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A maior pré-"Israel"

História: as revoltas dos palestinos em 1929

As revoltas dos Palestinos no ano de 1929, sobretudo no seu ápice, nas semanais finais de agosto daquele ano, foram fundamentais para criar uma das mais profundas crises da região

A operação realizada pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023 entrou para a história como a maior ação de resistência da população palestina contra o Estado sionista de Israel. Após mais de 70 anos de crimes cometidos contra a população local, o Estado fundado graças aos interesses do imperialismo inglês e norte-americano, vem provocando um dos maiores genocídios da história da humanidade.

A ação do Hamas entrou para a história e se soma a diversos episódios de extrema importância que marcam o desenvolvimento deste conflito. Contudo, um dos primeiros grandes acontecimentos que representaram a história de luta e resistência do povo palestino ocorreu décadas antes da criação criminosa do imperialismo do Estado sionista de Israel.

Este evento, como não poderia ser diferente, tornou-se polêmico graças a já antiga campanha imperialista contra o povo palestino, no entanto, representou para várias gerações uma inspiração de luta contra a opressão sionista.

O ano de 1929 foi o centro de um dos mais importantes momentos que antecedeu a formação do Estado sionista de Israel. Iniciando em agosto de 1929 a Revolta de Buraq, em árabe conhecida como “Thawrat al-Buraq”, grandes mobilizações populares tomaram conta da região palestina, iniciando uma série de motins que culminaram na luta entre muçulmanos e sionistas pelo acesso ao Muro das Lamentações em Jerusalém, considerado sagrado para os seguidores do islã.

A revolta aumentou graças a política de intervenção do imperialismo inglês que, além de reprimir a população árabe e não tolerar a formação de um Estado palestino, contribuiu diretamente para a estruturação das colonias de grupos de judeus sionistas, que se expandiam contra os territórios árabes. Esta política tornou Jerusalém palco de grandes e violentas revoltas palestinas graças a ação sionista.

A revolta assumiu características cada vez mais violentas a medidas que os sionistas. Os tumultos assumiram a forma, na maioria dos casos, de ataques por árabes contra judeus acompanhados de destruição de propriedades sionistas. Segundo os relatos da época, o ápice da revolta se deu na semana de tumultos de 23 a 29 de agosto, onde 133 judeus foram mortos e entre 198 e 241 outros ficaram feridos, enquanto por outro lado pelo menos 116 árabes foram mortos e pelo menos 232 ficaram feridos, graças a dura repressão da polícia britânica que se colocou em defesa dos grupos sionistas, como também por ataques de grupos armados sionistas. No entanto, apesar do alto número de mortes, a revolta foi capaz de forçar a evacuação de 17 colonias sionistas.

Nomeada pelos britânicos, Comissão Shaw, declarou na época que a causa fundamental da violência “sem a qual, em nossa opinião, os distúrbios não teriam ocorrido ou não teriam sido pouco mais do que uma revolta local, é o sentimento árabe de animosidade e hostilidade em relação aos judeus sobre o desapontamento de suas aspirações políticas e nacionais e o temor por seu futuro econômico.” Também foi atribuído a causa como sendo o medo árabe dos imigrantes judeus “não apenas como uma ameaça à sua subsistência, mas como um possível suserano do futuro.” 

Durante a revolta, um dos principais momentos foi o que hoje os sionistas chamam de “massacre de Hbrom”, que se refere a morte de 67 sionistas em 24 de agosto na cidade de Hebrom, parte do Mandato Britânico da Palestina, após se espalharem denuncias que os sionistas planejam tomar controle do Monte do Templo, em Jerusalém.

O fato, junto a outros momentos da rebelião palestina serviu de pretexto para à reorganização e desenvolvimento da organização paramilitar sionista, a Haganah, uma das mais brutais e criminosas organizações fascistas israelenses, mesmo antes da fundação do Estado de Israel, no qual o Haganah tornou-se núcleo central das suas Forças Armadas.

As revoltas dos Palestinos no ano de 1929, sobretudo no seu ápice, nas semanais finais de agosto daquele ano, foram fundamentais para criar uma das mais profundas crises da história da região, sendo o maior conflito anterior a formação do Estado de Israel. A crise acompanha também a crise do imperialismo de 1929 e o período de desestabilização global entre as primeiras e Segunda Guerra Mundial. 

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