O Figueirense, um dos principais times de Santa Catarina, com sede em Florianópolis, esta mergulhado em crise financeira, e não tem dinheiro nem para pagar o ônibus para ir ao primeiro jogo contra o Altos, do Piauí, pelo primeiro jogo da série C.
Diante da grave crise financeira o presidente da SAF que dirige o clube, Paulo Prisco, divulgou o PIX do figueira para que os torcedores possam salvar o clube da bancarrota.

Segundo o clube já foram arrecadados 55.000 reais em quatro horas de arrecadação. (Obs.: Valor arrecadado até o fechamento dessa edição.)
Diante do fracasso do SAF restou ao clube pedir dinheiro aos torcedores, que não têm obrigação nenhuma com a sociedade anônima que foi formada, mas se veem no dilema de ajudar o clube ou arrumar outro time para torcer.
Essa não é a primeira vez que tentaram entregar o time à iniciativa privada. Em 2017, a parceria com a Elephant para gerir o clube culminou com um W.O na serie B em 2019, em seguida o contrato com a empresa foi rescindido.
No final de 2021, foi a vez de tentarem o SAF, mas parece que a Jive Investments, empresa contratada para fazer a parceria, não tem caixa para bancar o passivo do Figueira; e, pasmem, contava com o próprio torcedor para vender cotas de investimento.
Na realidade, o tal do SAF é mais uma arapuca capitalista para ganhar dinheiro em cima do torcedor.
Não está certo com Cruzeiro, Botafogo e Vasco, grandes times, que dirá então do Figueirense, principal time de Santa Catarina.
Como resultado dos problemas acumulados ao longo de 15 anos, o time está à beira da falência, o mesmo ocorrerá com todos os times que adotarem a solução do SAF.
A realidade do time empresa é essa, se não der lucro vai quebrar, e nesse caso o time não terá nem mais torcida para ajudar o clube, pois o clube empresa afasta o torcedor do time, ingressos caros e pouco futebol, cópia do funcionamento dos clubes europeus, que não está dando certo lá.
Toda essa crise dos times brasileiros não começou do nada, o caso do Figueirense é somente mais um exemplo, tem um único motivo: a crise capitalista.
Essa crise que vem piorando a cada etapa, e a de 2008 deixou seqüelas que ainda foram sequer curadas.
Considerando apenas o caso brasileiro, a piora no nível de vida da população desde o golpe 2016, que trouxe a recessão e o desemprego, o alto custo dos ingressos, o monopólio das redes de televisão do pay-per-view, impedem que o dinheiro entre nos caixas dos clubes.
Antes o oposto, a maioria do dinheiro arrecadado com os campeonatos serve mais para encher as burras dos capitalistas do que os cofres do clube.
O cenário mundial atual e futuro não é alentador para os clubes, diante disso, é preciso que os torcedores assumam diretamente o controle dos clubes de futebol, eles sempre foram os responsáveis diretos pela existência deles, e mais do que ninguém saberão gerir o clube e o futebol.
Devemos ser terminantemente contra as SAFs.
