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Esquerda criminal

Sítio do PSTU virou página policial

PSTU segue saga de tratar a política uma questão de polícia, o mesmo padrão que a direita vem fazendo há décadas

investigação criminal

O PSTU assumiu de vez que quer punir todos os malvados da política brasileira. Desta vez, publicaram em seu sítio uma matéria com o título espetaculoso: “Escândalo das vacinas forjadas é a ponta do iceberg para crimes de Bolsonaro e seu entorno”.

A foto da matéria traz uma voatura da Polícia Federal, e na legenda lemos que faziam busca e apreensão na casa de Bolsonaro.

O primeiro parágrafo começa alardeando que enquanto fecha “enquanto [fechavam a] edição, mais um capítulo da tentativa golpista de Bolsonaro vinha à tona, na esteira do escândalo dos registros falsificados de vacina. Desta vez, áudios encontrados no celular do ex-major Ailton Barros, um dos presos na operação da Polícia Federal, detalham como seria essa tentativa de tomada do poder pelos bolsonaristas.

É mais um capítulo da esquerda que quer barrar Bolsonarno usando o judiciário. A mesma tática que a direita cansa de usar contra a esquerda. Com a diferença de que a direita controla o Judiciário, as polícias e todo o aparelho repressivo do Estado.

O artigo faz referência a matéria da CNN que “mostra diálogo do coronel Elcio Franco, também funcionário de confiança de Bolsonaro e ex-número 2 no Ministério da Saúde, propondo mobilizar 1,5 mil homens do Batalhão de Operações Especiais do Exército para a tomada do poder, caso o então comandante da força, general Freire Gomes, se recusasse a fazê-lo. ‘É preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens’”.

Quem são essas pessoas e que poder elas teriam para de fato mobilizar uma força para tentar um golpe de Estado? O twitter do general Villas-Bôas ameaçando colocar os tanques nas ruas, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não autorizasse a prisão de Lula é muito mais grave. É uma ameaça real, pois foi proferida por alguém que tem o poder e as ligações necessárias para realizar um golpe.

O famoso diálogo de Romero Jucá, ao celular, afirmando já ter conversado com militares de haver um grande acordo ‘com Supremo, com tudo’ demonstrou que havia um golpe em curso, e Dilma Rousseff foi sacada da presidência.

A própria matéria diz que Os diálogos reveladores dos militares mais próximos do entorno de Bolsonaro reafirmam que um golpe só não foi concretizado por falta de condições para tal, já que plano e preparação para isso não faltaram, vide a ‘minuta do golpe’ encontrada com o ex-ministro, e hoje preso, Anderson Torres. E mostram que a falsificação de vacinas que desatou a operação da Polícia Federal é só a ponta do iceberg de vários outros escândalos que, mais cedo ou mais tarde, virão à tona.

A vacina

O PSTU também bate na tecla da carteirinha da vacina. Será que esse partido acredita que os bolsonaristas, aqueles que votaram em Bolsonaro, vão se comover com isso? Estão todos achando que o ex-presidente está sendo vítima de uma perseguição política.

O registro da “vacinação” de Bolsonaro e da filha, por exemplo, foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde no dia 21 de dezembro do ano passado, e apagados no dia 27. As carteiras foram emitidas momentos antes do embarque à Flórida. Sem contar que o local da suposta vacinação foi Duque de Caxias, mais de 1.100 quilômetros de Brasília, onde o ex-presidente estava naquele momento. Pode ser, e que isso muda? Vão colocar Bolsonaro na cadeia e tirar a guarda da filha por causa disso? É uma tremenda perda de tempo e de energia ficar correndo atrás dessas questões.

Depois de listar e fazer uma pequena biografia dos ‘meliantes’ Mauro Cid, Elcio Franco, Ailton Barros e Marcelo Siciliano, o PSTU viu que já ia se esquecendo de criticar Lula.

Lula, sempre o Lula

Enquanto a Polícia Federal prendia os assessores de Bolsonaro e vasculhava a sua mansão, Lula almoçava com o alto comando das Forças Armadas. Pouco depois, anunciou um outro general para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), escolhido para agradar e estreitar relações com a alta cúpula das Forças Armadas. Quando é que o PSTU vai distribuir medalhas para os policiais.

De acordo com o PSTU ao invés de punir os altos oficiais ligados à extrema-direita, e fazer uma devassa para tirar os golpistas e bolsonaristas, o presidente continua apostando na conciliação, e ainda os promove dentro da estrutura do Estado. Para esse partido a vida é bastante simples, pune esse, prende aquele, uma festa, pareceu aqueles manjados finais de novela, em que os maus vão para a cadeia e os bons ser casam.

Lula pode ser critica, mas não sem antes se considerar as bases reais da situação do governo. Todos gostaríamos de punir os altos oficiais, mas temos de perguntar: é possível nesta conjuntura?

Isso mostra que as críticas do PSTU servem a um único propósito: colocá-los de ‘fora’ para que possam mais calmamente atacar o governo, como fizeram em 2016, quando se juntaram aos golpistas contra Dilma.

No apagar das luzes, a matéria diz que Só com ação independente da classe trabalhadora e sua mobilização é que se poderá devolver a ultradireita ao esgoto de onde nunca deveria ter saído, garantir nenhuma anistia a golpistas e investigação até o fim e punição a Bolsonaro e sua família.

Como toda a esquerda pequeno-burguesa, o PSTU repete esse palavrório do “sem anistia”, uma palavra de ordem que não conseguirá mobilizar a classe trabalhadora, apenas servirá como um freio para as lutas realmente relevantes para a conquista dos interesses dos trabalhadores.

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