Em meio a tantas desinformações promovidas pelos meios de comunicação do império a nível global, podemos extrair algumas informações acerca das declarações de Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, sobre a “vitória ucraniana”. Perdendo a oportunidade de negociar a guerra, o imperialismo sinaliza que manterá a guerra até o último ucraniano, também garantiu a Kiev que não pressionará pela paz e continuará a guerra pela paz “justa e duradoura”. A OTAN seguirá enviando armas, munições e suporte a logística militar ao governo nazista de Zelensky.
As condições desfavoráveis na guerra iniciada, mostram hoje uma derrocada desastrosa do imperialismo. A crise é tão grande que internamente não há sequer consenso sobre a postura em relação a Ucrânia. Dentre as diversas entrevistas concedidas, ora anuncia apoio total até à guerra, ora cogita a possibilidade de rendição e também adesão da Ucrânia à OTAN, palavras ditas pelo chefe de gabinete de Stoltenberg Stian Jenssen. Alguns noticiários apontam mais de 500 mil baixas na guerra na Ucrânia contra à Rússia e, mesmo assim, continuam a reforçar que há uma contraofensiva ucraniana que será vitoriosa.
O fato é que estamos diante de informações concretas sobre a guerra como as baixas na casa das 5 mil centenas para o lado ucraniano, a destruição de quase todo suprimento de tanques e armamento aéreo, ao mesmo tempo, o país fica cada vez mais a mercê de uma dívida trilionária, oriunda de armamentos atrasados e sucateados vindos da OTAN como os Leopards e alguns tanques de segunda linha que foram enviados pela Inglaterra, Suécia e demais países da OTAN que municiam em larga escala as frentes de combate ucranianas. Somente nesse primeiro semestre, podemos ver alguma medida na entrega de tanques de última geração como os Leopards 2 alemães e os M1 Abrams americanos desenhado pela Chrysler Defense.
Quem de fato está organizando uma ofensiva poderosa é a Rússia que, conforme relatos do porta-voz, do Grupo Oriental Serhii Tcherevati, disse ter avistado 900 tanques, 555 sistemas de artilharia e 370 lançadores múltiplos de foguetes e isso aliado a uma onda humana de mais 180 mil homens se preparando para entrar no front, fora os grupos privados e alguns batalhões que ainda estão na guerra, assim como todo o armamento quase intacto das forças russas.
Quase todo esse armamento entregue à Ucrânia foi destruído pelas forças de ação russas e o que está notório é a falta de treinamento do seu quadro de combate para operação e estratégia de suas forças armadas. Essa ação de treinamento leva certo tempo de preparo e enquanto isso as armas entregues são destruídas na Ucrânia, enquanto a Rússia adentra seu território. Esse desgaste material e de todo esse derramamento de dinheiro numa guerra que está praticamente perdida pelo imperialismo e de forma rápida já causa insatisfações tanto nos aliados da União Europeia, que atualmente torcem o nariz para novas ações de suporte e financiamento da guerra Ucrânia. Enquanto o circo pega fogo na UE, os congressistas americanos se posicionam contrários e aumentam cada vez mais envio de munições e verbas para os ucranianos.
Esse posicionamento dos congressistas deve-se a falta de materialidade da “vitoriosa contraofensiva ucraniana” e, já avisados negativamente sobre a ação pelos serviços de inteligência, os legisladores americanos se opõem a aumentar ainda mais gastos que serão transformados em cinzas e carbono sob a luz das explosões dos armamentos russos. Enquanto isso segue a saga de entrega de caças F-16 para a Ucrânia e a principal barreira ainda é a falta de treinamento do exército ucraniano para operar o armamento aéreo, que não é a mais moderna norte-americano que faz uso hoje dos caças F-22.
As ações comedidas dos EUA tencionam o globo a se lançar numa guerra, a qual postura norte-americana cada vez mais encontra barreira de adesão entre os próprios aliados, ao passo que os países em guerra contra o imperialismo encontram cada vez mais um ponto em comum para lutarem juntos.
