“Um caso exemplar de um fenômeno que tende a se estabelecer na América Latina”. Foi assim que Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), caracterizou o presidente chileno Gabriel Boric, que entrou em atrito com Lula na última semana por defender uma condenação à operação militar russa na Ucrânia. Pimenta explicou que Boric integra uma operação ampla do imperialismo, que procura estabelecer lideranças e governantes de aparência esquerdista, mas que são completamente servis aos Estados Unidos. Sobre a própria declaração de Boric, Pimenta destacou que ninguém concordou com o chileno porque todos sabem que, na América Latina e no Caribe, os Estados Unidos é que são uma verdadeira ameaça.
Após a discussão sobre Boric, Rui Pimenta analisou a situação na Venezuela. Há um esforço do próprio presidente Lula para retirar as sanções sobre o país vizinho. No entanto, o presidente do PCO se mostrou bastante cético sobre a posição do imperialismo. Dificilmente os Estados Unidos retirariam as sanções caso seus candidatos fossem derrotados.
Outro assunto levantado pelo entrevistador, Leonardo Attuch, foi a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Pimenta disse “não ver problema nenhum” em a Petrobrás explorar a região e disse acreditar que Lula irá, em um futuro próximo, explorar a Margem Equatorial.
Ao final do programa, Rui ainda foi perguntado sobre o novo decreto de armas do ministro da Justiça, Fla´vio Dino, que foi aprovado pelo presidente Lula. Rui Pimenta destacou que o decreto dificilmente conterá o bolsonarismo, mas acabará servindo para que o regime tente aumentar o seu controle sobre o armamento da população em geral.