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4 x 1

Seleção Brasileira goleia Guiné, mas CBF insiste na bagunça

A desordem instaurada pela CBF complica a vida do escrete nacional

A Seleção Brasileira goleou a Guiné por 4 x 1 neste sábado (17), em partida amistosa disputada no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona. Os gols foram marcados por Joelinton, Rodrygo, Éder Militão e Vinícius Júnior. A Seleção entrou com Ederson, Danilo (Vanderson), Militão, Marquinhos, Ayrton Lucas, Casemiro, Joelinton (Bruno Guimarães), Paquetá (Raphael Veiga), Vinicius Junior (Rony), Richarlison (Pedro), Rodrygo (Malcom).

As novidades na escalação foram Joelinton, que abriu o placar no primeiro tempo e foi um dos melhores jogadores da partida, e Ayrton Lucas, lateral-esquerdo do Flamengo que começou no lugar de Alex Telles. Ederson começou no gol após Alisson sofrer um trauma no dedo durante treinamento.

No entanto, o resultado de 4 x 1 não explica a partida. Até a metade do primeiro período, o Brasil estava sem nenhuma criatividade. A falta que faz Neymar é nítida. O craque da camisa 10 da Seleção é o principal rompedor de barreiras defensivas adversárias — além de principal goleador, melhor driblador, enfim, um gênio da bola. Sem Neymar, a Seleção cai de produtividade, ainda mais em um dia em que Paquetá, que virou a referência na armação, estava pouco inspirado.

Aos 25 minutos do primeiro tempo, o Brasil marcou em uma jogada de bola parada. Rodrygo cruzou, a bola desviou em Casemiro, bateu no goleiro adversário e sobrou para Joelinton, em sua estreia no escrete nacional, abrir o placar. Logo em seguida, a defesa guineense foi pressionada por Richarlison e Rodrygo recuperou a bola, entrando na área adversário como um raio e chutando com frieza para marcar o segundo gol.

Todavia, o Brasil continuou sem criatividade. Além da ausência de Neymar, os jogadores não estavam entrosados e o time não criava absolutamente nada. A Guiné, que tentava pressionar, arrancou um gol de cruzamento aos 36 minutos. O gigante Guirassy (aliás, todos os jogadores de Guiné pareciam imensos) subiu entre Marquinhos e Ayrton Lucas e diminuiu para o time africano.

Acabou o primeiro tempo e o Brasil não convencia ninguém. No segundo tempo, o time voltou melhor. Antes do segundo minuto, em cruzamento de Paquetá, Militão deu uma bonita cabeçada, tirando a bola do goleiro e ampliou para o Brasil. Mesmo com a melhora, o desempenho brasileiro não era dos melhores: três gols, dois em cruzamento e um com recuperação de bola na área adversária. Nada de jogadas criadas e bem jogadas da época de Tite.

Durante a maioria do jogo, a Seleção Brasileira não driblava e tinha dificuldades em continuar as jogadas. De fato, não parecia um time brasileiro, o que é inclusive um problema que o futebol nacional tem que enfrentar. Com a pressão do imperialismo, os times nacionais não apenas contratam técnicos europeus, como adotam o estilo de jogo europeu, de cruzamentos, de evitar os dribles, etc. Isso, de certa forma, está influenciando negativamente nossos jogadores e treinadores.

Todavia, após as substituições e chegando no final da partida, o Brasil melhorou muito o rendimento. Finalmente chegaram os dribles. Vinícius Júnior se soltou e começou a ir para cima dos zagueiros adversários. Um exemplo disso é a jogada que levou ao quarto gol. Danilo, Malcom e Bruno Guimarães tabelaram pela direita, o atacante entrou e sofreu um pênalti. Vini chutou e marcou, ampliando para 4 x 1.

O treinador interino da Seleção Brasileira, que pelo visto ficará até 2024, Ramon Menezes, técnico do Sub 20, demorou muito para realizar as substituições. Pedro e Malcom só entraram no terço final. Vanderson e Rony entraram faltando dois minutos. Jogo amistoso é para testar os jogadores. O menino Vanderson, que estreou pela Seleção, com certeza não foi colocado à prova.

Ancelotti, estádio vazio e CBF

Mas, pelo visto, Ramon ficará até janeiro ou junho do próximo ano. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em sua jornada para avacalhar a Canarinho, ainda insiste em trazer um técnico europeu. Neste sábado, foi informado que a CBF dá como certa a contratação do italiano Carlo Ancelotti, seja para o fim deste ano ou para o meio de 2024, quando termina seu contrato com o Real Madrid. Enquanto isso, a Seleção ficará no “Deus nos acuda”, ao invés de se preparar de forma eficiente para as Eliminatórias e Copa América de 2024. No dia 30 de junho, o presidente Ednaldo Rodrigues fará um pronunciamento para explicar como será o período de transição enquanto o treinador italiano não chega.

Falando em avacalhação, a CBF tem de rever imediatamente os contratos que colocam a Seleção Brasileira para jogar em outros países que não o Brasil. Os amistosos têm que acontecer em solo nacional para trazer a Seleção para perto do povo e não afastá-la ainda mais. Os jogadores, em sua maioria, já jogam em times europeus. Agora, nem mesmo o escrete nacional joga no país. O resultado disso tudo, somado à campanha internacional do imperialismo contra a Seleção Brasileira? O estádio em Barcelona estava vazio. Algumas poucas pessoas e os fantasmas assistiam enquanto o melhores jogadores do mundo atuavam…

Enfim, era de se esperar a bagunça orquestrada pela CBF — instituição que nos últimos anos foi vítima de um intenso ataque judicial. Em março, a confederação nacional decidiu disputar apenas um jogo na Data Fifa: contra o Marrocos, quando a Seleção, jogando na casa dos adversários, perdeu por 2 x 1. Ao invés de aproveitar a oportunidade para testar mais jogadores e entrosar as peças principais, apenas uma partida foi disputada. Isso também foi consequência da incapacidade da CBF em escolher um treinador oficial. 

Assim fica difícil.

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