Ex-baixista do Pink Floyd, o músico Roger Waters publicou uma mensagem em seu perfil oficial no X no último dia 13, pedindo “um único Estado” como “solução para esse conflito profano”. “Um novo estado com direitos humanos iguais para todos os cidadãos, independente de sua religião ou nacionalidade prévia. Este novo estado deverá ser uma democracia real e atual”, pediu Waters, evidenciando uma clareza da raiz do problema que falta a muitos esquerdistas, mesmo alguns experimentados na luta política, que preferem não se enfrentar com a pressão imperialista pela defesa de Israel.
“Minha sugestão para a nova Constituição deste novo estado é que precisariam incluir provisão para audiências de verdade e reconciliação como aconteceram na África do Sul pós-apartheid”, acrescentou o músico. Abaixo, a mensagem em vídeo publicada:
To Whom It May Concern: Please Stop. pic.twitter.com/39f0eMhFUk
— Roger Waters ✊ (@rogerwaters) October 13, 2023
Apesar da forma como coloca sua política, usando expressões como “direitos humanos”, “democracia” e coisas do gênero, a posição de Waters não guarda nenhuma semelhança com a defesa de um pacifismo estéril, implicando antes na preservação dos milhões de palestinos em Gaza, cercados e ameaçados pelas hordas nazistas de Israel. O que pede o ex-Pink Floyd seria, de fato, muito positivo se ocorresse, permitindo o restabelecimento do Estado Palestino unificado, que a exemplo da antiga nação colonizada pelo imperialismo britânico, abrigue judeus, muçulmanos, cristãos, árabes, hebreus e demais povos que já habitavam a antiga nação palestina e que voltem a coabitar o mesmo país, sem a intromissão divisionista do imperialismo.
Se hoje o atual Estado nazista de Israel empreende no território ocupado da Palestina um genocídio contra os povos originais da nação, está claro que o domínio imperialista não irá durar. A solução proposta por Waters, portanto, é a única que pode por um fim ao banho de sangue, que hoje atinge os palestinos, mas dá sinais cada vez mais contundentes de que, não tarda, se voltará contra os colonos israelenses.
Quando isso acontecer, o ódio acumulado pelo martírio sofrido pela população palestina irá se voltar contra seus opressores. A posição de Waters, que muito se assemelha nesse sentido com a do PCO, tem o pendor de evitar isso também.