A Spotify Technology veio a público anunciar nesta segunda-feira, último dia 23, seus planos de uma demissão em massa de 6% do seu quadro de funcionários. A quantidade equivale a 600 funcionários, se somando ao grupo de empresas de tecnologia e meios de comunicação que têm adotado tais práticas de demissões em massa.
A justificativa apresentada é genérica, afirmam estar se preparando para uma recessão, e apesar da apresentação de 50% de queda somada no valor de suas ações no ano de 2022, o caderno de contas continua sob o domínio dos patrões e proprietários.
A empresa também anunciou que o vice-presidente de conteúdo e publicidade, Dawn Ostroff, irá deixar a empresa como “parte de uma reorganização”.
A Spotify contava com cerca de 9.800 funcionários até o final do ano passado, e disse que vai enfrentar cerca de 35 a 45 milhões de euros em despesas com as demissões.
Nos primeiros dias desse mês de janeiro, Google, Microsoft, Meta, Amazon e outras gigantes corporativas anunciaram um semelhante movimento de demissões em massa.
Não é de agora que é possível perceber um notório desaceleramento das contratações, já desde o final do ano passado a Spotify estava desacelerando suas contratações, movimento natural do capitalismo quando empresas enfrentam baixas em suas taxas de lucro. Os bolsos dos capitalistas proprietários permanecem cheios e intocados, e centenas de milhares de trabalhadores enfrentam a dura realidade do desemprego.
O que se apresenta é mais uma das cíclicas crises de um capitalismo decadente, que já está capengando e não consegue mais expandir suas capacidades criativas e produtivas de maneira progressista, apenas de maneira reacionária.
Frente aos ataques das mega corporações da tecnologia a categoria dos trabalhadores, os próprios trabalhadores devem se organizar e formar sindicatos combativos, que deverão inibir a livre ação dos patrões sobre os empregados e impedir que sejam colocados em uma situação de carestia e desemprego.
Em última instância, o único remédio para a verdadeira exploração e humilhação capitalista sobre aqueles que produzem a riqueza da nossa sociedade é a transferência da propriedade da empresa para seu conselho de trabalhadores, constituído por seus trabalhadores de forma ampla e democrática.