Desde quando foi eleito, o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva tem feito uma série de declarações que vão contra os interesses do imperialismo, principalmente o norte-americano. Já se vê na imprensa golpista, que trabalha para os grandes capitalistas internacionais, vários ataques aos discursos e caminhos tomados pelo atual governo em defesa da América Latina, soberania do Brasil e principalmente aos países atrasados do mundo.
Na semana passada, Lula esteve presente em alguns países da América Latina, Argentina e Uruguai foram os dois principais deles. O atual presidente brasileiro, compareceu na 7ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Buenos Aires, após três anos de ausência do Brasil no evento por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula falou sobre investimentos, alinhamento dos países latinos americanos, defendeu a soberania da região, defendeu a cooperação entre os países atrasados e a criação de uma moeda única. Isso causou um grande alvoroço na imprensa capacho do imperialismo.
O mais interessante e curioso, e que deve ter deixado as lideranças norte-americanas de cabelo em pé, é que no dia 24, quando Lula discursou na Celac, entre os vários pontos citados que poderíamos destacar, não falou dos Estados Unidos como um parceiro estratégico para futuras negociações do País. “Julgamos essenciais o desenvolvimento e o aprofundamento dos diálogos com sócios extra regionais, como a União Europeia, a China, a Índia, a Ásia e, muito especialmente, a União Africana”, afirmou Lula.
Outra situação que o imperialismo deve ter enxergado como uma afronta foi Lula ter vetado o envio de munição para a Ucrânia. No dia 20 de janeiro, em reunião com o Ministro da defesa, Lula negou um pedido feito pelo governo da Alemanha para que o Brasil fornecesse munição de tanques de guerra que seria repassada por Berlim à Ucrânia em guerra com a Rússia. De acordo com a Folha de S. Paulo, outro país que negou o pedido dos EUA, para envio de equipamentos bélicos (helicópteros) para Ucrânia foi Gustavo Petro, presidente colombiano.
Esse tipo de atitude do governo brasileiro, é demasiada importante para o povo. Aponta para um caminho de não submissão e independência do atual governo em relação ao imperialismo. Por vários motivos, entre eles a soberania do Brasil, o desenvolvimento tecnológico e econômico da América Latina é extremamente importante para a população brasileira e além disso afeta diretamente nas condições financeiras de todos os países atrasados do mundo, principalmente na América Latina. É preciso aprofundar ainda mais essa política anti-imperialista e soberana.
