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Análise Internacional

Rui: “o Domo de Ferro de Israel abriu o bico”

Israel, Equador e situação na Ucrânia são temas discutidos na Análise Internacional

Toda segunda-feira, o companheiro Rui Costa Pimenta recebe o Comandante Robinson Farinazzo para, juntos, realizarem a já tradicional Análise Internacional, com transmissão simultânea pelo canal do Diário Causa Operária e pelo Arte da Guerra. Apesar da temática central em Israel e Palestina, diversos temas foram abordados pelos companheiros nesta segunda (16).

Ucrânia

“A ofensiva ucraniana acabou”, iniciou o companheiro Rui, ressaltando que, com a crise no Oriente Médio e com a escalada da situação, o mundo enxergará a Ucrânia entrando na fase do colapso. “Vamos ver como se desenvolverá, se os russos vão organizar uma ofensiva, se vão abrir negociações”, já que o imperialismo não fará “campanha contra os russos, porque precisam fazer contra os palestinos”. Agora, a questão palestina suscita muito mais oposição do que a dos russos.

Equador

Em nosso vizinho sul-americano, o candidato de Rafael Correa perdeu as eleições, cedendo espaço para o candidato direitista e fazendo com que a esquerda saísse derrotada até nas urnas. “Um banho de água fria na esquerda”, bem definiu o companheiro Rui.

“A gente precisaria analisar bem para ver o que aconteceu na eleição, mas a princípio é uma notícia muito negativa. O Rafael Correa perdeu o governo por meio de uma traição do seu candidato presidencial, que fez uma gestão neoliberal radical e perseguiu o correísmo, fazendo com que Rafael Correa não possa voltar ao país até agora. Então ganhou o candidato da direita liberal, o Lasso, que chamou novas eleições de acordo com o sistema equatoriano, dito mortes cruzadas, e seu candidato ganhou a eleição. Foi por pouco, mas isso poderia ter acontecido no Brasil. Tem um pessoal no PT que acha que está tudo mil maravilhas e não tem notícia no mundo que faz com que eles mudem de opinião.”

Domo de Ferro e a força de Israel

Quando perguntado sobre o deslocamento do seu maior porta-aviões no Mediterrâneo em direção à Faixa de Gaza, Joe Biden falou que ‘nós estamos repondo os mísseis que Israel gastou no Domo de Ferro’ na operação Tempestade de Al-Aqsa. Em suma, como o presidente nacional do PCO já havia pontuado em sua tradicional Análise Política da Semana de sábado, “ninguém tem munição suficiente para nenhuma operação de grande escala por lá”, como visto recentemente.

“A primeira coisa que foi para o saco foi esse Domo de Ferro e o mito que pararia qualquer coisa. A fraqueza do Estado de Israel é tão grande que é uma situação complicada. Não sei se a população de Israel apoiaria uma invasão por terra à Gaza. A política do Netanyahu de ir para cima dos palestinos fracassou totalmente. Netanyahu esteve no Parlamento israelense e foi duramente criticado. Há toda uma parte do mundo político israelense pedindo uma reformulação do governo, pedindo que tire a extrema-direita de lá, deixando a situação ainda mais caótica. Ninguém sabe exatamente qual é o poder de fogo do Hamas dentro da Faixa de Gaza, podendo ser pequeno ou enorme. Pelo que mostraram até agora, são enormes para a proporção da Faixa de Gaza e da Palestina. Israel bombardeou também setores da Cisjordânia e, caso se desentendam com a Cisjordânia, a situação pode ficar muito pior. É uma situação ruim para o imperialismo, não há duvida alguma. A população palestina está pagando um preço muito alto pelo que está acontecendo, mas a ação do Hamas desequilibrou 1/3 da política internacional no mínimo. No mínimo! O pessoal fala que um grupo pequeno não consegue um efeito grande, mas o Hamas conseguiu um grande impacto em toda a política mundial. Nesse sentido, é uma grande vitória dos palestinos. Israel mata os palestinos a torto e a direito. Nesse sentido não pioraram nada! Aquilo estava indo para um genocídio completo, para um extermínio total da população. É melhor enfrentar a situação, mesmo tendo perdas, mas tentando pôr um bloqueio a uma situação insustentável.”

“O que Israel faz é um massacre sistemático de civis, o que não é novidade. Isso acontece na Faixa de Gaza, eventualmente na Cisjordânia, sendo um Estado muito bem armado lutando contra um povo que tem uma organização armada muito inferior. Não há comparação. Se Israel seguir com esses bombardeios e com a ocupação na Faixa de Gaza, o que temos em vista é um banho de sangue, desmascarando toda a história de que o Hamas é brutal. Quem é brutal é Israel, sendo tão brutal que, dessa vez, o clamor internacional se tornou grande. A ação do Hamas colocou em pane vários governos que apoiam Israel, chamou a atenção para tudo isso e deixou todo mundo atento para ver o que é a dominação israelense sobre os palestinos. É um crime contra a humanidade punível até pelo Tribunal Penal Internacional, mas aqui uma pergunta incômoda: será punido? Netanyahu irá parar no banco dos réus? Esse negócio de lei internacional é uma ficção. A única lei que existe no cenário internacional é a lei do mais forte.”

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