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Golpismo

Presidente da Fundação Ford “visita” Brasil e seus capachos

Presidente da Fundação Ford vem ao Brasil se reunir com seus capachos e organizar campanhas que defendem os interesses dos golpistas e dos EUA

Na semana passada um visitante ilustre passou pelo Brasil com pouco destaque na imprensa burguesa e da esquerda pequeno burguesa. O visitante foi o presidente da Fundação Ford, Darren Walker.

Walker é presidente da Fundação Ford desde setembro de 2013 e anteriormente foi vice-presidente da Fundação Rockfeller, entre 2005 e 2010, ou seja, uma figura conhecida por manipular movimentos sociais e ONGs pelo mundo defendendo os interesses dos EUA.

Em sua visita, Darren Walker, realizou uma série de reuniões e fez planejamentos com representantes do governo brasileiro e instituições financiadas pela Fundação Ford. Segundo suas redes sociais, houve reunião com a Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, com a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco, com o Secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, com ONGs do “movimento” negro no Rio de Janeiro e com a Articulação dos Povos Indígenas (APIB).

O que é a Fundação Ford?

A Fundação Ford é uma instituição conhecida no mundo por sua proximidade com o governo dos EUA e atuação conjunta com a CIA. Foi fundada início de 1936, por Edsel Ford, filho de Henry Ford, dono da Ford Motor Company. A fundação tinha por objetivo oficial alocar recursos “à caridade, à educação e à ciência”. Mas, também serviria para que a empresa não sofresse da taxação de sua fortuna pelos impostos governamentais.

Não é segredo que Henry Ford era um grande apoiador do regime nazista e tem enorme simpatia por seu líder Adolf Hitler, financiando até mesmo o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (nome oficial do partido nazista).

Após a segunda guerra mundial, a Fundação Ford tem uma aproximação muito grande do governo dos EUA. Começa a atuar em parceria com a recém fundada Agência Central de Inteligência (CIA) e a financiar operações por todo o mundo, tendo como presidentes diversas personalidades da política que atuaram em instituições governamentais de inteligência e espionagem.

Atuou ativamente para o golpe militar em 1964 no Brasil e na dura perseguição aos trabalhadores e a movimentos de esquerda e nacionalistas. Foi a principal financiadora da Operação Bandeirantes e da criação do DOI-CODI, que perseguia militantes políticos contrários a ditadura militar, torturava e matava.

Financiou os institutos IPES/IBAD (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais e Instituto Brasileiro de Ação), principais órgãos de propaganda golpista contra o governo de João Goulart e devido aos “serviços” prestados, em 1968 o ditador Arthur da Costa e Silva solicitou ao Congresso uma autorização para que a Fundação Ford fosse considerada de “utilidade pública”.

Além de financiar movimentos em muitos países e atuar da maneira que desejassem, já que como entidade privada não precisava prestar esclarecimentos para o Congresso dos EUA, atuou novamente no Brasil no golpe contra o PT e a presidente Dilma Roussef, no movimento Não Vai Ter Copa, nas ONGs que agiram contra a instalação da Usina de Belo Monte e impulsionando candidatos identitários.

O alvo agora é Lula e a Amazônia

A visita ao Brasil do atual presidente Darren Walker resultou em reuniões realizadas com entidades que se dizem representativas e que estão atuando em questões atuais, como as entidades que querem pressionar Lula a indicar uma ministra negra ao STF ligada ao lava jatista Luís Roberto Barroso e a ministra Sônia Guajajara e a APIB, sobre as questões de obras de infraestrutura e exploração de petróleo na Amazônia Brasileira.

É evidente que sua presença é uma articulação golpista para defender os interesses dos EUA nessas questões em detrimento da população brasileira, incluindo os índios e os negros. Está utilizando esses movimentos, alguns descaradamente ligados ao imperialismo e outros entraram de maneira ingênua, para barrar o desenvolvimento do país.

Isto fica claro na manipulação dos índios brasileiros através da APIB e da ministra Sônia Guajajara, que não possui respaldo nenhum no movimento dos índios, nem mesmo em sua aldeia. Após essas reuniões, Darren Walker anunciou a campanha internacional e demagógica contra a exploração de petróleo na Amazônia, incluindo na costa do Amapá e do Maranhão que sequer estão na Amazônia.

Em seu perfil do Twitter (agora X) disse que “Proteger a floresta amazônica é fundamental para manter a biodiversidade global, sistemas hidrológicos estáveis ​​em todo o mundo e um clima habitável. Junte-se @FossilTreaty e @FordFoundation para Proteger a Amazônia: Um Chamado para uma Zona de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis”. De maneira infame quer uma zona de não proliferação de combustíveis fósseis, ou seja, quer impedir a exploração de petróleo na gigantesca e rica Amazônia, que poderia reduzir custos de combustíveis, industrializar a região e melhorar a vida de milhões de pessoas na região.

https://x.com/darrenwalker/status/1703030977105162480?s=20

Com todas as informações sobre a Fundação Ford, seus idealizadores, sua atuação e presidentes, porque agora deveríamos acreditar que estão financiando pessoas e movimentos para melhorar o “mundo” e ajudar na população oprimida e de questões ambientais, como a Amazônia?

Somente uma pessoa muito ingênua ou que esteja sendo financiada por esta entidade golpista poderia defender a atuação da Fundação Ford e acreditar na sua demagogia filantrópicas. Está mais do que claro que este financiamento está diretamente ligado a mudanças na política do Estado Brasileiro de acordo com os interesses do imperialismo norte-americano, por isso tenta influenciar política publicas com causas que causam comoção nacional, como os índios e o meio ambiente.

É preciso denunciar essa atuação da Fundação Ford e de seus financiados, que atuam contra os interesses dos brasileiros e do desenvolvimento nacional e que se utilizam de pautas legítimas para manipular e impor os interesses do imperialismo contra os interesses nacionais. Deve-se, igualmente, exigir sua saída e o fim da sua atuação no Brasil.

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