Herança do governo Temer

Sabotagem às estatais é uma sabotagem a toda a economia nacional

Utilização das empresas estatais como contratadoras é central para o governo Lula; direita tem consciência disso e tenta impedir que o presidente desenvolva sua política econômica

Um dos inúmeros flancos pelos quais a direita procura encurralar o governo Lula é a tentativa de liquidar completamente a atuação das empresas estatais. Por um lado, a destruição das estatais tem sido uma das mais constantes demandas da política neoliberal, uma vez que permitem a vergonhosa entrega do patrimônio a vampiros do capital financeiro, que acabam por levar essas empresas à ruína enquanto lucram horrores. O caso da Eletrobrás é bastante didático: acabou de ser vendida pela esmola de R$1 bilhão de reais, que sequer paga o que o povo brasileiro investiu para construir uma única hidrelétrica, para delinquentes como Jorge Paulo Lemman, responsável pela fraude nas Lojas Americanas. Outro caso de destaque é o da Vale do Rio Doce, empresa vendida por uma mixaria porque o presidente da República à época, Fernando Henrique Cardoso, fraudou o valor de mercado da empresa.

Por outro lado, o cerco às estatais põe um bloqueio total à política econômica que o governo Lula pretende levar adiante. Nos governos petistas, especialmente os mais tardios, que tinham uma propensão mais nacionalista, as estatais eram utilizadas como grandes contratadoras. Isto é, eram empresas colossais que, quando impulsionadas, arrastavam diversos setores econômicos para a atividade. Um exemplo típico é a Petrobrás, que impulsionou toda a indústria metalúrgica no Rio de Janeiro. Empresas como a Petrobrás e a Eletrobrás estimulam a abertura de vagas nas universidades, o desenvolvimento da construção civil e da indústria de transformação em geral.

Esse mesmo plano usado no passado, que poderia ajudar o País a se desenvolver, apesar de todas as amarras que já estão colocadas, tem encontrado uma série de dificuldades no presente. Além do Congresso reacionário, com uma oposição organizada contra o governo, há ainda a herança maldita dos governos golpistas – em especial, o governo de Michel Temer, figura com maior coesão junto ao imperialismo e que, neste sentido, em dois anos, implementou mudanças mais profundas que o próprio Jair Bolsonaro. Além de ter ele próprio iniciado um programa de privatizações que seria continuado por Paulo Guedes, Temer foi responsável pelas famigeradas Lei da Terceirização, que afeta duramente as empresas públicas, e a Lei das Estatais.

Na prática, as medidas do governo Temer levaram a um bloqueio completo do investimento estatal, tornando as empresas completamente reféns dos negócios dos grandes capitalistas e, portanto, impedidas de receber um investimento estatal que as coloque como uma empresa contratadora.

O caso das estatais mostra claramente a necessidade de revogar todas as medidas dos governos golpistas, sob pena de estrangular completamente a economia nacional. Sem isso, a economia não deverá crescer ou pode até ter um crescimento negativo. É preciso, portanto, lançar imediatamente uma ampla campanha por um referendo revogatório de todas as medidas dos governos temer e Bolsonaro.

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