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Brasil

Quase 2/3 de crianças e adolescentes estão na pobreza

Enquanto banqueiros lucram bilhões de reais com o pagamento da dívida pública, o povo não tem nem mesmo o que comer

No país que pagou mais de 6 trilhões de reais de juros da dívida pública aos banqueiros e especuladores de dentro e fora do país, nada seria mais espantoso que atribuir ao bolsa família e a quaisquer auxílios emergenciais, além dos investimentos públicos, a razão do nosso déficit público. Somando-se a isso tudo, os pagamentos de salários aos servidores públicos e os investimentos na infraestrutura do país seriam muito custosos para o “Estado brasileiro muito endividado” segundo os jornais da burguesia. Segundo dados levantados pela auditoria cidadã da dívida pública (ACD), mas que estão disponíveis no site do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP) durante o período do governo Bolsonaro (2019-22) os pagamentos de juros aos capitalistas ultrapassaram mais da metade do orçamento público federal e a nossa dívida pública ultrapassou os incríveis 8 trilhões de reais. O bolsa banqueiro nunca incomodou os rentistas e banqueiros nacionais e estrangeiros, muito ao contrário, sempre foram “a galinha dos ovos de ouro” da especulação financeira desenfreada sem limites.

O golpe de 2016 e principalmente a ascensão do governo Bolsonaro à presidência em 2019 impulsionou o desemprego, a fome, a miséria e todas as formas de destruição neoliberal do país. Essas políticas nefastas de aumentos absurdos dos juros endividando os pobres no varejo e também no atacado, pela ausência das políticas públicas necessárias e urgentes, principalmente aos mais carentes, comprovam que a política econômica, além das “deformas” previdenciárias e trabalhista, combinadas com a recessão econômica, colocaram na “rua da amargura” e na fila dos ossos, nervos e cartilagens milhões de brasileiros sem emprego, renda e as mínimas condições de vida.

Nessa conta perversa de milhões de brasileiros estão as crianças e os adolescentes que atualmente correspondem a 32 milhões de indivíduos na pobreza e na extrema pobreza. Segundo a pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”, divulgada nesta terça-feira, 14 de fevereiro de 2023, pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF). O trabalho apresenta dados até 2019 (trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação), até 2021 (renda e alimentação) e até 2022 (educação).

O relatório utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) e os resultados revelam algo escandaloso; ainda mais se considerarmos que muitos desses dados não estão atualizados ou todos eles fechados em 2022 (final de um ciclo no governo Bolsonaro). A pobreza impactou mais aquelas pessoas que já viviam em condições precárias, principalmente negros e indígenas das regiões norte e nordeste, mas não poupou nenhuma região do país. Os pesquisadores ligados ao UNICEF denominam esse nível de pobreza de multidimensional devido ao fato de combinar privações e exclusões de acesso às políticas sociais e de infraestrutura. A chefe de Políticas Sociais, Monitoramento e Avaliação Sul-Sul do UNICEF Liliana Chopítea afirmou que o cenário piorou durante e ainda após a pandemia devido ao não acesso às escolas.

A pesquisadora faz considerações a diversos índices mensurados, mas notoriamente a pandemia Covid-19 intensificou o agravamento da pobreza extrema do país e para as crianças e jovens de até 17 anos o percentual de 63% dessa faixa etária é assustador para um dos países mais ricos do mundo, em especial na produção de alimentos. O golpe de 2016 e a gestão Bolsonaro foram os grandes responsáveis pela tragédia nacional da pobreza entre crianças e jovens no Brasil. 32 milhões de habitantes nessa faixa etária correspondem a 63% do total dessa população, sem considerarmos muitos índices que ainda não puderam estar atualizados, como a própria pesquisa explicou. A luta do povo por moradia, alimento e as mínimas condições de vida começam pela atenção a essas crianças e jovens, que antes mesmo de chegarem a fase adulta estão com as suas vidas comprometidas com a conta do golpe de Estado e do governo golpista e ultraliberal de Bolsonaro o ombro da população mais carente.

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