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Covid, extrema-direita, 7 a 1

Sobre as novas – e as velhas – calúnias contra o PCO

Colunista da revista Fórum usa caso Daniel Alves como mais um pretexto para caluniar o PCO

O sítio da revista Fórum publicou um artigo assinado por Francisco Fernandes Ladeira. Seguindo a tradição, tanto da revista quanto do colunista, os ataques ao PCO são feitos com frases exclamativas e acusações que não entram no mérito de nenhuma questão, além da mal-intencionada distorção das afirmações e posições políticas do partido.

O método do autor e da revista Fórum desautoriza ambos à prática do jornalismo. Primeiro por distorcer propositalmente o que afirma o PCO em sua imprensa, segundo por sequer procurar representantes do Partido para ouvir o outro lado, como costuma fazer qualquer órgão sério da imprensa. Mas seriedade é a última coisa que se deve procurar na revista Fórum. É bom lembrar que a revista em questão acusou, sem nenhuma prova, “o PCO” de roubar um celular e bater em mulheres, crianças e idosos, o que deixa a revista e o autor da matéria sem nenhum crédito. Mesmo assim, vamos discutir as novas – outras velhas – calúnias.

O novo pretexto para a atacar o PCO é uma matéria publicado no Diário Causa Operária sobre a condenação do jogador Daniel Alves na Espanha. Esse é só um pretexto. Como a ordem é caluniar o PCO, o caso Daniel Alves ocupa apenas metade do artigo que depois descamba para calúnias requentadas sobre diversos temas.

Sobre o caso do jogador da Seleção, que nesse momento está preso em Barcelona acusado de assédio sexual, o colunista afirma o seguinte:

“Segundo o (tendencioso) texto [do DCO], que parece ter sido escrito por um advogado do jogador, a prisão preventiva de Daniel Alves é um ‘ato medieval’ e “uma perseguição ao futebol brasileiro, a serviço de interesses imperialistas, que conta com o apoio da imprensa vira-lata do Brasil”.

Antes de mais nada, é preciso notar que um dos pecados apontados pelo autor contra o DCO é o de ser o jornal “tendencioso”. Será que o autor acredita mesmo que exista algum texto “não tendencioso”? Independentemente do que acredita o autor, temos que explicar que o DCO ser tendencioso não diz nada contra o jornal, pelo contrário, apenas mostra que o jornal é mais honesto do que a maioria dos órgãos jornalísticos que esconde suas posições.

O colunista está chocado com os argumentos levantados pelo DCO, mas não se preocupa em explicar onde estaria o erro. Os métodos de julgamento e condenação sem provas são atos medievais ou não são? O autor ou não sabe o que é isso ou não quer entrar no argumento e limita-se a exclamações: “Ó, esse PCO!”.

Devemos dizer claramente que não importa se é Daniel Alves, Lula ou o tiozão do bar da esquina, todas as pessoas têm o direito a um julgamento justo. Sobre isso, o que o autor tem a dizer? Nada, apenas mais exclamações: “óó!!”.

Ficou muito claro que a partir do momento em que apareceram as primeiras denúncias contra Daniel Alves, o comportamente da imprensa capitalista – em primeiro lugar – e da esquerda pequeno-burguesa que a segue foi o de exigir “punição exemplar” e coisas do tipo sem nem mesmo se perguntar o que de fato poderia ter acontecido.

O autor é um iludido com o que vê na imprensa capitalista, está totalmente confuso e descarrega no PCO a frustração de quem não entende o que está acontecendo no mundo.

“Nos últimos dias, a grande repercussão da prisão preventiva do jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual, trouxe a temática ‘estupro’ para o centro dos debates da esquerda brasileira. Assim, foram levantadas várias questões sobre a vulnerabilidade das mulheres em determinados ambientes e o permanente sentimento de impunidade que alguns homens públicos como o atleta brasileiro ainda insistem em ter.”

Aqui vemos porque o autor da coluna se confunde. Ele acredita que a repercussão do caso trouxe o “estupro para o centro dos debates da esquerda”. Ele não entende que esse debate está sendo pautado pela direita, pela burguesia, pelos jornais capitalistas e que a esquerda só está repetindo tudo o que a burguesia fala.

Não é a esquerda que está levantando as questões sobre as mulheres, mas a direita. É a direita que tem o interesse de tornar o caso um escândalo a fim de criar um clima de perseguição medieval.

Falar o que a imprensa capitalista está dizendo é fácil, o problema é justamente falar o oposto. Dizer que Daniel Alves tem que ser punido é fácil, todos já estão falando isso. O complicado nesse caso – e aí é a diferença entre uma esquerda papagaio da burguesia e a esquerda revolucionária – é defender o direito das pessoas, independentemente de quem sejam essas pessoas. A esquerda pequeno-burguesa abandonou esse princípio e substituiu pela política do “defendo apenas os amigos” ou “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

Para disfarçar a sua política anti-democrática e reacionária, pessoas como o autor do texto interpretam a defesa de um direito como sendo a defesa de uma pessoa. Funciona assim, se defendemos o direito de Daniel Alves, logo estamos defendendo a pessoa Daniel Alves, como se para defender algum direito seria preciso necessariamente ter alguma afinidade ideológica, moral, política ou pessoal com alguém.

Para o autor do artigo, defender um princípio democrático básico é também ignorar a vítima. É a lógica fascista, bolsonarista, da extrema-direita que diz que a PM tem que atirar antes e perguntar depois, se é suspeito ou acusado, já é culpado. Quem nunca ouviu um direitista dizer que “ninguém se preocupa com a vítima, só com os bandidos”. A pretexto da “defesa da mulher”, o autor repete a lógica bolsonarista:

“Em momento algum do artigo, os argumentos da mulher que teria sido violentada sexualmente por Daniel Alves são levados em consideração.”

Diferentemente da revista Fórum e do autor da coluna, o PCO e o DCO têm princípios. O que defendemos para um, serve para o outro. Se defendemos o direito do povo pobre de se defender sem ser sumariamente punido, devemos defender esse direito para todos. Defender esse direito para Daniel Alves é defender para todos.

Sobre isso, é preciso dizer mais algumas palavras. Os “argumentos” da mulher são levados em consideração, não apenas pelo DCO, mas pela maioria dos jornais e mais importante, pela Justiça espanhola, que já prendeu Daniel Alves. Nesse sentido, diferentemente do que acredita o autor, é fácil repetir o que diz a vítima, é fácil repetir o que a maioria já está falando. O difícil é ir contra a corrente geral e falar que, independentemente de qualquer coisa, é preciso garantir um julgamento justo.

Do mais, é preciso dizer claramente: a esquerda pequeno-burguesa, na qual se inclui o autor da matéria, não tem nenhuma preocupação com a vítima. Não ligam a mínima para a vítima. Trata-se, aqui, de uma caso de faccionalismo político, como Daniel Alves é bolsonarista, a esquerda fica ouriçada pedindo a cabeça do jogador. É puro oportunismo político. Se não pensar como pensa a esquerda, muito cuidado, você pode estar condenado ao fogo do inferno ou, muito pior, à justiça burguesa.

Aqui, é importante lembrar que Julian Assange foi acusado de coisas muito parecidas com as que agora acusam Daniel Alves. A obrigação de qualquer pessoa progressista é colocar em dúvida esse tipo de julgamento.

Depois de dar essa demostração de total ignorância política e má-fé, o texto do autor vai ladeira abaixo.

Não feliz em caluniar o PCO em relação ao caso Daniel Alves, ele requenta o caso Robinho, muito parecido e depois segue atirando para qualquer lado, levantando velhas calúnias.

Para poupar o leitor, os editores do DCO decidiram explicar algumas das calúnias colocadas – ou não – pelo o autor nessa matéria.

O PCO é negacionista?

O autor do artigo afirma que: “o PCO adotou um discurso negacionista, que questionava a eficácia de vacinas e contrário às medidas de distanciamento social para evitar a propagação do novo coronavírus.”

Aqui, Francisco Ladeira repete calúnias dos tempos da pandemia, que o PCO já explicou um milhão de vezes, mas nunca é demais esclarecer.

O PCO foi o primeiro partido a denunciar a gravidade da pandemia e a defender uma política eficaz dos governos. Na época, o PCO lançou um programa para a crise sanitária e econômica que continha uma série de reivindicações populares. Enquanto a maioria da esquerda ficava histérica e repetia a política da direita sem um programa próprio, o PCO chamou a população a reivindicar direitos básicos para enfrentar a pandemia, coisa que os governos não fizeram e deixaram a situação chegar na calamidade que chegou.

O que o PCO sempre denunciou foi a ineficácia e a farsa da política de isolamento, já que ela só servia para a classe média e os trabalhadores nunca tiveram esse direito.

Sobre as vacinas, o PCO levantou a palavra de ordem: “vacina, auxílio e fora Bolsonaro”. Dizer que o PCO é anti-vacina é ridículo. A acusação, porém, vem do fato de que o PCO denunciou que a grande indústria farmacêutica estava ocultando dados importantes das vacinas.

PCO defende os feitos dos Bandeirantes

Realmente, aqui não temos como desmentir o autor. De fato, o PCO analisa a história do Brasil com o método do materialismo histórico. Os bandeirantes ou qualquer outro fenômeno não devem ser vistos do ponto de visto moral, mas de um ponto de vista concreto.

Nesse sentido, para o PCO, é um fato que os bandeirantes realizaram importantes feitos para o Brasil. O principal deles é ter desbravado os sertões e assim ter expandido o território nacional.

O PCO considera o Talibã como representante dos povos oprimidos

Não é só na análise histórica que o PCO é materialista. Também na política atual, o PCO não vê as coisas moralmente, menos ainda acredita na campanha imperialista do vilão talibã contra as mulheres contra os norte-americanos defensores da luta contra a opressão.

Talibã é o que é: um grupo religioso radical, portanto conservador nos costumes. Mas o Talibã, na medida em que derrotou os invasores norte-americanos no Afeganistão, é sim um representante dos oprimidos.

PCO falou que Boulos foi responsável pelo 7 a 1

Aqui, a calúnia é bem surreal. Primeiro porque Boulos não joga futebol, nem é técnico, nem fazia parte de nenhuma comissão técnica. Impossível Boulos ser o responsável pela derrota do Brasil.

O que o PCO disse foi que a esquerda pequeno-burguesa, da qual faz parte Guilherme Boulos, foi cúmplice da campanha golpista contra o governo Dilma. Essa campanha, durante a Copa, passava por impedir que a Seleção fosse campeã mundial, o que nitidamente favoreceria Dilma. Assim, a direita, que naquela época estava em plana campanha golpista, fez uma pressão gigantesca para a derrota do Brasil. A esquerda, que seguiu essa campanha, era cúmplice. E vale lembrar que Guilherme Boulos foi o astro da campanha “Não vai ter Copa!” que serviu ao propósito golpista.

O PCO defendeu o golpe contra Dilma

Virou e mexeu aparece uma foto com trabalhadores dos Correios queimando uma bandeira do PT. Alguns dizem: “sindicalistas do PCO queimam a bandeira”. Inventam livremente a informação, talvez porque o PCO tenha um trabalho sindical de oposição na categoria.

Embora seja uma mentira deslavada, é preciso esclarecer: 1) o PCO não queimou bandeira do PT; 2) não há ninguém do PCO naquela foto; 3) A foto não é de 2015 nem 2016, mas de 2011, quando nem havia um processo golpista em marcha.

É bom esclarecer tudo isso, mas é bom também esclarecer que aquela foto é um protesto legítimo – mesmo que não concordemos com o método – dos trabalhadores que estavam sendo roubados pela direção dos Correios. Na época, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se colocou como um carrasco dos trabalhadores, negando aumento e se recusando inclusive a negociar, enviando a campanha para o TST, que declarou a greve ilegal. Com um tratamento assim, a ação de uma parte dos trabalhadores é compreensível.

PCO defende Neymar

Essa é bastante usada por aqueles que não têm argumentos contra o PCO. Jogar no ar que o Partido defende Neymar.

O que eles querem dizer com isso é que o PCO defende politicamente as posições de Neymar, o que é ridículo de se falar, já que todo mundo sabe as posições políticas do Partido. Seria uma coisa absurda medir a política de qualquer partido política pelas posições de um jogador de futebol.

O que realmente acontece é que o PCO defende o futebol brasileiro, como uma expressão legítima da cultura popular do País. Neymar, por ser o principal jogador brasileiro em atividade, é defendido pelo seu futebol. Há, ainda, um problema ainda mais importante: o imperialismo ataca Neymar e o futebol brasileiro com interesses econômicos bem definidos. Precisam convencer o brasileiro de sua inferioridade para manter seu domínio econômico sobre o País.

O PCO defende a extrema-direita

É ridículo dizer isso, já que notoriamente o PCO é o partido que mais combate a direita. Mas o que os pequeno-burguesa querem dizer com isso é que a defesa da liberdade de expressão seria “defender a extrema-direita”.

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