cidades em segundo, senão em terceiro ou quarto plano, isso se o Estado, após vender a empresa, ainda investir para que o grupo empresarial que assumir a empresa ‘banque’ os gastos com o desenvolvimento da empresa, se houver. Como já visto diversas vezes nas privatizações brasileiras que o investimento não acontece ou acontece precariamente.
Enfim, a privatização de empresas de setores essenciais é uma política imposta pelo imperialismo norte-americano justamente para retardar senão aniquilar de vez o desenvolvimento das cidades dos países com capitalismo atrasado, como é o caso do Brasil. A classe trabalhadora, que será a mais prejudicada com privatizações como a da Sabesp e Eletrobras, pois além de pagar as contas altas para sustentar o grupo empresarial que comprar a empresa, vai sofrer o atraso do não investimento e ainda vai ter que pagar pelo investimento na empresa para que esta faça o mínimo de um desenvolvimento insuficiente.
A classe trabalhadora tem que se organizar na defesa do governo Lula e na rejeição total desta pauta de privatizações que foi rejeitada já na campanha eleitoral, como privatizações que deixam o país refém da burguesia financeira e do imperialismo norte-americano.