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Amazônia

PSTU virou partido verde, defensor da “ecologia” imperialista

A política ambiental do imperialismo e o identitarismo estão servindo para atacar os governos nacionalistas

Recente, matéria do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) entregou que o partido está em franca dissolução, e mais uma vez se apresenta como um reprodutor da política do imperialismo, no presente caso, com relação à Amazônia.

O texto começa com um sentimento: “frustração”, sobre a Cúpula da Amazônia. Como se essas reuniões resolvessem alguma coisa em prol da população ou do país. Isso nunca aconteceu. Esperar que algo de positivo saia daí é acreditar em forças do além. 

A reunião “terminou como uma declaração pífia, sem metas e compromissos concretos para a defesa do bioma e do clima”. Incrível que um partido que se diz revolucionário acredite, mesmo que minimamente, no esquema montado para a questão da Amazônia. 

Segundo o partido, a reunião deu as costas para os movimentos que reivindicam a demarcação das terras e que são contra a exploração do petróleo na Amazônia, seguindo a “orientação” de Toya Manchineri, coordenador geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

O texto publicado pelo PSTU critica as propostas de Lula e seu governo de promover o desenvolvimento na região, que envolve a exploração de petróleto, construção de rodovias e outros. O PSTU chama isso de “pacotão do fim do mundo”, se colocando ao lado dos “defensores” da Amazônia norte-americanos e do imperialismo em geral, que não quer que o Brasil explore os recursos que lá estão que lhe são de direito.

O partido ainda elenca as teses dos danos ambientais causados pela exploração da Amazônia, o outrora famoso aquecimento global, enfim, toda a parafernália ecológica que deram origem aos antigos (e direitistas) partidos verdes e a milhares de ONG`s que interferem nos rumos políticos do Brasil. 

Ora, os danos biológicos causados ao longo da história do mundo, foram resultado das ações destrutivas dos capitalistas, não do povo brasileiro, do povo trabalhador, menos ainda por meio do governo brasileiro. O texto biológico do PSTU segue apresentando dados para concluir que não se deve tocar na Amazônia, supostamente defendendo manguezais, populações ribeirinhas, índios, necessidade de “estudo da dinâmica hidrológica”, enfim, o PSTU se mostrou qualificado para ocupar, por um de seus membros, o cargo de ministro do meio ambiente.

O PSTU criticou, no texto publicado, até o plano de reconstruir a famosa e abandonada BR-319, transamazônica. E que isso é um desastre, e que se fosse o caso de fazer, teria que ser com sustentabilidade ambiental. Mas mesmo isso não seria possível, pois ao construir a rodovia teria mais desmatamento. O que os leva a se colocar contra ferrovias na região também, como propôs o governo Lula.

E conclui: “É por esses motivos que a Cúpula da Amazônia foi uma farsa. A verdade é que nenhum governo quer salvar a Amazônia. Mas isso foi apenas o preâmbulo das frustrações ainda mais pesadas que estão por vir. Imaginem como será a Amazônia em 2025, ano em que vai sediar a  30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que será realizada em Belém (PA). Até lá, não dá pra esperar de braços cruzados. É preciso ir à luta!”

O interessante é que a preocupação final do partido é com a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada somente em 2025. Mas é claro, não podemos ficar parados até lá (embora a vontade do PSTU seja enorme), vamos à luta. Mas qual luta?

O que está colocado pelo partido é a defesa, sem tirar nem pôr, do programa do imperialismo para a região. A Amazônia está por um fio para ser anexada pelos interesses internacionais, disfarçados de “defesa do meio ambiente”. É um projeto já antigo do imperialismo. Tomar a região amazônica e colocar um verdadeiro enclave imperialista dentro da América do Sul. 

A defesa do atraso nacional é outra questão importante para o imperialismo. Afinal, se um país como o Brasil se desenvolve é mau sinal para os interesses do capitalismo monopolista. Basta ver a quantidade de fábricas nacionais que fecharam as portas e/ou foram vendidas para o capital internacional.

Por outro lado, o desenvolvimento do país, com estradas, exploração do petróleo, ferrovias, é algo fundamental para que o povo possa se desenvolver de conjunto e a situação social e econômica do país melhorar. É um programa natural para um governo minimamente nacionalista. 

O que é uma farsa é a afirmação de que o desenvolvimento da Amazônia é ruim para o povo e para o Brasil. Muito pelo contrário, o pouco que se fizer lá de desenvolvimento irá beneficiar todo o povo brasileiro. Do contrário, seria de se pensar que o correto é defender o fim de São Paulo, por exemplo, que se desenvolveu por sobre a mata atlântica.

Obviamente o que se coloca não é tocar fogo na Amazônia toda e em seus moradores. É o desenvolvimento da região, que é defendido por seus próprios habitantes. Quando se luta por escola, saúde, habitação (demarcação), alimentação, etc., se luta, na verdade, por desenvolvimento, não o contrário. A ideia de que o índio quer viver e morar nos mesmos moldes de 500 anos atrás é uma ideia preconceituosa contra o próprio índio.

Outra questão que o texto não toca é o fim do latifúndio e seus exércitos paramilitares, os jagunços. Esses, que matam centenas de índios por ano, que lutam pela terra, esses não são mencionados. Ora, terra para quem nela trabalha! O latifúndio é que tem que acabar. Os capitalistas da terra é que têm que perder, não o desenvolvimento nacional.

A política ambiental do imperialismo e o identitarismo estão servindo para atacar os governos nacionalistas, e, de groja, para dissolver a esquerda e conseguir, dentro deste espectro político, aliados para defender os interesses dos donos do mundo.

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