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Perseguição

Prisão de Daniel Alves vira pretexto para atacar futebol

Lateral direito foi preso em Barcelona sob acusação de estupro

A justiça espanhola decretou a prisão preventiva de Daniel Alves no último dia 20, sexta-feira, em Barcelona, na Espanha, após Daniel Alves ser acusado de estupro e prestar depoimento voluntariamente. 

A justiça espanhola decretou a prisão de um dos maiores jogadores dos últimos 20 anos, Daniel Alves, após ele ter prestado seu depoimento. A prisão de Daniel Alves ocorreu de forma preventiva, sem direito a fiança, acatando exclusivamente o depoimento da mulher que o acusou.

O estupro supostamente teria ocorrido em uma boate em Barcelona.

Daniel Alves alegou, na quinta-feira, dia 5, para um programa no qual era entrevistado na televisão Espanhola, que “estava apenas dançando, sem invadir o espaço de ninguém”.

Seu depoimento foi “Eu estive nesse lugar, e quem me conhece sabe que eu adoro dançar, mas sem invadir o espaço de ninguém, respeitando os espaços. E quando você vai ao banheiro não tem que perguntar quem está lá para usar o banheiro. Não sei quem é essa senhorita, nunca a vi. Nestes anos todos nunca invadi o espaço de ninguém sem autorização”

Daniel Alves também denunciou o prejuízo com relação a sua família por conta das acusações e exposição.

Em seu depoimento, que durou cerca de 45 minutos e foi dado na Catalunha, Daniel Alves disse à juíza que houveram sim relações sexuais com a mulher, mas que foram consensuais.

Os jornais “El País” e “El Periódico” acusaram gravemente Daniel Alves de ter “mudado seu depoimento”, assim se contradizendo. Mas falham em noticiar que, na verdade, seu depoimento para a justiça foi um só. E que outra versão teria sido dita em um programa televisivo.

A juíza, após ouvir o depoimento de Daniel Alves, decretou sua prisão preventiva, requerida pelos advogados da parte acusatória e promotores de justiça. Os motivos alegados pela juíza para justificar o ato medieval que foi sua prisão preventiva foram que Daniel Alves não teria endereço fixo na Espanha, que por sua condição financeira teria plenas condições para fugir do país, que não há um acordo de extradição entre Brasil e Espanha, e que há um risco de “obstrução da justiça” por parte do jogador.

O jogador, que atualmente mora no México, estava na Espanha tirando férias após sua atuação na Copa do Mundo no Catar. Ele foi a Espanha, também, para comparecer ao velório de sua sogra, que morreu no dia 13.

Daniel Alves já está preso, mas não foi julgado. E sequer foi definido pela justiça um prazo para seu julgamento ou soltura. Na Espanha, a pena prevista para crimes de agressão sexual (que engloba o estupro) é de 1 a 15 anos, mas dependendo da significância do ato pode ser reduzido a multas. Na Espanha, existe o instrumento da prisão durante o depoimento, e a Justiça pode realizar sua própria investigação, mesmo com o inquérito policial. O Ministério Público, em paralelo, pode fazer suas próprias denúncias.

Então, quando a denúncia chega na Justiça, é designado um magistrado, conhecido como juíz de instrução, que fica responsável por reunir provas sobre determinado caso para definir se há ou não crime ou delito presente na situação, encaminhando então o caso para julgamento.

 Daniel Alves, durante sua carreira, passou por dois importantes clubes espanhóis, Barcelona e Sevilla. Atualmente, ele estava jogando no time Los Pumas. O clube mexicano rescindiu imediatamente seu contrato com Daniel Alves após as acusações. 

Daniel Alves está atualmente preso na penitenciária Brians 1, que fica nos arredores de Barcelona.

É evidente que a situação é, para dizer o mínimo, problemática. Qualquer tipo de pena prévia a um julgamento faz com que o direito medieval pareça brincadeira de criança, e essa é a chave do problema. Existem diversos princípios legais que fazem o mínimo para que o Estado burguês não esmague as vítimas de processos legais, tal como a presunção de inocência. Todos são inocentes até que se provem culpados e sejam condenados.

Caso Daniel Alves seja culpado de fato, deve ser punido de acordo com a lei, mas até que tudo isso seja apurado, é difícil não pensar que o caso se trata de mais uma perseguição ao futebol brasileiro.

A imprensa vira-lata, pegando rabeira na imprensa burguesa européia que tanto sabota e maltrata o futebol brasileiro e seus astros, já começa uma campanha fervorosa contra Daniel Alves. A revista Forum emitiu uma publicação atacando Daniel Alves e citando outros 9 jogadores que foram acusados de alguma forma de violência, e dentre esses 10 jogadores, apenas 3 realmente foram processados e condenados no Brasil.

Se trata de uma clara manifestação dos interesses imperialistas, a velha e rasteira perseguição ao futebol brasileiro.

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