Neymar não se cansa de calar a boca dos críticos, incluindo os abertamente caluniadores, seja pelo que faz dentro de campo quanto pela falta que faz quando está de fora. Durante a Copa, sua lesão na estreia chegou a ser comemorada por alguns perfis nas redes sociais. Não faltaram análises sobre como a Seleção poderia até melhorar na ausência do craque. O mesmo chegou a ser escrito sobre sua ausência no Paris Saint-Germain (PSG) após lesão no mesmo tornozelo. Felizmente, a realidade se impõe e mesmo com muito malabarismo é impossível negar que Neymar é um gênio do futebol.
Após a última lesão de Neymar, que finalmente vai realizar uma necessária cirurgia no tornozelo direito, o PSG já foi eliminado das duas competições em estilo mata-mata que disputava. No final de janeiro, foi eliminado da Copa da França pelo Nice, onde joga o zagueiro brasileiro Dante, de 40 anos de idade, que na disputa de pênaltis marcou com uma cavadinha. Nesse jogo, Messi usou a camisa 10, mas não conseguiu ajudar o time a marcar e o jogo não saiu do 0 x 0.
Agora no começo de março foi a vez de serem eliminados na Liga dos Campeões, diante do Bayern de Munique. O time francês precisava reverter um simples 1 x 0 sofrida no jogo da ida na Alemanha, mas além de não marcar, tomou dois gols e ficou novamente sem o cobiçado título. Ao contrário do que a imprensa prega, nem Messi nem Mbappé têm a qualidade de Neymar para ocupar o posto de protagonista do elenco milionário do PSG. Mbappé é rápido, Messi é habilidoso, mas nenhum dos dois têm um repertório tão variado quanto o brasileiro para improvisar e furar as defesas adversárias. Não bastasse dominar todos os fundamentos, se destaca naquilo que caracteriza o futebol arte, a inteligência no jogo.
Messi vem sendo forçosamente exaltado após o título da última Copa do Mundo. Teve até quem tentou cravá-lo como o “melhor da história”, o que caiu no ridículo pouco depois quando o Rei do Futebol faleceu aos 82 anos de idade. Gerações de jogadores mais talentosos, amantes do futebol, e quem assistiu ao reinado absoluto de Pelé durante e após a sua carreira, deixaram claro que a babação de ovo em relação ao argentino não passavam de um exagero grotesco.
Até ontem, diziam que o português Cristiano Ronaldo estaria no nível de Pelé, hoje é cada vez mais consenso na própria imprensa esportiva burguesa que o sucesso do jogador é fruto de uma dedicação espartana aos treinamentos e que ele nunca foi brilhante na arte da bola. Não é nem o melhor jogador português de todos os tempos, ficando bem abaixo do “Pantera Negra”, o moçambicano Eusébio, que jogou na época de Pelé. Messi é de fato mais jogador do que Cristiano, mas compete numa categoria bem inferior a meias como Didi, Gérson, Zico e Falcão, para ficar em alguns poucos exemplos.
Já no caso de Mbappé, a coisa fica até bisonha. Quantos e quantos jogadores “pura correria” nós já não criamos aqui no Brasil? Inclusive costumam nem ser tão valorizados, exceto quando a fase é boa e eles conseguem balançar as redes. O francês, filho de mãe argelina e pai camaronês, é uma verdadeira máquina de perder gols cara a cara com o goleiro. É bastante previsível que quando começar a decair fisicamente ninguém mais vai lembrar que exaltados chegaram ao absurdo de compará-lo ao Rei.
Neymar é o cérebro do PSG, é o jogador que faz o que ninguém espera, que desmonta as retrancas europeias com sua criatividade. Sem ele, o time francês não passa de um time pequeno com orçamento inflado. Messi e Mbappé são coadjuvantes que brilham na presença do camisa 10 da Seleção Brasileira, na sua ausência passam vergonha. Que Neymar se recupere bem da lesão e cale novamente a boca dos críticos, especialmente para vestir a camisa da Seleção