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Técnicos estrangeiros

Se alguém pode tirar título do Botafogo, esse alguém é Bruno Lage

Desde sua chegada, Lage comandou o Botafogo em 12 partidas. Foram apenas quatro vitórias e o time caiu muito de rendimento

A farsa dos técnicos estrangeiros no Brasil, que já são maioria no Brasileirão, agora atinge um dos times mais regulares do ano, o Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro. Mesmo com grandes chances de ser campeão brasileiro após 28 anos, liderando com uma distância nunca antes vista desde que a competição adotou o formato de pontos corridos, a torcida está preocupada com as recentes atuações do time.

No meio do ano, o clube contratou o português Bruno Lage para assumir o comando do clube após outro português, Luis Castro, deixar o Botafogo para assumir o Al Nassr, time de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita. No entanto, é perceptível que o Botafogo caiu muito de rendimento com o atual treinador português. A derrota, nesse sábado, para o Flamengo (2 x 1) expressa bem o problema. 

Desde sua chegada, Lage comandou o Botafogo em 12 partidas. Foram apenas quatro vitórias e, apesar de apenas duas derrotas, seis empates! Entre os empates estão:

  • 1 x 1 na Sulamericana contra o Patronato, time da segunda divisão da Argentina e em casa, no Rio de Janeiro
  • 2 x 2 no Brasileirão contra o Santos, time que briga para não ser rebaixado e que saiu na frente no placar com 2 x 0
  • 1 x 1 na Sulamericana contra o Defensa y Justicia jogando no Rio de Janeiro, o que acabou facilitando a eliminação do Botafogo na competição

O empate contra o Defensa y Justicia foi fatal; o Alvinegro dominou o jogo, mas acabou empatando em casa, tendo que decidir a classificação na Argentina. No jogo de volta, fora de casa, o técnico português, precisando vencer, escalou o time reserva e o Botafogo perdeu por 2 x 1, sendo eliminado da Sulamericana apesar de ser o grande favorito para levar a competição.

Além dessa derrota, a outra, contra o Flamengo no fim de semana, também foi fundamental. Primeiro, pela primeira vez no Campeonato Brasileiro, o Botafogo perdeu um jogo em seu estádio Nilton Santos. Até então, o aproveitamento do clube em casa no Brasileirão era 100% (isto é, apenas vitórias). Mas, pior do que isso: o Flamengo, mesmo em crise, é um competidor direto na briga pelo título nacional.

É fato que o time caiu de rendimento. De um time que quase não tomava gols, agora a defesa do Botafogo ficou mais exposta e está sendo mais vazada. O Alvinegro tomou 10 gols em 12 jogos. É, ainda, uma média baixa, mas piorou em relação à média do clube antes dele assumir.

O jogo contra o Flamengo demonstra bem a incompetência do técnico botafoguense. Um típico “professor Pardal”, como os outros portugueses que atuam no Brasil, Lage colocou um garoto inexperiente na lateral direita, JP Galvão, para marcar Bruno Henrique, um dos melhores atacantes do Brasil. Mas qual seria o motivo dessa decisão? Aparentemente, nenhum, pois o lateral titular, Leonel Di Plácido, um dos maiores participadores em gols do clube, ficou no banco de reserva. JP foi jogado na fogueira, desmentindo a tese de que os portugueses saberiam melhor trabalhar com os jovens das equipes.

Para piorar a situação da ala direita do Botafogo, Lage colocou Mati Segovia na ponta, um jogador que não marca. Assim, sobrecarregou JP com Bruno Henrique e um dos melhores laterais-esquerdo do país, Ayrton Lucas.

A derrota foi ruim para o Glorioso, mas pior foi o que seguiu após a partida. O técnico português, demonstrando outra fraqueza que se repete em quase todos os treinadores estrangeiros no Brasil, expressou que não sabe lidar com pressão — e, naturalmente, a maior pressão no futebol mundial é em solo brasileiro, o país do futebol. Em coletiva de imprensa, Bruno Lage simplesmente entregou o cargo! Depois, em conversa com a diretoria do clube, foi dito que o treinador seria mantido… Mas de qualquer forma, Lage amplificou uma crise que não precisaria acontecer. 

De certa forma, é normal perder em casa considerando-se que clássico (e Botafogo x Flamengo é um dos maiores do país) sempre é difícil e tudo pode acontecer. As declarações de Lage atuaram como lenha em uma pequena fogueira que o Alvinegro poderia (e ainda pode) facilmente apagar

De qualquer forma, o Botafogo ainda tem muitos pontos de distância em relação ao vice colocado do Brasileirão — uma distância que nunca aconteceu antes na história dos pontos corridos. Por isso, se alguém pode tirar o título do Botafogo, esse alguém é Bruno Lage. E, se isso acontecer — uma coisa, poder-se-ia dizer, quase impossível — a farsa dos técnicos estrangeiros estará escancarada. Para o Botafogo ser campeão, basta um aproveitamento de 50%… Se ele conseguir esse feito, entrará na história como o maior coveiro do futebol brasileiro.

As duas mãos estão na taça, basta combinar com os portugueses.

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