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Na TV 247

Rui faz balanço do primeiro mês de governo Lula

Presidente do PCO analisou os principais acontecimentos do primeiro mês de governo Lula no 247

O companheiro Rui Costa Pimenta foi entrevistado pela Andrea Trus, na TV 247, nessa sexta-feira. O primeiro tema tratado foi um balanço do primeiro mês do governo Lula e da chamada “tentativa de golpe de Estado”, sobre a qual girou em torno da Análise.

“Eu acho que é um panorama bem complexo esses primeiros 30 dias do governo do PT, porque é uma situação bem contraditória. Por um lado, temos que elogiar essa iniciativa do Lula, de correr atrás de todos esses problemas, eu acho que ele está mostrando uma capacidade muito grande de administração de problemas, por um lado. Agora, há dois outros aspectos que a gente tem que ressaltar que são mais negativos. O primeiro é que ele não está conseguindo efetivamente resolver esses problemas a fundo. Eu acho que não é culpa dele; eu acho que há problemas aí que não podem ser resolvidos facilmente, é o caso da crise militar, isso daí é muito claro”, disse o companheiro Rui.

Ainda sobre um panorama geral do governo, Rui analisou a questão de uma política social de impacto, que seria importante para consolidar o apoio que Lula teve na eleição. Isto é, faz-se necessário ganhar o apoio entre os trabalhadores que votaram em Bolsonaro e fortalecer o apoio entre os que já votaram em Lula: e, para tanto, é preciso que se tenha uma política econômica capaz de angariar tal apoio entre os trabalhadores.

Analisando tal questão e identificando o porquê de Lula ainda não ter tomado medidas sociais mais significativas, Rui disse: “E há um problema, na minha opinião, que é mais de fundo, que é um problema da política social do governo. Eu tenho a impressão de que o Lula foi emparedado pela pressão da imprensa capitalista que defende essas monstruosidades do mercado capitalista, como o Teto de Gastos e outras coisas, e foi emparedado no Congresso também, e não conseguiu ter uma política social de impacto, que seria essencial”.

Um pouco mais a frente, ainda analisando o panorama geral, Rui comentou que a maior ameaça que o país enfrenta, hoje, é a ameaça de um golpe de Estado, cuja articulação extrapola os quartéis. Embasando tal apontamento, citou o comentário de Lula na CELAC, definindo Michel Temer como golpista – ou seja, não foi um “ataque gratuito”, mas uma denúncia contra Temer e contra a articulação já montada contra seu atual governo.

O companheiro Rui, um pouco depois na entrevista, também comentou a participação do presidente Lula na CELAC. Respondendo a uma pergunta sobre o presidente chileno, Gabriel Boric, considerar Maduro, Ortega e demais líderes nacionalistas burgueses como ditadores, os quais Lula deveria se afastar, Rui disse:

“É lógico que o Lula vai defender isso daí [Maduro, Díaz-Canel e os governos de esquerda em geral na América Latina, tachados como “ditatoriais’], eu não tinha a menor dúvida de que ele iria defender esse pessoal, lógico. Ele entende muito bem que esses governo estão sendo atacados pelo imperialismo, tem embargo na Venezuela, na Nicarágua, em Cuba. Você falar em ditadura em um país que está embargado, que está sofrendo uma crise desse tamanho é uma barbaridade. E, depois, eu também não concordo que seja uma ditadura; o pessoal fala que é uma ditadura, porque reprimiu determinados tipos de manifestações extremamente violentas contra o governo Maduro. Mas e o Chile? O Chile tem quase 5.000 pessoas presas, por que a Venezuela é uma ditadura e o Chile, não? […] É uma campanha ideológica do imperialismo, e o Lula está muito certo em se aproximar da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua”.

Além disso, na análise sobre o panorama internacional e, em particular, sobre a CELAC, o companheiro Rui destacou que a vitória de Lula foi o acontecimento que mais despertou otimismo dentre os países latinoamericanos. Afinal, o Brasil é o país mais importante da América Latina, o mais decisivo, sendo governado por uma esquerda com declarações contundentes no sentido de políticas sociais e de resgate da população, essa onda de otimismo é mais que natural. No entanto, o apoio internacional não impede golpes de Estado.

Entre as medidas que Lula deveria tomar para consolidar seu apoio junto à população, além da questão do salário mínimo, Rui citou alguns exemplos:

“Eu acho que há algumas questões que são essenciais. A segunda maior questão do país é o emprego. A política do governo Lula é aumentar a geração de emprego através do investimento estatal; eu acho que isso é insuficiente. Poderia discutir a redução da jornada de trabalho e colocar em marcha um plano de obras públicas, que criasse instantaneamente o emprego. O próprio Lula falou que há 14 mil obras paralisadas no Brasil; eu acho que isso deveria fazer parte de um plano coerente para dar emprego a milhões de pessoas. Daria um choque na economia”, explicou o companheiro.

Além disso, o companheiro também falou da questão da terra, que envolve os ianomâmi. “Esse pessoal não consegue se assentar na terra e ter uma atividade produtiva, porque eles não têm condições. Por exemplo, no Mato Grosso do Sul, você tem uma comunidade indígena enorme, mas o pessoal não tem financiamento estatal, se eles plantam alguma coisa, não tem como comercializar, eles não têm assistência técnica – precisaria ter um instrutor agrícola falando faz assim, faz assado. Também não têm instrumentos de trabalho, precisaria ter um trator – em geral, essas comunidades não têm nem água encanada e eletricidade, essa é a verdade. […] Então, ele poderia assentar um monte de gente na terra, estabelecer um plano de assistência ao pequeno produtor agrário, não é só o MST, tem muita gente que não está no MST, que está comendo o pão que o Diabo amassou. Salário, emprego e terra seriam as medidas essenciais”.

Tal foi o essencial da Análise. Aos companheiros que tiverem interesse em assisti-la por completo, ela pode ser assistida através do seguinte link:

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