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Rússia denuncia armas de munição de urânio enviadas pelos EUA

Hipocrisia imperialista é exposta novamente na Ucrânia. Para pressionar os russos, Estados Unidos fornecem armamento contaminante ao governo Zelensky

A nova investida imperialista na manutenção da guerra na Ucrânia envolve um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares. Dentro desse pacote de ajuda militar, chamou a atenção o envio de armas feitas com urânio empobrecido, um subproduto do enriquecimento de urânio usado em reatores e armas nucleares, após o que, o material perde parte de sua radioatividade. O esforço bilionário se soma aos investimentos na chamada “contraofensiva” do governo de Kiev, que se arrasta há três meses sem apresentar resultados. Para tentar dar destaque ao novo pacote, o anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Antony Blinken, em visita à capital ucraniana.

O Departamento de Defesa russo informa que se trata da 46ª remessa de equipamentos enviados pelo governo Biden desde agosto de 2021. Além do armamento que usa urânio empobrecido para tanques Abrams, a remessa atual envolve ainda munições de artilharia e defesa aérea, entre outros. Isso tudo, vale lembrar, diante do fracasso da tentativa de fazer retroceder a intervenção militar russa. Se a imprensa imperialista trata a ofensiva ucraniana como “lenta”, podemos traduzir como um verdadeiro fiasco.

O uso de munições a base de urânio empobrecido serve para perfurar blindagem, porém traz riscos de contaminação para civis e militares. Apesar da cínica negativa oficial do coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a taxa de diagnósticos de câncer aumenta em locais onde foram usadas munições de urânio empobrecido. Esse fato foi levantado pela representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que destacou que seu perigo “na forma de poeira radioativa e o feito da contaminação por isótopos radioativos dos solos” foi mencionado em artigos científicos. Um exemplo citado por Zakharova foram os soldados italianos envolvidos no criminoso bombardeio da Iugoslávia pela Otan:

“De 7.500 pessoas expostas a substâncias tóxicas e radiação, 372 pessoas morreram, o que representa uma taxa de mortalidade de 5% ou um resultado fatal para cada 20 pessoas. Além disso, morreram de complicações agonizantes do câncer, como disfunção renal, câncer de pulmão, câncer ósseo, câncer de esôfago, doenças degenerativas da pele, linfoma de Hodgkin e leucemia”

Outra consequência direta desses bombardeios com uso de urânio empobrecido foi relatado pelo Ministério de Saúde sérvio, que contabilizou aumento de casos de câncer, infertilidade em homens, doenças autoimunes de um amplo espectro de patologias, problemas na gravidez e doenças mentais em crianças em regiões que sofreram bombardeios da Otan.

Nessas horas, nos deparamos com a cara de pau das instituições ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), como a Agência Internacional de Energia Atômica, que declarou sobre o assunto que o urânio empobrecido é “consideravelmente menos radioativo que o urânio natural”. As preocupações dessa agência se concentram sobre as iniciativas de países atrasados, como Coreia do Norte, Irã, Índia e Paquistão. Os Estados Unidos, os países imperialistas da Europa e seus aliados têm carta-branca para fazerem o que quiserem nesse sentido.

Contraditoriamente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente considera que o urânio empobrecido é um “metal pesado, química e radiologicamente contaminante”. Mesmo que o risco radioativo seja menor, mas não inexistente, a toxicidade do material é muito relevante, afetando o funcionamento de rins e pulmão, por exemplo.

Para os Estados Unidos, vale tudo para emparedar quem atrapalha seus objetivos econômicos e políticos. Esse envio de armamento à base de urânio empobrecido acontece pouco tempo depois do envio de munições cluster, proibidas em mais de 100 países. Um ponto central que levou a essa proibição é que a maioria das vítimas de explosões atrasadas são crianças.

Grande parte dessa munição não explode na hora e fica no solo, explodindo ao serem pisoteadas ou recolhidas por curiosidade. A atividade agrícola fica muito prejudicada por conta disso também. O que prova que para o imperialismo não existem freios morais, apesar de toda a propaganda com a qual inundam os meios de comunicação de massas.

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