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Um histórico de sofrimento

Quase um século de martírio contra o povo palestino

Israel oprime e judia do povo palestino, promovendo a barbárie no Oriente Médio

Muito tem sido falado sobre Israel e Palestina pelos últimos acontecimentos na região, mas sua origem, no entanto, não é deste fim de semana. O povo palestino não é apenas oprimido, mas martirizado pelas forças de ocupação israelenses, estando submetidos a uma dura ditadura do imperialismo há cerca de 80 anos.

A região da Palestina, palco central do conflito, está localizada entre a Ásia, a África e a Europa e é banhada pelo Mar Mediterrâneo. Sua localização é estratégica para os imperialistas, tendo sido o  local escolhido para a instalação de um novo país que agisse como uma base militar sobretudo dos norte-americanos: Israel. Por mais de milênio, a Palestina foi habitada por uma maioria absoluta de muçulmanos, tendo este quadro revertido quando o sionismo ganhou força e passou a insuflar a imigração judaica para a região.

O sionismo, por sua vez, é um movimento conservador que busca preservar a “pureza” da cultura judaica, argumentando que o antissemitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo se reunissem em um Estado independente. A Palestina tornou-se o local mais cobiçado para a instalação deste Estado judeu, justificado pela pregação mística (o regresso a uma suposta “terra prometida” para o “povo escolhido”) e pelo revisionismo histórico (a concepção equivocada de que a Palestina seria “uma terra sem povo para um povo sem terra”).

Para os europeus, Israel era fundamental, pois criava um vínculo indissociável entre sionismo e imperialismo, pois seria este Estado “uma sentinela avançada da civilização contra a barbárie”, localizado no meio do Oriente Médio.

Com a instalação de tal Estado judeu expulsando os nativos de seu lar, os palestinos organizaram uma série de insurreições, todas violentamente esmagadas. Com o tempo, cada vez mais foi promovida a imigração clandestina de colonos judeus para a Palestina. No caso, atualmente a burguesia associou a palavra terrorismo aos palestinos, mas os judeus criaram grupos como Irgun, Stern e Haganá, responsáveis por coordenar ações armadas e atentados contra os palestinos, visando intimidá-los e forçá-los a abandonarem suas propriedades e aldeias.

O acordo inicial previa que Israel ficaria com 56,4% do território e o Estado palestino com 42,9%, sendo Jerusalém seria administrada pela ONU. Em 1948, os britânicos se retiraram da Palestina após terem a ocupado e o Estado de Israel foi oficialmente fundado. Entretanto, Israel impediu a instalação de um Estado palestino, dando continuidade à política de colonização dos territórios árabes.

Pouco tempo depois e apoiado por estadunidenses e europeus, Israel venceu uma guerra contra os árabes e ampliou ainda mais seu território, reduzindo a área palestina aos bolsões da Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto um processo massivo de limpeza étnica foi promovido com a remoção compulsória da população árabe das terras palestinas. Foi o início do chamado êxodo palestino, ou “Nakba” (“A Catástrofe”).

Cerca de 800 mil palestinos foram expulsos de Israel, sendo 80% da população árabe do país. Israel destruiu cerca de 600 cidades palestinas, erradicando registros históricos árabes e dando início à hebraização do território. Os palestinos, que eram a maioria em 15 dos 16 distritos de Israel, tornaram-se grupos minoritários em todo o país.

Em 1967, Israel lançou uma ofensiva militar contra as nações árabes, ampliando seu território e ocupando Sinai, Jerusalém e Cisjordânia. Cinco anos depois, Egito, Síria e Iraque tentaram retomar os territórios ocupados, não obtendo sucesso com a entrada dos Estados Unidos ao lado de Israel. Entre 1978 e 1982, Israel realizou uma série de ataques ao Líbano, deixando dezenas de milhares de mortos e ensejando os Massacres de Sabra e Shatila, cometidos por uma milícia maronita apoiada por soldados israelenses.

Diversos acordos foram feitos, mas Israel, entretanto, não honrou os acordos e continuou expandindo os assentamentos em terras palestinas. Israel também frustrou as negociações de paz em Camp David, negando devolver os territórios ocupados e originando uma nova onda de levantes populares palestinos (Segunda Intifada). Um conflito interno entre os palestinos, entretanto, ocasionou a ascensão da organização sunita Hamas, ligado à Irmandade Muçulmana, que conquistou o controle da Faixa de Gaza e foi o vencedor das eleições da Palestina em 2006.

A resposta à eleição do Hamas por parte do governo israelense no entanto, foi o decreto em 2007 do bloqueio econômico e comercial da Faixa de Gaza — medida que continua em vigor até os dias de hoje, potencializando a crise humanitária na região. Desde 2012, o governo israelense conduz campanhas massivas de bombardeios aéreos contra alvos civis na Palestina.

Em 2008, foram mortos 1.400 palestinos. Em 2014, foram 2.100. Em 2018, apenas em protestos, 170 palestinos tiveram suas vidas ceifadas, um número inferior aos de 2021, que atingiu a marca de 250. O Estado de Israel patrocina um verdadeiro martírio do povo palestino, promovendo o holocausto do século XXI. É fundamental o surgimento de um estado laico, com o fim de do estado de Israel, onde israelenses e palestinos possam coexistir.

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