No mesmo dia em que deu o golpe de Estado no Gabão, a junta militar liderada por Brice Oligui Nguema anunciou a prisão de sete pessoas. Todas elas foram encarceradas por motivos políticos e integravam o governo deposto. São elas:
Ali Bongo, presidente deposto
Noureddin Bongo Valentin, filho e conselheiro próximo do presidente deposto
Ian Ghislain Ngoulou, chefe de gabinete de Ali Bongo
Mohamed Ali Saliou, vice-chefe de gabinete de Ali Bongo
Abdul Hosseini, conselheiro de Ali Bongo
Jessye Ella Ekogha, conselheira especial e porta-voz de Ali Bongo
Steeve Nzeko DIECKO, secretário-geral do Partido Democrático Gabonês
Cyriaque Mvoramdjiami, diretor do Gabinete Político
Todos eles foram acusados de “alta traição contra instituições do Estado, desvio em massa de fundos públicos, desvio financeiro internacional em quadrilha organizada, fraude, falsificação da assinatura do Presidente da República, corrupção ativa e tráfico de drogas”. Como se vê, são, em geral, crimes políticos que apontam para a formação de um grupo que se apropriava do Estado para benefícios próprios, em detrimento da miséria absoluta da população.
O regime, embora muito impopular, só conseguia se sustentar por causa do apoio do imperialismo francês, que se beneficiava ainda mais do governo de Ali Bongo.
O Comitê de Transição e Restauração anunciou que será aberta uma investigação e os envolvidos deverão responder pelos seus atos perante as autoridades judiciais do país.