Luciano Figueiras, trabalhador da Secretaria de Saúde do Ceará, fez uma intervenção na III Conferência Nacional dos Comitês de Luta.
Ao final da primeira mesa, que tinha como tema assuntos relacionados a saúde e educação, o microfone foi aberto para que todos pudessem se inscrever e contribuir para a discussão política.
Confira a fala de Luciano abaixo:
“Gostaria, inicialmente, de parabenizar os organizadores dessa necessária e importante Conferência e dizer, meus camaradas, que fui convidado pelos companheiros da Liga Socialista e Liga Comunista para participar dessa Conferência e realmente não poderia perder a oportunidade de colocar aqui algumas questões em relação à saúde pública, ao serviço público.
Meus companheiros e companheiras, os trabalhadores do Serviço Público Federal vem acompanhando e lutando contra o sucateamento, o desmantelamento do serviço público desde aquela década de 80. Eu acho que a categoria dos Servidores Públicos é a categoria que mais venceu organizando essa luta em defesa do serviço público, em defesa de todos os setores do serviço público, seja na área da saúde, da educação, da reforma agrária etc.
Nossa categoria vem lutando fervorosamente com muita garra, realizamos muitas greves desde aquela década de 80, mas temos observado que, desde lá, como a elite econômica do Ceará vem comendo pelas beiradas e sucateando e desmantelando o serviço público, com o intuito de privatizar o serviço público.
Os nossos camaradas da Liga Socialista e da Liga Comunista distribuíram um excelente panfleto que coloca a necessidade de lutar contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência, inclusive no sentido de tentar a revogação. É uma luta difícil, mas nós temos que colocar em pauta essas questões da reforma trabalhista e previdenciária.
Todavia, existe uma reforma que, se for a frente, será a pá de cal no serviço público, que é a reforma administrativa. É de suma importância que todos os setores, todos os trabalhadores, todas as categorias lutem contra essa reforma administrativa porque ela abala toda a sociedade brasileira, ela prejudica todos os trabalhadores. Nós trabalhadores já pagamos através desses impostos para termos um serviço público de qualidade.
Por isso, meus camaradas, eu gostaria que os comitês de luta de todo o Brasil e o comitê de luta nacional encampe essa luta contra as reformas, as reformas que já aconteceram, mas também contra essa reforma administrativa que está pautada por esse Congresso reacionário.”