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Um debate sobre o governo

Rui no 247: Lula está à esquerda de toda a esquerda nacional

Em entrevista a Leonardo Attuch, o companheiro Rui destaca as ações do governo Lula e o fato de que as lideranças dos movimentos populares estão sendo incapazes de acompanhá-lo

Na última sexta-feira, o companheiro Rui Costa Pimenta esteve no seu semanal programa da TV247, entrevistado pelo jornalista Leonardo Attuch. O tema central da discussão era justamente analisar o quão à esquerda está sendo o governo Lula. Attuch lembra que em outra ocasião, o companheiro Rui teria dito que Lula só não estava à esquerda do PCO. Essa observação tem se consolidado na última semana e o debate irá procurar mostrar esse fato.

O companheiro Rui afirma que Lula “está apresentando uma política econômica e social que está mil léguas à esquerda da do que ele foi no passado”. Trata-se, segundo o companheiro Rui, de “uma política que coloca o dedo na ferida de grandes problemas nacionais”. Desde que foi eleito, Lula falou que tem que recuperar o controle da Eletrobras, está levando adiante a reestatização de diversas empresas e certamente irá para cima da Petrobrás. Ainda segundo o companheiro Rui “ele está apresentando uma política econômica que bate de frente com a política neoliberal numa série de aspectos importantes”.

O companheiro Rui levanta, diante disso, o problema de que não há uma movimentação por parte das lideranças dos movimentos populares (sindicatos, etc.) para acompanhar essa iniciativa que Lula está demonstrando. Seria importante que esses movimentos tomassem as ruas para darem um apoio ao presidente da república, que demonstra estar à esquerda de toda a esquerda nacional.

Outro tema abordado foi a questão do Banco Central independente. A observação feita por ambos é de que há setores dentro do governo que procuram divergir com a política de Lula de atacar o presidente atual do BC, Roberto Campos Neto, e fazer uma pressão para que o Banco volte a estar sob o controle do governo eleito. Segundo o companheiro Rui, isso é fato e é algo que já era esperado. Seria preciso, novamente, que os movimentos populares apoiassem essa política, senão levará dois anos para que Lula consiga derrubar essa verdadeira política de sabotagem do governo, que é a do Banco Central independente.

Também foi discutida a possibilidade de uma reação da direita diante de um eventual fracasso do governo. Foram levantadas previsões de que o Brasil teria um crescimento de cerca de 1% neste ano e no próximo, caso Lula continuasse a ser sabotado pelo Banco Central submetido aos especuladores e outros agentes neoliberais que procuram impedi-lo de levar adiante sua política econômica.

Diante disso, a direita, que está mobilizada (como se pôde ver nos eventos do dia 8 de janeiro), poderia levantar a cabeça e o desenvolvimento da situação poderia ser realmente desastroso. É mais um aspecto que demonstra a importância da mobilização dos movimentos populares.

Foram levantados também alguns pontos a respeito da relação do Brasil com os EUA. Entre eles, a questão da Amazônia — sobre isso, o companheiro Rui comentou que não acredita que haverá entrega do território nacional amazônico para o imperialismo sob a administração do PT.

Sobre a visita de Lula aos EUA, o companheiro Rui comentou ser ruim a propaganda feita de que estaria havendo uma tentativa de se juntar a Joe Biden para supostamente combater a extrema-direita através de um maior controle das redes sociais e outras ações, tendo em vista que o maior golpista do mundo todo é o próprio presidente norte-americano.

Também foi levantado o fato de Lula estar se encontrando com Bernie Sanders, que seria um elemento bem à esquerda dentro do Partido Democrata dos EUA. Segundo o companheiro Rui, é importante que Lula e o PT mantenham uma relação com a esquerda norte-americana, seus sindicatos etc., para terem um melhor acesso às massas deste país.

Outra questão comentada foi a indicação da ex-presidenta Dilma Rousseff para a presidência do banco dos BRICS. A indicação é uma demonstração de que Lula dá uma grande importância para os BRICS, ao contrário do que foi propagando por muitos em um momento anterior. Apesar de Lula ter concedido à burguesia quando não quis a presidência dos BRICS para entrar na OCDE, agora há essa indicação de Dilma. Podem surgir também iniciativas semelhantes à proposta da moeda única entre Brasil e Argentina, para os BRICS também.

Sobre o salário-mínimo também foi destacado a necessidade de aumentá-lo imediatamente. A política defendida pelo companheiro Rui é que a CUT deveria sair às ruas e exigir um aumento de 100% do salário-mínimo. Apesar de haver, dentro do governo, pessoas que procuram sabotar essa política o tempo todo, para que seja apenas um aumento de R$ 90, que não irá resolver a situação para ninguém.

Muitos outros temas ainda foram destacados, envolvendo debates sobre o governo Lula e a política que ele leva adiante. O ponto central é o fato de que Lula está propondo uma série de medidas que são importantes para a classe trabalhadora e que não conseguiram ser conquistadas mesmo nos momentos de grande luta, portanto todos os movimentos deveriam aproveitar essa disposição para se mexer. Para acompanhar o programa em sua íntegra, é só assistir o vídeo abaixo:

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