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Censura e prisões

Repressão de Israel se volta contra seus próprios cidadãos

Política genocida de Israel atropela os direitos democráticos até mesmo daqueles considerados “cidadãos” dentro dos territórios palestinos ocupados

Acompanhando a imprensa independente que cobre os eventos na Palestina, encontramos uma avalanche de relatos que dão conta do elevado nível de repressão estatal israelense contra seus próprios cidadãos. Desde demissões sumárias por conta de postagens contra a guerra, até a repressão de judeus e o silenciamento das famílias dos reféns israelenses, a escalada repressiva em Israel fica cada vez mais perceptível para todos.

“A repressão do estado sionista dentro de Israel”

Um texto do jornalista israelense Meron Rapoport, publicado no Middle East Eye, destaca esse problema logo na manchete: “A repressão do estado sionista dentro de Israel”. O jornalista cita a prisão de três figuras políticas destacadas por convocarem um evento fechado contra a guerra na cidade de Nazaré: Mohammed Baraka, Sami Abu Shehadeh e Haneen Zoabi. Mohammed Baraka já foi membro do Knesset, o parlamento israelense, Sami Abu Shehadeh é líder do partido Balad e Haneen Zoabi é a primeira mulher árabe-israelense a ser eleita para o Knesset. Chama a atenção que não se tratava nem sequer de um ato público.

Rapoport comenta sobre a perseguição ideológica desatada nas universidades, com mais de 100 casos de expulsão de estudantes e professores. A intolerância religiosa produz casos tão aberrantes quanto um citado na reportagem, sobre um professor que teve que apresentar certidão de óbito da tia para ser “perdoado” por postar a frase “não há Deus senão Alá”, usada comumente pelos muçulmanos em situações de luto. Uma amiga no jornalista foi demitida após 30 anos de serviço no Kaye College por ter publicado que Gaza se encontrava sitiada há 16 anos, mesmo tendo condenado o assassinato de civis e sem elogiar de qualquer forma o ataque do Hamas no começo de outubro.

A repressão política está intensa no serviço de saúde de Israel, onde cerca de 40% da mão de obra é de palestinos. Alguns estão sendo demitidos até por postagens anteriores a 7 de outubro. Um exemplo citado é o do cardiologista Abed Samarah, demitido subitamente por publicar uma bandeira do Islã com uma pomba carregando um ramo de oliveira. Isso em 2022!

Rapoport destaca que essas iniciativas não têm nem partido de órgãos do governo, mas pelas próprias autoridades universitárias e hospitalares. Dando um quadro do nível de terror que a sociedade israelense impõe aos palestinos que vivem, como mão de obra, nos territórios ocupados por Israel. Ele termina o texto se questionamento sobre os rumos de Israel:

“Mas será que este regime de silenciamento e intimidação evaporará quando a guerra terminar? Ou estamos à beira de uma repressão total contra os palestinos e os dissidentes israelitas? Estará Israel à beira do fascismo? Infelizmente não posso dar uma resposta reconfortante”.

“O totalitarismo de Israel também está consolidado contra os cidadãos judeus”

Assinada por David Dolensky, a matéria dá conta da repressão política dentro de Israel contra judeus anti-sionistas. Grande parte deles demonstrou temor diante de possíveis represálias, especialmente diante da decisão do Tribunal Superior de Justiça que proibiu oficialmente qualquer manifestação contra a guerra. A escalada contra a liberdade de expressão adotada no último mês tem restringido a atividade política até dos judeus israelenses.

O relato de um ativista do coletivo “Jerusalém Livre” expõe a violência da polícia israelense. Diante de um “protesto silencioso”, do tipo que a esquerda pequeno-burguesa gosta de fazer aqui no Brasil, o grupo foi agredido enquanto os policiais diziam “é isso que traidores merecem”. A “perigosa” manifestação se resumia a cobrir as bocas com fitas adesivas em frente a uma delegacia de polícia em Jerusalém.

“Famílias de reféns pedem troca de todos os prisioneiros palestinos em Israel”

Ainda no final de outubro, Olga Cristobal assinou esse texto onde fala sobre as tentativas de negociação entre os familiares de reféns capturados pelo Hamas e o governo Netanyahu. A proposta que trouxeram de imediato foi a libertação de todos os presos palestinos em troca dos 230 reféns israelenses. Dados de setembro dão conta de que o número de presos palestinos gira em torno de 5 mil, o que inclui 700 crianças e adolescentes. Informações que, por si, já dão conta do nível de absurdo existente no estado sionista.

A proposta foi prontamente recusada pelo governo, que cinicamente apontou que a chance de libertar os reféns seria maior quanto maior fosse a violência na Faixa de Gaza. Para expor ainda mais o cinismo dos sionistas, o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, anunciou acordo com a proposta de troca de presos. A matéria cita ainda o impacto do relato da refém Yocheved Lifshitz, que ao ser liberta, destacou o cuidado dos militantes do Hamas com todos os reféns israelenses.

O fato é que o caráter ditatorial e criminoso do estado sionista está cada vez mais exposto tanto em relação aos árabes que deve oprimir, quanto no interior da própria sociedade israelense.

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