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Temer, FHC, Bolsonaro...

Quem é o maior inimigo do governo?

Bolsonarismo é apenas um resíduo tóxico resultado da política dos golpistas da direita tradicional

No último dia 9 de abril, Pedro Maciel publicou uma coluna no sítio Brasil 247, chamada “Cem dias de reconstrução”. Ali, o colunista procura fazer um balanço dos 100 dias de governo Lula.

Algumas considerações feitas no artigo são corretas, outras nem tanto. O que chamou a atenção, foram alguns pontos que seria preciso esclarecer e acabam gerando uma confusão na hora de fazer uma avaliação mais concreta do governo.

O primeiro equívoco tem a ver com a confusão entre o bolsonarismo e a direita golpista tradicional. Essa é uma confusão comum no meio da esquerda. O colunista acredita que apenas a destruição do País é obra exclusiva de Bolsonaro, simplesmente esquece que foi Temer que ocupou a presidência após o golpe e em dois anos fez muito mais destruição do que Bolsonaro em quatro.

O colunista tem a ilusão de que o único vilão da história seria Bolsonaro. Os setores mais poderosos da burguesia pró-imperialista fizeram tanta propaganda eleitoral contra Bolsonaro que apagaram da memória de um setor da esquerda a desgraça que foi Michel Temer:

“Se, de um lado, em 2003 Lula encontrou inflação e desemprego em alta, o país sob tutela do FMI e sem capacidade de investimento, de outro, a máquina administrativa não estava desorganizada, nem devastada como agora – legado caótico de Bolsonaro e do bolsonarismo.”

Dizer que FHC não entregou um país caótico é simplesmente desconhecer a realidade. Se é possível dizer que a máquina do governo estava mais destruída agora, é simplesmente porque Lula pegou um governo vindo de seis anos de golpe de Estado. Mas essa constatação, diferentemente do que afirma o colunista, não reduz a destruição causada por FHC.

Esse “legado caótico” não é de Bolsonaro, mas do golpe. Das medidas mais agressivas contra o povo, todas foram feitas ainda no governo Temer: a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, a lei da terceirização. Algumas coisas que o colunista atribui a Bolsonaro começaram a ser devastadas no governo Temer:

“A máquina de ódio e preconceito que tentou dominar o Brasil teve a cultura como um de seus maiores alvos”.

O caso da cultura é bem interessante. Se é fato que Bolsonaro travou uma guerra contra a cultura, quem tomou medidas concretas para destruir esse setor foi Michel Temer. Uma das primeiras medidas do seu governo golpista foi acabar com o Ministério da Cultura.

Tudo o que Bolsonaro fez foi manter a destruição de Temer.

Bolsonaro é cria de Temer, FHC e cia. O bolsonarismo é uma consequência da política golpista. Isso é importante estabelecer, pois permite um balanço mais claro do que Lula vai enfrentar. Ignorar que a direita golpista, uma parte dela, está dentro do governo, é a inimiga principal levará a erros importantes.

Por isso, é necessária uma mobilização ampla dos trabalhadores que livre o governo não apenas da extrema-direita bolsonarista, mas da direita tradicional que tenta fazer o governo de refém.

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