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Genocídio na Palestina

“Se essa guerra prolongar, ela não favorecerá o regime de Israel”

Rui Costa Pimenta e Cmte. Farinazzo discutem questões do conflito entre Israel e o povo palestino

“Isso aí pode estar sendo uma biópsia da imagem de Israel no mundo inteiro: ela está derretendo mundo afora.” Assim começou a primeira resposta do Comandante Robinson Farinazzo na última Análise Internacional, programa transmitido semanalmente às segundas-feiras, às 12 horas, no canal do Diário Causa Operária ao lado do companheiro Rui Costa Pimenta.

“Brigaram com a ONU, chamaram o embaixador russo em Telavive, é muito complicado para eles tudo que está acontecendo. A posições do Putin foi bastante cautelosa, mas o que aconteceu no Daguestão é sintomático, porque pode acontecer em outros lugares também. Eu não acho que uma agitação dessa é espontânea mas que alguém está por trás disso aí. É difícil saber a raiz disso tudo.”

O assunto abordado no programa, como era de se esperar, foi um só: o conflito Israel-Palestina. Ou melhor, o genocídio promovido pelas forças sionistas contra o povo palestino. Após a fala do Comandante, foi a vez do presidente nacional do PCO se posicionar sobre o tema:

“”Eu acho que o conflito já está se espalhando, pois há vários acontecimentos de fora. Da parte israelense, houve o bombardeio duas vezes do aeroporto de Damasco. Os sírios decidiram não reagir de forma armada, afinal saíram de uma guerra civil muito intensa, mas isso poderia ter levado com que a Síria entrasse em conflito com Israel.

Aí temos o ataque a duas bases norte-americanas no Iraque e na própria Síria. Uma base de observação na Etiópia foi atacada também. O conflito vai se espalhar por todo o Oriente Médio, a não ser que ele acabe imediatamente. A continuar da maneira como está indo, nós vamos ver muita coisa fora da Palestina acontecendo.

O primeiro indício é a posição dos países árabes no sentido de criticar os EUA e Israel, exigindo um cessar fogo. Esses países árabes sempre trabalharam a serviço de Israel, mas já perceberam que a situação vai escalar. Temos manifestações de massas em praticamente todos os países árabes, sem falar na Europa, sendo um perigo, e é um perigo ainda maior que dessas manifestações de massas saiam ataques armados contra os próprios governos. Arábia Saudita, que é uma ditadura muito fechada, o Egito, que é uma ditadura… Israel evacuou as embaixadas em quase todos os países árabes, pois sabem que não dá para sustentar isso daí.

O segundo indício é a advertência do Irã de que vão ser abertas novas frentes. O Líbano está aí, a Síria também, havendo militantes iraquianos, afegãos e de tudo quanto é lugar se agrupando para penetrar no território israelense. Vi, inclusive, uma fotografia com milhares de pessoas paradas na fronteira esperando algo para entrar em combate. A coisa, desse ponto de vista, está fora de controle devido à violência do bombardeio israelense, já deixando 8 mil mortos e quase 4 mil crianças mortas.”

A postura do presidente turco Recep Tayyp Erdogan

“O Erdogan é a pessoa que está na posição mais difícil de todas”, pontuou o companheiro Rui. “O Erdogan e o Hamas são da irmandade muçulmana, sendo praticamente o mesmo partido político. O último congresso do Hamas foi feito na Turquia, isto é, se o Erdogan não fizer nada, pode levar a um colapso a base de sustentação dele. Ele faz parte de um movimento muçulmano, sendo um nacionalista religioso. Sua situação é muito delicada, tanto que ele, o governo turco, convocou um gigantesco ato público em Ankara ou Instambul de protesto contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Não é que acontecem manifestações na Turquia, mas ele que está convocando para não perder o controle da situação.”

Túneis do Hamas e comparação aos vietcongues

Sobre o assunto, o comandante Farinazzo pediu a palavra para pontuar que os túneis do Hamas “foram baseados nos túneis dos vietcongues do noroeste de Saigon”, havendo hospitais, milhares de armadilhas, centros de comunicação, local para descanso, dentre outras instalações.

“A diferença dos túneis do Hamas é que eles são de alvenaria. Isso muda muita coisa. No Vietnã era insalubre, convivia com cadáveres e pegavam doenças, mas os túneis do Hamas são muito melhores. Se o Hamas conseguir prolongar essa guerra por quatro meses conforme estão dizendo que conseguem e houver um ataque das milícias pró-Irã, a situação militar de Israel será bastante complicada. Não acho que Israel tem condições de enfrentar ambos sozinhos e não sei até que ponto uma intervenção americana fará bem para uma imagem dos Estados Unidos.”

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