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Programa Marxismo trata sobre o Talibã

Toda sexta-feira, ao meio-dia, o programa vai ao ar no canal oficial do PCO

O programa Marxismo desta sexta-feira (06/01), abordou a questão do Talibã, seus hábitos e costumes, assim como a visão que o resto do mundo tem do grupo. Com o título ˜O Talibã e os hábitos bárbaros˜, a edição de hoje começou tratando sobre a posição da esquerda diante de movimentos nacionalistas em países como o Afeganistão: ˜Esse posicionamento é típico dos países colonialistas. A grande justificativa para que países como Inglaterra, França, Alemanha estabelecessem a sua dominação sobre os povos do Oriente Médio estava baseada em que esses povos tinham hábitos bárbaros˜, afirmou Rui Costa Pimenta durante o programa, que também destacou que as nações imperialistas europeus também não iam até esses povos com a finalidade de levar a civilização: ˜Eles iam para esses países para roubas as riquezas desses países, o colonialismo é isso, eles iam se apossar da riqueza desses povos. A luta contra a maneira não-civilizada desses povos é uma cobertura ideológica e nada mais˜.

O cenário atual no Oriente Médio também foi comentado: ˜Não se trata de defender a mulher, se trata de escravizar o Afeganistão, o Ira, a Arábia Saudita, o Catar. Entao, nós podemos considerar que esses hábitos desses países são bárbaros. Agora isso daí não pode justificar a dominação imperialista sobre esses povos˜, o que deixa explícito que a defesa da mulher por parte de países imperialista é uma farsa, uma desculpa para que nações poderosas tenham o caminho mais livre para explorar outros povos e países.

Foi exposta também a contradição do imperialismo que, ao mesmo tempo em que defende que todos os povos têm as suas particularidades, condena os conceitos religiosos no Oriente Médio: O imperialismo é cínico. Um ideólogo do imperialismo sabe da contradição e se faz de louco. Agora, é interessante o cidadão falar de eurocentrismo e obrigar o Talibã a seguir as normas da política europeia, da civilização europeia, aí o eurocentrismo desaparece completamente. Isso mostra que o intelectual pequeno-burgues é uma entidade sem personalidade própria, ele é arrastado pela pressão do imperialismo˜, disse o presidente nacional do PCO.

Com relação a ideia de que é preciso apoiar governos melhores no Oriente Médio, Rui expôs o seguinte: ˜Seja qual for o governo que você ache melhor do que o Talibã, tem que ser um governo que seja estruturado e colocado no poder pelo próprio povo do Afeganistão. A missão salvadora do ocidente europeu não pode entrar nessa fórmula, pois eles não são salvadores, são opressores˜. No decorrer do programa, ele também reconheceu a força política do Talibã após a expulsão das tropas norte-americanas do Afeganistão.

Nesta semana, uma coluna publicada no portal Brasil 247, de autoria de Roberto Ponciano, critica o governo do Talibã, chamando-o de guerrilha fundamentalista, anticomunista, feudal e reacionária, além de condenar o posicionamento de analistas comunistas que defendem a ação do Talibã, responsável pela saída dos Estados Unidos do território afegão, afirmando que tal ponto de vista está exclusivamente ligado aos campos políticos, baseada em desejos e não em fatos. ˜Um erro comum desses `marxistas` é que eles confundem a ideologia com a realidade, que é antimarxista. Marx dizia que aquilo que a pessoa pensa de si mesma não pode ser levado em consideração na análise das causas e dos fatos fundamentais˜, disse Rui, citando o exemplo da burguesia que promoveu a revolução na França, e continuou: ˜O que o Talibã pensa, se ele tem uma ideologia fundamentalista, não tem a menor importância no final das contas. O que tem importância é o fenômeno social real, o que está acontecendo de fato no país˜.

A relação entre a população e o Talibã foi outro lado discutido durante a edição de hoje, Rui afirmou que o grupo representa uma mentalidade do povo do Afeganistão. Porém, foi lembrado que há leis repressivas que o Talibã aplicou contra as mulheres, o que indica que uma parcela do povo não está de acordo com todos os hábitos do grupo: ˜Logicamente que nas cidades há uma contradição. Nas cidades, há núcleos que se identificam culturalmente como padrão de vida europeu, há um desenvolvimento capitalista de algum tipo. Entao isso se coloca em contradiçao com o resto. Mas nós temos que entender que a maioria da população no Afeganistão é rural e o Talibã é uma guerrilha que tem origem rural. Há muitas evidências de que as mulheres, com toda a lei repressiva, também apoiaram e lutaram no exército do Talibã, sem dúvida nenhuma. Se não fosse assim, não conseguiria ganhar a guerra˜.

Ainda sobre o apoio do povo afegão e as características do grupo: ˜O Talibã foi educado, do ponto de vista religioso, pela Arábia Saudita, que é o país mais fundamentalista do mundo, muito mais do que o Irã. Entao, a gente pode entender que num país atrasado como o Afeganistão é natural que esses hábitos vigorem˜.

O programa Marxismo vai ao ar toda sexta-feira, a partir do meio-dia, com transmissão ao vivo no canal oficial do PCO. Assista à edição de hoje, na íntegra, acessando o endereço abaixo:

O Talibã  e os hábitos bárbaros - Marxismo, com Rui Costa Pimenta nº 68 - 06/01/23

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