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Editorial

Talibã, Ucrânia, Essequibo, Israel, África e a crise imperialista

Situação dos donos do mundo se complica cada vez mais. Sua dominação política mundial está ameaçada, assim como seus governos estão atolados em crises políticas e econômicas

As recentes iniciativas de Nicolás Maduro para retomar o território de Essequibo comprovam que a crise imperialista está em uma espiral sem fim. Esse longo período de crises teve como catalisador recente a derrota dos Estados Unidos no Afeganistão em agosto de 2021, após 20 anos de ocupação imperialista no país.

Lembrando as cenas da humilhante derrota norte-americana no Vietnã, os soldados dos EUA e os funcionários do imperialismo tiveram que fugir correndo para evitar serem escorraçados pelo exército de oprimidos liderado pelo Talibã. Com o apoio das massas afegãs, a resistência armada dos insurgentes expulsou o exército mais bem armado do mundo, encerrando duas décadas de ocupação. A derrota norte-americana foi humilhante, uma primeira grande derrota militar para o governo de Joe Biden antes mesmo de completar um ano no poder. 

Alguns meses depois, em fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, causou uma nova crise para o setor mais poderoso da burguesia mundial: a invasão da Ucrânia. Putin, freando a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Leste Europeu, decidiu intervir abertamente na crise iniciada pelos EUA no país vizinho no golpe de 2014. Ele anexou as regiões russófonas no leste da Ucrânia e impôs uma gigantesca derrota militar ao regime ucraniano.

Em reação, o imperialismo tentou sancionar o governo russo e seus aliados, buscando estrangular economicamente o país. Entretanto, isso resultou no fortalecimento das parcerias russas com países atrasados, especialmente a China e o Irã.

A decisão dos norte-americanos foi especialmente cruel para os países europeus, que recebiam gás russo a preços mais acessíveis. Agora, além de terem de pagar mais caro pela energia, estão entrando em recessão econômica. Por outro lado, a reação russa causou uma polarização internacional, colocando claramente os aliados do imperialismo de um lado e os governos nacionalistas dos países oprimidos do outro.

Ao gastar bilhões para armar a Ucrânia em uma guerra sem perspectiva de vitória contra os russos, o governo Biden afundou ainda mais. Lutando “até o último ucraniano”, os EUA estão claramente perdendo a guerra. Agora, com o foco do imperialismo na crise no Oriente Médio, os russos preparam uma ofensiva para derrotar definitivamente o regime ucraniano, um fantoche do imperialismo.

Mesmo focando no Oriente Médio, os planos do imperialismo estão saindo pela culatra no conflito entre Israel e a resistência palestina. Primeiramente, o apoio ao genocídio promovido pelos sionistas aprofundou a crise política de todos os governos imperialistas. Em segundo lugar, a ocupação militar israelense em Gaza fracassou, resultando em uma importante vitória dos palestinos: a trégua imposta à força aos israelenses. Em terceiro lugar, todas as posições do imperialismo na região (Síria, Iraque, Península Arábica, etc.) estão ameaçadas, visto que a luta palestina estimulou o levante de todas as forças de resistência no mundo árabe. Em quarto lugar, os governos árabes aliados ao imperialismo, como na Jordânia, estão ameaçados pela intensa mobilização popular em defesa dos palestinos.

Entre essas crises, houve também a derrota do imperialismo francês na África. Há, pelo menos, três anos, vários golpes militares de caráter nacionalista têm expulsado as forças militares francesas do continente. Os países africanos, com juntas militares ou apenas governos que decidiram se afastar do imperialismo, estão buscando China e Rússia como principais aliados na região, ameaçando o domínio imperialista no continente.

Agora, uma nova crise surge para o imperialismo, desta vez, na América do Sul. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu mobilizar a população em defesa do seu legítimo direito sobre Essequibo, uma região venezuelana incorporada à Guiana pelo imperialismo britânico. Essa guerra desencadearia uma reação profunda em toda a América Latina contra o imperialismo.

A situação para os donos do mundo se complica cada vez mais. Sua dominação política mundial está ameaçada, assim como seus governos estão atolados em crises políticas e econômicas. A pólvora está colocada; os imperialistas precisam parar de brincar com o fogo, caso contrário, a explosão é certa. O império da opressão, golpes e massacres está abalado.

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