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Bombardeios em Gaza

Surgem novas denúncias de que “Israel” matou seus cidadãos

A judia Noam Dan relata ter "certeza de que três pessoas foram mortas pelo nosso fogo, três reféns"

À medida que “Israel” e o imperialismo intensificam sua campanha de calúnias contra o Hamas, acusando os militantes do grupo de estupro coletivo de mulheres sem apresentar quaisquer provas, continuam a surgir denúncias de prisioneiros israelenses contra as Forças de Defesa de “Israel” (FDI), acusando os soldados sionistas de assassinarem seus familiares.

Dando seguimento às suas investigações, o editor-chefe do sítio The Grayzone, Max Blumenthal, recentemente publicou matéria expondo novos relatos que mostram que “Israel” não está preocupado em salvar seus cidadãos que estão em Gaza.

Os relatos mais recentes são da judia israelense Noam Dan, cujo marido ainda é prisioneiro do Hamas. Ela relata ter certeza de que as FDI mataram ao menos três prisioneiros israelenses em razão dos bombardeios, dois dos quais são seus familiares. Em depoimento prestado perante o comitê de finanças de “Israel” em 3 de dezembro, Noam Dan disse que “Temos a certeza de que três pessoas foram mortas pelo nosso fogo, três reféns”. Veja o vídeo abaixo:

Ela já havia feito declarações no mesmo sentido, em entrevista anterior concedida ao Canal 13, da televisão israelense, ocasião em que disse “saber com certeza que não apenas [civis israelenses] ouviram bombardeios, mas edifícios desabaram em cima de seus habitantes”: “as IDF danificam as casas onde estão detidos […] reféns ficaram feridos”, afirmou.

Destacou também que a ameaça de “Israel” contra seus próprios cidadãos não vem apenas dos bombardeios, mas do bloqueio total realizado contra Gaza, o qual impede a entrada de quaisquer bens necessário à sobrevivência das pessoas que lá se encontram presas: “[…] as nossas sanções a Gaza põem em perigo a saúde dos reféns […] se Gaza não tem farinha, eles não têm farinha […] É um contra um”.

Ademais da denúncia de que as forças armadas de “Israel” não se importam com a vida dos próprios judeus, Dan também denunciou que a ação do 7 de Outubro gerou uma crise de credibilidade das FDI, expondo sua fraqueza perante o povo de “Israel”:

 “Toda a noção de que ‘as FDI os conhecem e os protegem’ foi dissolvida […] Costumávamos pensar que a IDF sabia o que estava fazendo – agora sabemos que nada é tão simples”.

Ela inclusive surpreendeu-se com o fato de o governo não ter exercido uma censura imediatamente:

“[…] surpresa [que as FDI] nos permitiu saber tanto, porque fraturou completamente a nossa confiança”.

Contudo, a censura não demorou a vir. Na mesma entrevista, Dan relatou que o governo sionista a proibiu de relatar aos entrevistadores “experiências muito difíceis” vivenciadas por seus parentes: “Não estou autorizada a fornecer detalhes. Eles nos pediram para não fazer isso”, demonstrando que a censura do sionismo recai inclusive sobre os próprios israelenses.

Corroborando as declarações de Noam Dan, há também aquelas dadas pelo prisioneiro Yarden Babas, que disse a Netanyahu, em uma carta, que sua esposa e dois filhos foram mortos pelos bombardeios das FDI contra Gaza:

“Bibi, você destruiu a minha família. Você matou minha esposa e meus filhos, tudo em minha vida… Eu imploro, por favor, traga minha esposa e meus filhos para casa”.

O que faz com que o maior trauma dos prisioneiros do Hamas sejam os bombardeios perpetrados pelas FDI, e não o sequestro em si, conforme relatado por Blumenthal em sua matéria ao reproduzir uma publicação de Hagai Levi, produtor da série israelense BeTipul, em sua página no Facebook. Diga-se de passagem que o diretor já serviu nas forças terrestres das FDI.

Segundo o produtor, “[…] quando falam sobre eles [os bombardeios], literalmente tremem na minha frente. Os termos são de inferno, à beira da morte, de terremoto, de ruído de outro planeta (que também causou danos auditivos permanentes). O medo de ser assassinado pelos captores era zero comparado ao medo de morrer no bombardeio”.

Se os fatos acima não bastassem para demonstrar que o Estado de “Israel” continua a se valer da diretriz Aníbal, segundo a qual “o sequestro deve ser interrompido por todos os meios, mesmo ao preço de atacar e prejudicar as nossas próprias forças”, recentemente foi divulgado um vídeo em que a polícia sionista assassina um israelense logo depois da ação heroica da resistência palestina no dia 7 de Outubro.

Conforme se verifica no vídeo, o judeu israelense está implorando para que a polícia não atirasse. Mas, segundo a diretriz Aníbal, “Israel” não pode deixar que seus cidadãos sejam feitos reféns pelos “terroristas”.

Em razão de todos estes fatos, a popularidade de Netanyahu vem despencando. Conforme pesquisa recente, cerca de 76% dos israelenses querem sua renúncia, afinal, apesar do genocídio de mais de 17 mil palestinos, ainda há mais de 100 israelenses prisioneiros em Gaza. Os que já foram libertos consideram que a maior ameaça à vida dos que ainda estão no enclave não é o Hamas ou as demais organizações da resistência palestina, mas as próprias forças armadas de israel.

Apesar de toda a campanha de calúnias contra o Hamas e os palestinos, que recentemente foi intensificada com a mentira dos estupros coletivos, a realidade se impõe, de forma que os próprios prisioneiros israelenses contribuem para desmascarar as FDI como a principal ameaça à sua segurança, e não o Hamas, que os tratou de forma humana, conforme já noticiado por este Diário:

“Israel matou os reféns, não o Hamas”

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