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Esquerda precisa combater a PM

Rui Costa do PT repete bolsonarismo e chama chacina de “confronto”

Ao mencionar "confrontos" na chacina, Rui Costa, se iguala a extrema-direita

As últimas semanas foram de terror para os moradores da Bahia. A violência policial assassinou 30 pessoas numa série de operações de combate ao “tráfico de drogas”. Dos dias 28 de julho a 4 de agosto, a população das periferias de Salvador e da região metropolitana da cidade, está vivendo um verdadeiro filme de terror, um massacre por parte das forças repressivas do estado.  A situação vem se intensificando, em 2015, a cidade registrou 354 mortes vítimas de intervenção policial, no ano passado, esse número quadruplicou, chegando em 1464 mortos. Com esses números que refletem a guerra social que existe no Brasil, o estado da Bahia ultrapassou o nível de violência estatal que existe no Rio de Janeiro.

No dia 27 de julho iniciou-se a primeira operação, com o saldo de sete pessoas mortas pela polícia na cidade Camaçari. Dois dias depois ocorreu mais uma intervenção criminosa da polícia baiana, desta vez, na cidade Itatim, como consequência oito pessoas morreram, destas oito, três eram adolescentes. 

No dia 31, morreram mais cinco pessoas na cidade de Jaguarari, em Salvador. Na sexta-feira (4), morreram mais 10, sendo cinco no bairro de Iapi e outros cinco na região de Águas Claras. 

A Bahia não é governada por Tarcísio, um bolsonarista, o que mostra que a repressão policial é independente em relação ao bolsonarismo, ou melhor, a qualquer tipo de governo, a polícia é violenta por si mesma, tem vida própria, seja ela comandada pelo PSDB ou elementos que defendem tal política bárbara, como Bolsonaro. O estado nordestino, que segundo os dados acima superou a violência policial no Rio de Janeiro, é comandada a 16 anos pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Apesar de não ser a política do PT defender a matança indiscriminada na população pobre, sua política repressiva levada a cabo por setores direitistas, acabam corroborando tais ilegalidades. O ex-governador da Bahia e atual Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao ser questionado sobre os recentes acontecimentos, deu uma declaração típica da extrema-direita à GloboNews: “Uma medida fundamental é conter a entrada de armamento pesado no Brasil. Há 10 anos era muito raro achar um fuzil na Bahia. Às vezes achava-se 1 ou 2 fuzis no ano. Hoje, é toda semana…”, continuou o ministro: “Nós passamos a ter muito mais confrontos. Em muitas ações acaba tendo óbito, como foi o caso daquela criança (se refere a morte do menino que foi atingido por uma bala perdida em operação policial no município de Lauro de Freitas) , o que não deveria ter acontecido em hipótese alguma”. 

Ao mencionar “confrontos” nas chacinas, Rui Costa se iguala aos discursos dos representantes da direita, colocando em evidência que tais operações seriam “justificáveis”. Além do discurso direitista, sua crítica a política do armamento é uma verdadeira baixaria política, pois os massacres acontecem justamente porque a polícia, contagiada por elementos bolsonaristas, estão armados e a população desarmada. O discurso de que a política de armamento beneficia o tráfico e a criminalidade é uma balela, pois todo mundo sabe que até mesmo a polícia arma os criminosos. A política do desarmamento tem como único resultado possível: a polícia armada, os “bandidos” armados e os trabalhadores desarmados.   

O PT precisa ter uma política diferente do Bolsonaro, a polícia não tem o direito de matar nenhum cidadão, muito menos inocentes que não tem nada a ver com a situação. Um representante de esquerda ao falar que as chacinas se originam de um “confronto”, quando todo mundo sabe que essas chacinas são motivadas até mesmo por motivo de vingança pessoal, como a situação na Baixada Santista, em São Paulo, chega a ser desmoralizante. A esquerda precisa parar de imitar Bolsonaro e levar adiante uma política mais democrática. É preciso combater os desmandos do sistema repressivo no Brasil, isto é, garantir os direitos fundamentais da população pobre. Denunciar os abusos cometidos pela polícia nas favelas e os desmandos do judiciário, órgão dos três poderes, que está sendo utilizado para passar por cima de qualquer direito na figura do ditador Alexandre de Moraes.

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