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Análise Política da 3ª

Rui Pimenta analisa medidas de Lula contra os militares

Confira quais foram os principais temas discutidos na última Análise Política da 3ª, programa com Rui Costa Pimenta, na Rádio Causa Operária

No dia 24 de janeiro, ocorreu mais uma edição do programa Análise Política da 3ª, da Rádio Causa Operária. O programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 16h. Neste último programa, o tema principal do debate era a natureza da crise militar que o país atravessa neste momento. No entanto, vários outros temas foram abordados além deste.

No começo do programa foi abordada a questão da atuação do juiz Alexandre de Moraes, sobre a qual saíram matérias na imprensa internacional. Segundo artigos do New York Times e do Wall Street Journal, o ministro do STF teria uma atuação que pode ser prejudicial à democracia nacional.

O companheiro Rui diz que essa caracterização da imprensa capitalista é dessa forma devido a dois problemas: primeiramente, o fato de que Moraes está com muito poder em suas mãos e pode atingir setores que a princípio não seriam o alvo primário dele, segundo porque nesse reino de arbitrariedade, a imprensa precisa aparentar uma falsa imparcialidade, então já coloca suas críticas desde já para que, mais pra frente, não sejam acusados de conivência com as ações do ministro.

Outro tema comentado pelo companheiro Rui foram declarações dada pelo presidente Lula em uma entrevista à Globo News. Lula afirmou, primeiramente, que a suposta estabilidade fiscal do país é incompatível com a estabilidade social. Segundo Lula, os empresários, gananciosos, pedem uma estabilidade fiscal tão agressiva que não é possível dar nada para os trabalhadores.

Na mesma entrevista, Lula afirmou que a melhor política de transferência de renda possível é o aumento do salário-mínimo, seria muito melhor do que aumentar o Bolsa Família ou qualquer coisa desse tipo.

O companheiro Rui afirmou que tem pleno acordo com as declarações do presidente Lula e destacou que Lula precisa superar rapidamente as dificuldades que ele tem enfrentado para implementar um aumento significativo do salário. Seria fundamental para que ele solidificasse um apoio popular ao seu governo. Segundo o companheiro Rui, é perfeitamente possível um salário-mínimo de até R$ 2.000 e que os argumentos usados pela burguesia contra isso são totalmente absurdos.

A discussão de maior destaque do programa foi a questão da crise com os militares. Foi destacado pelo companheiro Rui que as ações tomadas por Lula no que diz respeito aos comandantes do Exército foram ações bastante limitadas. Primeiramente, Lula trocou o comandante bolsonarista do Exército, general Júlio César de Arruda, pelo general Tomás Paiva ligado ao PSDB. Apesar de um setor da esquerda estar comemorando isso, é preciso dizer que o general Paiva não é de nenhuma confiança. Ele é tão golpista quanto o outro, senão até mais, pela ligação com os tucanos.

Outros militares suspeitos de serem bolsonaristas foram removidos de cargos importantes do governo, como da própria segurança presidencial e do Palácio da Alvorada, foram trocados também os militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No entanto, é preciso destacar que nenhum desses militares foi retirado do Exército, apenas foram remanejados e removidos do trabalho direto com o Governo.

As medidas de trocas de militares são medidas naturais e necessárias a serem tomadas por Lula, no entanto, não tocam no âmago do problema, são superficiais e não irão resolver a situação. O problema, nesse caso, é que não há quem botar no lugar. O próprio sistema de seleção dos militares já impede que um simpatizante do PT chegue a ser um General de quatro estrelas. Portanto, nesse campo Lula faz o que pode, mas está longe de ser o suficiente.

Outra questão de bastante importância discutida no programa foi a convocação de uma Conferência Nacional dos Comitês de Luta, que está sendo organizada pelo Partido da Causa Operária. Sobre isso, o companheiro Rui comentou que o governo Lula está claramente com dificuldades de levar adiante sua política. Isso se dá porque ele não possui nenhum apoio nas instituições, o Congresso é extremamente direitista, os governadores são, em sua maioria, direitistas ou até bolsonaristas, e o meio militar está em pé de guerra contra o Governo.

Portanto, Lula precisa tirar sua força de outro lugar, e esse lugar é justamente a mobilização popular, que precisa ser impulsionada pela esquerda. Embora o PCO não tenha os meios e a capacidade de realizar uma mobilização de massas, ele consegue realizar uma Conferência que possa reunir todos os ativistas e lideranças políticas para colocar o povo em movimento. É preciso colocar o povo nas ruas para defender o governo.

Também é preciso destacar que não é simplesmente uma mobilização para defender o governo  do PT porque, se o governo cair pelas mãos dos militares ou da direita, todo o povo sai prejudicado, portanto é fundamental a mobilização nesse momento.

Outros temas também foram abordados no programa, além dessas questões. Para se aprofundar mais na discussão, basta assistir a última edição do programa no canal da Rádio Causa Operária:

Qual a natureza da crise militar? - Análise Política da 3ª, com Rui Costa Pimenta - 24/01/2023

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