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Análise Política da 3ª

Rui Pimenta analisa crise de Lula com especuladores

No último programa da Rádio Causa Operária, o companheiro Rui tratou de questões como a onda de greves na França, a declaração de Lula sobre a Eletrobras e sobre o Banco Central

Nesta última terça (7), ocorreu o programa Análise Política da 3ª, transmitido pelo canal da Rádio Causa Operária no YouTube. O programa é uma entrevista com o companheiro Rui Costa Pimenta, que comenta os principais acontecimentos dos últimos dias. O formato também traz uma grande participação do público, que muitas vezes é quem acaba conduzindo a própria pauta do programa.

Como é usual, diversos temas foram abordados no programa. Primeiramente, o companheiro Rui tratou de questões internacionais. Tratou do tema da onda de greves na França, onde se demonstra uma clara disposição de luta da população contra o presidente neoliberal, Emmanuel Macron.

O companheiro Rui destacou que isso já se expressou no primeiro mandato de Macron na luta dos “coletes amarelos”, que foi algo gigantesco, e, agora se espalha para a classe operária francesa. Governos como o de Macron só sobrevive porque a esquerda francesa não apoia os movimentos que se colocam contra o mesmo. No caso dos coletes amarelos, houve uma insinuação de que seria um movimento de extrema-direita. Se houvesse ocorrido uma organização juntamente com eles, chamando por “fora, Macron”, isso teria impulsionado a luta e este talvez ele nem tivesse sido reeleito.

O movimento atual também erra em não colocar o “fora, Macron” em primeiro plano. A esquerda, por estar com a ideia falsa da luta da democracia contra o autoritarismo, não vai com tudo para cima do governo por medo da extrema-direita. Trata-se de uma demonstração do perigo de submeter toda a luta política a essa falsa dualidade por medo da extrema-direita.

Outro tema tratado com bastante destaque foi a questão do salário-mínimo. O companheiro Rui destacou que, enquanto a esquerda fica numa luta contra a história do Brasil, denunciando uma escravidão que ocorreu há centenas de anos, a maior parte da população brasileira está vivendo como escrava nos dias atuais. O salário-mínimo atual é muito inferior ao que se precisaria gastar para manter a sobrevivência de um escravo. Uma demonstração disso é a própria situação dos presídios, que gasta cerca de quatro vezes o valor de um salário-mínimo para manter um preso. O companheiro Rui diz, sobre isso:

“Os empresários, que vieram muito depois dos senhores de engenho, recriaram a escravidão no Brasil. Esse salário-mínimo é escravidão! A cesta básica em São Paulo custa 750 reais. A pessoa compra uma cesta básica e sobram 500 reais por mês”

A crise envolvendo o governo e o Banco Central “independente” também foi comentada. O companheiro Rui colocou claramente que o correto é que o BC se submeta aos interesses do governo eleito, ou seja, aos interesses do povo. Rui destacou que Lula ainda não tem o poder necessário para conseguir a exoneração de Campos Neto, presidente atual do BC, e reverter a lei do período Bolsonaro, que torna o BC independente. No entanto, Lula tem dado declarações bastante duras, numa ativa campanha política contra essa situação do Banco Central, a fim de pressionar a própria burguesia.

Também foi comentada a declaração que Lula deu durante entrevista para os canais de internet da imprensa independente, quando o presidente disse que a privatização da Eletrobras foi uma “bandidagem” e será questionada pela AGU. Segundo o companheiro Rui, é tarefa de toda a esquerda nacional apoiar essa posição de Lula e exigir, de imediato, a reestatização da Eletrobras, cuja privatização foi levada adiante por Bolsonaro durante o fim de seu mandato, num dos esquemas mais criminosos que já seu viu na história. O Partido da Causa Operária e toda sua imprensa têm total concordância com a afirmação de Lula e apoia integralmente a luta pela reestatização de todas as empresas privatizadas.

Outra declaração comentada foi a do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que falou que irá passar a cobrar direitos trabalhistas das empresas de aplicativo, dizendo, inclusive, que se a Uber ou qualquer outra empresa não estiver disposta a isso, pode sair do Brasil que pode-se chamar os Correios ou alguma outra empresa nacional para fornecer um serviço parecido.

O companheiro Rui comenta que colocações como essa e outras de Lula jamais seriam esperadas de governos anteriores do PT. Segundo ele, é uma linguagem totalmente nova vinda do partido. É algo que se poderia esperar do Lula, caso ele tivesse sido eleito em 1989.

Muitos outros temas foram abordados pelo companheiro Rui ao longo do programa, sobre o eixo do debate a respeito da crise de Lula com os especuladores. Sempre destacando que todas as declarações e toda a política de ofensiva contra esse setor que Lula procura levar adiante só dará certo com o povo mobilizado nas ruas. A classe operária é o único setor que tem o poder de efetivamente enfrentar os representantes do imperialismo e os banqueiros. Para acompanhar de forma detalhada a discussão, basta assistir o programa pelo vídeo abaixo:

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